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Jenson: a vitória da alegria! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Saturday, 31 August 2013 16:13

Olá fãs do automobilismo,

 

Desde que eu comecei a assistir corridas de automóveis, acompanhando meu pai nas corridas de velocidade na terra no interior do Paraná e de Santa Catarina, eu ficava olhando as expressões nos rostos dos pilotos... com o tempo, passei a prestar atenção também nas atitudes deles antes e depois das corridas. Era a minha ‘veia de psicóloga começando a aflorar.

 

O mesmo foi acontecendo também nas corridas que eu via pela televisão e, entre todos os pilotos que eu vi em fotos, imagens ao vivo, na pista ou em entrevistas, um que sempre chamou minha atenção foi o Jenson Button. Por isso, fiquei bem feliz quando vi seu nome na lista de horários de consulta da semana passada. Além do que, ele é lindo (e o meu noivo vai surtar outra vez)!

 

Jenson chegou com aquele sorriso de galã de cinema que a gente se acostumou a ver. Em praticamente todas as suas aparições diante das lentes... se bem que, em alguns momentos de sua trajetória nas pistas, o sorriso sumiu, mesmo assim, começamos a conversar sobre o início de tudo e nisso fui descobrindo que aquele sorriso era uma marca registrada desde os tempos do kart... ele só não era tão bonito quanto é hoje, mas veloz, era... e muito. Tanto que em 1991 e 1992, ele foi campeão britânico de Kart tanto na categoria Cadete como na categoria Junior.

 

Ele confessou, porém que o seu grande momento como kartista foi em 1997, quando conquistou o título europeu da “Ayrton Senna” Memorial Cup, na categoria Super A, derrotando os melhores kartistas da Europa naquela época. Assim como quase todos os garotos de uma geração, Jenson era um grande admirador do brasileiro e seu desempenho no kart era algo que ele buscava se espelhar.

 

 

Vencedor desde o início, Button despontou no kartismo inglês.

 

Jenson disse que as coisas fluíram naturalmente dos karts para os monopostos, mesmo sem ele estar “nadando em dinheiro”, mas com os patrocínios conseguidos dava para fazer um bom campeonato de Fórmula Ford e os resultados vieram, a ponto de dar para Jenson o prêmio de mais jovem vencedor no campeonato naquele ano de 1998, o que acabou alavancando sua ida para a Fórmula 3 no ano seguinte.

 

A Fórmula 3 já exigia mais investimento, mais conhecimento, mas o precoce Jenson com 19 anos na categoria... e apesar de não ter o melhor carro, a melhor estrutura, conseguir terminar a temporada em um terceiro lugar foi uma verdadeira vitória. Mais do que isso, suas performances deram a Jenson uma – talvez – inimaginável, pelo menos àquela altura, oportunidade em uma das melhores equipes da Fórmula 1 na época: a Williams!

 

 

Em 1997, Jenson ganhou um de seus mais importantes títulos, e com o nome do Ídolo Ayrton Senna.

 

Equipada com ótimos motores BMW, os carros de Frank Williams, apesar de ainda não ter como competir contra Ferraris e McLarens. Mesmo assim, o fato de pontuar na segunda corrida que disputou (GP do Brasil), com um 6º lugar e ter feito uma ótima prova no GP da Inglaterra, conquistando uma 5ª colocação, fez como que praticamente todos apontassem Jenson como a grande promessa do automobilismo inglês e até britânico, uma vez que David Couthard parecia não conseguir superar seu companheiro de equipe.

 

O problema é que o companheiro de equipe sempre é a referência e, as vezes, dentro de uma equipe, existem outros interesses. Para 2001, Frank Williams preferiu apostar na realidade ao invés da promessa. Dependente de um contrato com um fornecedor de motores alemães – a BMW – e até mesmo pelos resultados, Ralf Schumacher, o irmão menos famoso, ficava no time e a equipe foi buscar nos Estados Unidos um surpreendente Juan Pablo Montoya para fazer dupla com ele. Os 12 pontos conquistados e um 4º lugar na Alemanha não foram suficientes para manter Jenson na equipe

 

 

Na Fórmula Ford, mais conquistas... e o sorriso que se tornaria uma marca registrada.

 

Para 2001 Jenson não ficou tão mal assim. Foi para uma boa equipe média, onde poderia ter mais tempo e menos pressão para aprender como era um Fórmula 1 e como era A fórmula 1, onde entrara no ano anterior com apenas 20 anos. Apesar disso, a vida não foi fácil. A equipe passava por transformações. Os irmãos Benetton não pareciam ter mais o mesmo interesse na categoria e logo ela seria abraçada pela Renault, que era a fornecedora de motores.

 

Um primeiro ano de poucos resultados, com apenas dois pontos conquistados (2001) até poderiam desanimá-lo, mas o segundo ano (2002) com 14 pontos, sendo o 7º colocado no campeonato, atrás apenas das duplas de Ferrari Williams e McLaren poderiam garantir seu lugar na equipe... mas não foi isso o que aconteceu. Jenson a perder o lugar na equipe mais uma vez. Desta feita para o piloto de testes que além de rápido, era uma mala cheia de dinheiro: Fernando Alonso. Apesar do desapontamento, Jenson continuou na Fórmula 1, migrando para a BAR-Honda.

 

 

Não vencer o campeonato de Fórmula 3 em 1999 não foi problema para que Jenson chegasse na Fórmula 1 no ano seguinte.

 

Foi com os japoneses que Jenson conseguiu ter um pouco mais de paz para trabalhar. No primeiro ano, o 9º lugar no campeonato de 2003, com 17 pontos, atrás da 4 maiores equipes, ainda não era o que Jenson queria, mas o terceiro lugar no mundial seguinte (2004) e com a presença constante no pódio (foram 10 em 18 etapas), fazia bem para a confiança do piloto, mas ainda faltava a vitória.

 

O problema é que, nos anos seguintes os resultados não se repetiram. Se a tão almejada primeira vitória finalmente chegou no GP da Hungria de 2006, na imprensa inglesa já havia o questionamento se seria Jenson o piloto que eles tanto esperavam para ver novamente o pavilhão britânico “no seu devido lugar”.

 

 

No início, acabou perdendo o lugar para outros pilotos por motivos alheios ao seu talento.

 

Mas as coisas, se já não eram boas, ficaram ainda pior. Não só com os fracassados projetos da equipe em 2007 e 2008, quando Jenson marcou apenas 9 pontos em duas temporadas (6 em 2007 e 3 em 2008), mas também com o surgimento de uma nova esperança para o automobilismo inglês: Lewis Hamilton.

 

Com quase uma década na categoria, apenas uma vitória e nenhum título, Jenson parecia fadado a ser apenas mais um piloto inglês nas estatísticas da categoria. Contudo, a venda da equipe Honda para Ross Brawn, ex-chefe de equipe da Ferrari e a mudança no regulamento para 2009 deram a Jenson aquela que parecia ser a última chance de sua vida... e ele a agarrou com unhas e dentes!

 

 

Durante os anos na equipe Honda, por vezes o sorriso chegou a sumir... mas a esperança e o talento, jamais. E na Brawn, o título.

 

Com um polêmico difusor a seu favor no final do assoalho do carro, Jenson parecia ter apenas um adversário naquela temporada: o companheiro de equipe, Rubens Barrichello. Contudo, Jenson não deu chances ao brasileiro e conquistou seis vitórias na primeira metade da temporada. No final, mesmo com Rubinho vencendo duas corridas e diminuindo a diferença, não tinha mais como segurar a emoção do novo campeão. Jenson era novamente a imagem da alegria!

 

Com a venda da Brawn para a Mercedes, era preciso encontrar um lugar e nada melhor que uma “casa inglesa” para se estar. Assim, formando uma dupla de campeões, com Lewis Hamilton na McLaren, alguns chegaram a temer que uma rivalidade como foi a que existiu entre Alain Prost e Ayrton Senna.

 

 

Na McLaren, as coisas poderiam dar errado com a rivalidade... os dois últimos campeões do mundo iriam dividir a equipe. 

 

A ‘fleuma britânica’ prevaleceu entre os dois pilotos e ao invés de dividir a equipe, eles somaram seus talentos ao time, com a McLaren sempre em condições de conquistar o campeonato, embora não tenha conseguido. Para Jenson, uma vitória pessoal aconteceu porque ele recuperou seu lugar junto ao público, mostrou que era tão bom ou mesmo melhor que Lewis Hamilton.

 

Este ano, a equipe “errou a mão” no carro. Jenson tem se esforçado muito para conseguir fazer alguns pontos e ainda por cima, ‘tourear o cofrinho’ (no sentido financeiro, tá, gente?) de Sergio Perez, seu companheiro de equipe. Ainda assim, Jenson tem tentado sorrir... e não é fácil sorrir depois de 14 anos?

 

 

Um sorriso que diz tudo!

 

É! Tanto que Jenson já negocia a renovação de seu contrato, apostando em sua capacidade, sua velocidade e seu espírito vencedor. Quem disse que é preciso ranger os dentes e rosnar para se impor? É possível fazer isso com um sorriso! Jenson Button que o diga.

 

Beijos do meu divã,

 

Catarina Soares 

 

 

Last Updated ( Saturday, 31 August 2013 16:58 )