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Alemão apelão duma figa... PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 14 October 2013 05:48

Pois é, amigos. Mais um final de semana de Fórmula 1 se passou. E mais uma vez com uma vitória de Sebastian Vettel. Mas o GP do Japão teve um sabor especial: Foi bem disputada e complicada, com outros dois pilotos em condições de vencer a corrida: Mark Webber e Romain Grosjean. Os três foram os maiores destaques da prova, junto à Sauber e Nico Hulkenberg. O lamentável foi ver o narrador da RGTV repetir o tempo todo que Fernando Alonso ainda estava na luta pelo título. Não está há muito tempo. O que Luis Roberto chama de luta pelo título, eu chamo de prorrogação. 

 

Pois bem, vamos começar pelos números: Trigésima quinta vitória de Sebastian Vettel em sua até agora extraordinária carreira. Nona vitória do alemão na temporada, sendo a quinta consecutiva, o que deixa claro o seu caráter dominador na segunda metade desta temporada. Para que se tenha uma ideia, apenas outros cinco homens conseguiram cinco triunfos consecutivos na história: Michael Schumacher, Alberto Ascari, Nigel Mansell, Jack Brabham e Jim Clark conseguiram igual feito. Se Vettel vencer as próximas duas, alcançará o recorde de maior número de vitórias consecutivas numa só temporada, 7, pertencente a Schumacher. Mais uma coisa: Vettel, com essa vitória, se tornou o homem com maior aproveitamento de vitórias por GP da história: É impressionante como, a cada corrida, Vettel vai destruindo e em seguida reconstruindo a história do certame.

 

Outro número interessante deve ser destacado, mas este não foi por autoria de Vettel, mas sim de Romain Grosjean. O piloto da Lotus conseguiu o podium de número 300 de um francês na Fórmula 1. Um número interessante que escreve não só mais um capítulo da grande história da França na categoria, como também coroa uma grande corrida do francês, que foi o único durante todas as 53 voltas a disputar com os dois carros da Red Bull. Após largar de forma fantástica e pular de quarto para primeiro ainda na primeira curva, Romain liderou por várias voltas. Ele apostou no ótimo consumo de pneus de sua Lotus e fez uma estratégia de duas paradas. Webber, por sua vez, fez três, enquanto Vettel fez uma arriscada estratégia de duas paradas, retardando ao máximo a segunda para assumir a ponta assim que Webber tivesse que parar pela segunda vez. E foi aí que Seb fez a mais bela ultrapassagem da corrida sobre Grosjean, na reta. Verdade que Romain já estava com um pneu muito mais gasto, mas...

 

Ao parar pela terceira vez e voltar com pneus médios novinhos, o australiano vinha destroçando os tempos de volta de Vettel e parecia que essa seria a sua corrida, a que poderia ser sua última vitória. Parecia. Só que Webber, que havia voltado em terceiro, encontrou Grosjean pela frente. E o francês deu um show de defesa de posição durante algumas voltas. Lá na frente, o alemão agradecia, pois ia segurando a vantagem. Só na penúltima volta Mark conseguiu ultrapassar Romain e ir à caça de Vettel, mas era tarde demais. O alemão finalmente assegurou uma de suas vitórias mais suadas. Quem disse que ele não vence sem ter as melhores condições? A Red Bull, porém, chegou apenas à segunda dobradinha. Se isso não fizer as pessoas aceitarem que é Seb quem faz a diferença dentro do carro do touro vermelho, nada mais o fará.

 

Fernando Alonso, se matando a bordo de uma limitada Ferrari, que hoje briga em pé de igualdade com a Sauber, chegou em quarto. Aliás, o espanhol deu uma declaração risível nesta semana: Disse que Raikkonen não é tão rápido quanto Massa. Então tá. Alguém aí acredita em sinceridade do espanhol? Nada mole vida, a de Fernandinho. Ele deveria saber, porém, que psycho games não funcionam com Kimi Raikkonen, o homem de gelo, uma vez que o finlandês costuma ter os neurônios do "dane-se" ligados em tempo integral e ter preguiça de dizer mais de cinco palavras. Por dia. Kimi, aliás, terminou em quinto.

 

A Sauber confirmou seu ótimo desempenho nas últimas corridas e colocou seus dois carros nos pontos. Nico Hulkenberg foi o sexto colocado, nesta que é a quarta vez consecutiva do alemão nos pontos. Já disse e repito: o incrível Hulk precisa JÁ de um cockpit numa equipe de ponta. Já Esteban Gutierrez pontuou pela primeira vez na Fórmula 1, com uma ótima sétima colocação. Presentão para Peter Sauber, que fez aniversário neste final de semana. O alemão Nico Rosberg, por sua vez, chegou numa pífia oitava colocação, que foi muito, considerando as poucas e boas pelas quais passou. Ele foi punido por um erro do mecânico-chefe da Mercedes, que o liberou cedo demais após sua primeira parada e ele acabou quase batendo com Sergio Pérez, da McLaren. 

 

Aliás, foi um dia para a Mercedes esquecer. Perdeu muito na luta contra a Ferrari na luta pelo vice-campeonato no mundial de construtores (A Red Bull certamente será tetracampeã). Lewis Hamilton tocou seu pneu traseiro direito com a asa dianteira de Sebastian Vettel ainda na largada e já aí comprometeu sua corrida. O inglês abandonou na sétima ou oitava volta. Jenson Button foi o nono e Felipe Massa foi apenas o décimo, com a faca entre os dentes e em grande fase. O brasileiro disse ter desobedecido a uma ordem de equipe para Alonso passar. Meio tarde para dar uma de rebelde, né, Felipe? Ainda foi punido por excesso de velocidade nos boxes, o que, segundo ele, o fez chegar em décimo, salvando o último ponto do dia. Interessante notar que a Ferrari agora tem 297 pontos, na segunda posição entre os construtores. Sabem quantos pontos Sebastian Vettel tem? 297 também. Pois é. E acho que com os últimos grandíssimos resultados que tem tido, Hulk vem para a Lotus e manda Massa ir pescar.

 

O campeonato certamente vai terminar na Índia. Para evitar a decisão do tetra a favor de Vettel, Alonso teria que marcar 16 pontos a mais que Vettel em Nova Délhi. O alemão está a um quinto lugar de ser campeão se Alonso vencer, ou a um nono ou décimo se o espanhol for o segundo. É claro que isso não vai acontecer. Provavelmente veremos mais uma vitória tedesca com o asturiano se matando para chegar em quarto ou quinto.

 

É isso. Abraços galera,

 

Antônio de Pádua