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Fim de semana cheio! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 21 October 2013 07:20

É isso aí, coleguinhas! Tivemos um fim de semana repleto de corridas, entre as quais falarei aqui de Fórmula Indy, DTM, WEC e MotoGP. Tivemos decisão de campeonato na Indy e no WEC, enquanto que a Moto  GP ainda comporta uma decisão ferrenha entre Marc Márquez, Jorge Lorenzo e Daniel Pedrosa e a DTM teve uma última etapa que serviu apenas para cumprir tabela, vez que Mike Rockenfeller havia arrematado o campeonato na corrida anterior, em Zandvoort.

 

Portanto, vamos à primeira decisão de campeonato: A Indy teve largada para o GP de Fontana no Autoclub Speedway, na Califórnia, ontem, numa noite de sábado. Horário perfeito para uma decisão de título e imitar a Nascar, certo? Errado. Foi uma corrida extremamente longa, de mais de 3 horas, com 250 voltas de pouco mais de 3 km cada. Mas não vi um grande público nas arquibancadas e nem mesmo comentando pelo twitter. Fato é que as mais de 3 horas proporcionaram um espetáculo de corrida, com muitas variações ao longo das múltiplas trocas de posição e paradas nos boxes.

 

Os dois concorrentes? Hélio Castroneves, com um currículo repleto na categoria (que inclui 3 vitórias na Indy 500 - 2001, 2002 e 2009) e Scott Dixon (1 vitória na Indy 500 - 2008 - e dois títulos no campeonato de F-Indy - 2003 e 2008). Hélio fez sua parte: ótimas largada e começo de prova, um ritmo combativo o tempo todo e mostrando a frieza que se espera de um campeão, principalmente numa prova tão longa. Mas pagou pela ineficiência para manter a liderança, mostrada nas últimas corridas, e principalmente pelo forte azar que teve na rodada dupla de Houston. Pagou também pelos problemas de estratégia da Penske nas últimas dezenas de voltas. Pagou pela pretensão da Penske em "jogar sujo", quando Will Power jogou o neozelandês da Ganassi no muro no GP de Baltimore.

 

Mas, na verdade, ele havia perdido esse campeonato momentos e momentos antes, pois Scott Dixon e a Ganassi mostraram por que mereciam mais o título da metade para o final da prova. Apagados desde o começo da prova, os dois carros da equipe de Chip Ganassi começaram a avançar no pelotão devido ao bom acerto de seus carros no momento certo da corrida, como se estivessem o tempo todo se fingindo de mortos, dando aos adversários o sonho ilusório de um improvável título. Dixon foi frio o suficiente. Correto. Perfeito. Mostrou que merecia mais e mostrou o motivo disso. Foi o piloto que mais venceu na temporada (4 vezes - rodada dupla de Toronto, Pocono e corrida 1 de Houston. É um dos grandes nomes da categoria, sem dúvida. Igualou figurinhas carimbadas como Rick Mears e Bobby Rahal e superou Al Unser Jr. e Alessandro Zanardi. Hoje, sua carreira é pautada pelo número três: Detentor de três títulos, aos 33 anos, Dixon venceu 33 vezes na carreira. Como prêmio Dixon ainda ganhou um beijão da noiva

 

 

A corrida em si foi sensacional. Teve Will Power largando da pole e quebrando um tabu: finalmente, o pole-position venceu no oval de Fontana. Excelente final de prova de Power, que mostrou que trabalha muito melhor sem estar sob pressão. Fez um excelente final de campeonato, vencendo três das últimas cinco corridas. Mas acabou ficando marcado pelo acidente que teve com Dixon em Baltimore. Em segundo lugar, ficou o estadunidense Ed Carpenter, que fez uma ótima corrida, assim como no ano passado, quando venceu neste mesmo oval de Fontana. De malas prontas para a Ganassi, o brasileiro Tony Kanaan terminou sua última corrida pela equipe KV Racing na terceira colocação. Fez uma corrida excelente. Será carta marcada na luta pelo título no ano que vem. 

 

Aliás, o campeonato da Indy no ano que vem terá exatamente 150 dias de duração. Do Oiapoque ao Chuí. De São Petersburgo a Fontana. E nada de Brasil. Teo José disse na transmissão da Bandeirantes, porém, que a emissora exibirá o campeonato inteiro no ano que vem. Veremos. E terá uma briga visceral em cada uma de suas 18 etapas. Três pilotos gigantescos em cada uma das duas grandes equipes do certame. Do meu lado direito, pela Ganassi, correrão Dario Franchitti (campeão de 2007, 2009, 2010 e 2011), Scott Dixon (campeão de 2003, 2008 e 2013) e Tony Kanaan (campeão de 2004). Do meu lado esquerdo, pela Penske, correrão Hélio Castroneves (tricampeão da Indy 500), Will Power (tri-vice-campeão) e Juan Pablo Montoya (recém-chegado da Nascar e campeão de 1999). O colombiano está fazendo um grande trabalho de recondicionamento físico para voltar a ter o porte físico necessário para sentar no carro da Indy. O gordinho vai voltar tinindo, acredito eu.

 

James Hinchcliffe, de contrato renovado com a Andretti para 2014, terminou em quarto, com Scott Dixon fazendo o que precisava para ser tricampeão, chegando em quinto. Hélio Castroneves, no final das contas, foi o sexto, com todos os problemas que teve, desde problemas na estratégia (Roger Penske chegou a chamá-lo para os boxes quando estes ainda se encontravam fechados) e, por fim, o problema que sacramentou sua derrota: uma asa dianteira entortada pelo duelo com James Hinchcliffe o forçou a voltar aos boxes para reparos e ele virou retardatário. Mas fez uma grande corrida. Marco Andretti, Simona de Silvestro e Ryan Hunter-Reay completaram o top-9, vez que apenas esses nove carros terminaram a corrida, que também foi marcada por muitos acidentes (entre eles um "big one", que envolveu Justin Wilson, Oriol Servià, , Tristan Vautier, Josef Newgarden e James Jakes).

  

O WEC não teve corrida. Foram apenas 16 voltas sob o comando do safety car e duas tentativas inúteis de (re)começar a prova. Ao começo da manhã de domingo, no horário de verão de Brasília, o diretor de prova decidiu que a corrida não seria recomeçada pela falta de condições de segurança. Sem graça. Lamentável. A vitória ficou com o Toyota TS030 #7 de Alexander Wurz/Nicolas Lapierre/Kazuki Nakajima, seguido pelo Audi R18 e-tron quattro de Loic Duval/Tom Kristensen/Allan McNish. Na LMP2, Bertrand Baguette/Ricardo Gonzalez/Martin Plowman levaram a vitória com a OAK Racing. A Audi dominou a GT, com vitórias dominantes na PRO e na AM, incluindo vitória de Bruno Senna na AM.

  

 

A DTM, como eu disse, terminou em Hockenheim hoje, numa corrida que serviu apenas para cumprir tabela, mas que foi um belo final, com pista molhada e... Fumaça ao lado da pista. O piloto Timo Glock, que se transferiu para a categoria para correr de BMW após temporadas sabáticas na Fórmula 1 pela equipe Marussia, venceu pela primeira vez, com Roberto Merhi na segunda colocação e o campeão de 2012, Bruno Spengler, na terceira, completando o podium. Mike Rockenfeller, campeão antecipado em Zandvoort, terminou apenas na décima sexta colocação. O brasileiro Augusto Farfus, da RBM, terminou na décima primeira colocação e garantiu o vice-campeonato de pilotos. A Phoenix Audi se sagrou campeã entre as equipes, e a BMW arrasou as adversárias Audi e Mercedes no campeonato das construtoras.

 

A Moto GP teve vitória de Jorge Lorenzo em Phillip Island, na Austrália. O espanhol reduziu ainda mais sua diferença para o líder do campeonato, o compatriota Marc Márquez, da Honda, depois que ele foi desclassificado em razão de um erro da Honda em seu pit-stop (a troca de motos era obrigatória nesta corrida). A diferença que os separa agora é de apenas 16 pontos. Márquez ainda é franco favorito ao título, mas tanto ele quanto a Honda terão agora de tomar imenso cuidado, pois Lorenzo e até Dani Pedrosa são grandes ameaças. Dani Pedrosa e Valentino Rossi subiram ao podium em segundo e terceiro, respectivamente.

 

É isso aí, amigos. Abraços!

 

Antônio de Pádua

 

 

 

 

Last Updated ( Monday, 21 October 2013 07:45 )