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Nelsinho: Recomeço ou Retrocesso? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 09 March 2014 22:10

Olá leitores!

 

Nessa curta semana pós Carnaval confesso que fiquei um pouco surpreso com a notícia sobre o destino do Nelsinho Piquet, piloto com talento, mas longe da genialidade do pai, que estava com dificuldades para conseguir patrocínio para fazer a temporada inteira da Nationwide Series da NASCAR nesse ano, foi anunciado como integrante do BMW Sports Trophy Team Brasil na categoria Blancpain Sprint Series. Abrindo um parêntese: deve ser muito duro ser filho de um grande piloto. Muito duro mesmo. Se você for filho de um piloto fraco ou mediano, qualquer resultado que você conseguir será um bônus. Se você for filho de um grande campeão, ou de um piloto que não foi campeão, mas encantava o público com sua pilotagem, no mínimo se espera que você seja tão bom quanto seu pai. Por exemplo: deve ser muito mais fácil ser filho do Pascal Fabre, que tentava fazer a Osella andar, do que filho do Alain Prost. Tanto que o Nicolas Prost foi correr de Endurance ao invés de Fórmulas.

 

Anunciado onde mesmo??? OK, vou explicar. É um campeonato de carros GT3 com provas de curta duração, corridas em rodada dupla com 60 minutos cada bateria, e com equalização de desempenho entre os carros. Ele é o sucessor do FIA GT Series, e Blancpain é a marca de relógios (caros, muito caros) que patrocina o evento. O leitor mais atento pode se perguntar sobre o que seria essa “equalização de desempenho”. É uma forma mais complexa (e eficiente) de equalizar o desempenho dos carros que a simples adição de peso de acordo com o desempenho apresentado que é adotada no WTCC. Os modelos habilitados a participar da competição participam de testes no início do ano, e de acordo com o desempenho apresentado a categoria limita o carro em algum item. Seria mais ou menos como fazer a Red Bull do ano passado correr com mais peso que os outros e a Marussia com menos peso para equalizar o desempenho e fazer todos os pilotos terem chance de vitória. Sim, isso está previsto no regulamento feito pela FIA. Bom para o espetáculo? Com certeza. Justo? Há controvérsias.

 

O fato é: ele saiu de uma categoria grande (mesmo que na divisão de acesso) para uma categoria, digamos, secundária. OK, existem alguns bons pilotos lá, mas... parece-me pouco para alguém que antes de chegar na F-1 teve uma carreira tão promissora. Ao que tudo indica, ele deverá continuar morando nos EUA, haja vista que há poucas corridas na temporada dessa nova categoria (7 etapas durante o ano todo) e ele pretende continuar procurando um caminho nos Estados Unidos. Boa sorte a ele.

 

Por falar em NASCAR, após chatas 400 milhas no oval de Las Vegas (uma pista que só não acho mais chata que as de Dover e Martinsville) o vencedor foi Brad Keselovski, numa daquelas corridas onde o pessoal resolve fazer estratégia com o combustível e aí nas últimas voltas tem que andar devagar ou – se o cálculo ficou muito errado – parar nos boxes para colocar “um cheirinho” de combustível para terminar. Até a metade da última volta o líder era Dale Earnhardt Jr., mas aí o motor começou a falhar por falta de combustível e, no embalo, ele conseguiu terminar em 2º, caindo dessa forma a vitória no colo do Keselovski. Primeira dele nessa pista.

 

No continente europeu, a Dona Mercedes parou de enrolar e soltou a sua relação de pilotos para a temporada do DTM. Ao contrário de Audi e BMW, que correrão com 8 carros, a estrela de três pontas alinhará 7 carros, e na lista de pilotos estão nomes como os estreantes Vitaly Petrov e Paul di Resta, que ficaram sem assento na F-1.

 

Boa surpresa foi a confirmação oficial do patrocinador principal da Williams, teremos a volta da Martini como patrocinadora na F-1, inclusive batizando a equipe (Williams Martini Racing). A pintura do carro ficou parecida com a do Brabham BT44B pilotado por José Carlos Pace em 1975 – a da vitória em Interlagos. Independente do nariz do Gonzo do Muppet Show, disparado o carro mais bonito do grid.

 

Tivemos também o Rali do México, mais uma dobradinha da VW com Sebastian Ogier e Jari-Matti Latvala. A curiosidade ficou por conta do 3º lugar do Hyundai i20 WRC, dando aos coreanos um pódio na 3ª corrida em que o modelo participa. Como se poderia prever, o glorioso Kubica resolveu dar prejuízo para o chefe de equipe e trabalho para os mecânicos de novo. Bateu e capotou de novo. Acho que na hora em que ele coloca o capacete ele presta homenagem ao Andrea de Cesaris, só pode ser. A título de curiosidade, o radiador do Hyundai de Neuville apresentou vazamento na última especial e o piloto conseguiu levar o carro até o fim completando o radiador com... cerveja fornecida pelo patrocinador do rali (a Corona). Eu sabia que para alguma coisa a Corona serviria...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini