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E começou a Wacky Race! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 16 March 2014 18:53

Olá leitores!

 

Enfim começou a temporada de Fórmula 1, cheia de novidades técnicas e com as cartas embaralhadas. Quem no ano passado imaginaria que o Vettel fosse dar apenas 5 voltas na corrida de estreia do ano seguinte? Pouca gente, acredito. O pequeno problema é que o novo regulamento tornou a categoria mais complexa ainda, com turbo, dois sistemas separados para reaproveitar energia e um limitador no fluxo de gasolina para o motor. E foi um problema nesse limitador que levou à desclassificação do Ricciardo, que fez uma ótima primeira corrida na Red Bull e na pista terminou a prova em 2º lugar, para a alegria da torcida local. A FIA disse que avisou a equipe do defeito na peça e a equipe ignorou, a equipe disse que os sensores adotados pela FIA mostram leituras erradas do fluxo, enfim, a Red Bull recorreu e essa novela promete ir longe. A não ser que a Red Bull contrate os advogados do Fluminense... enfim, a prova foi boa mas não foi ótima. Deu para ver no treino de classificação que o maior torque dos novos motores será um fator de complicação para os pilotos, já que os carros ficaram mais ariscos, ao menos nesse começo de temporada.

 

A vitória, com méritos, ficou nas mãos de Nico Rosberg. Líder da primeira até a última curva, repetiu o feito de seu pai Keke Rosberg na primeira corrida de F-1 na Austrália, então nas ruas de Adelaide, e curiosamente ambos com carro nº 6 (lembrando que esse ano os pilotos puderam escolher o número que os acompanhará até o fim de sua carreira na categoria). Para o espectador, chegou a ser chato acompanhar o Rosberguinho. Seu companheiro Hamilton (19º) abandonou na quarta volta, com problemas no motor. Esse ano deveremos ver muito as equipes fazendo isso, recolher o carro quando o motor ameaçar dar problema, já que ano passado cada piloto podia usar 8 motores durante a temporada e esse ano serão apenas 5.

 

Com a desclassificação do Ricciardo, quem herdou o 2º lugar foi o estreante Kevin Magnussen, conseguindo logo de cara uma posição melhor que o seu pai conseguiu quando passou pela categoria (Jan Magnussen no máximo terminou em 6º lugar). Pilotagem rápida e segura, o menino parece ter sido a opção correta para substituir o Pérez na McLaren. Em 3º chegou seu companheiro, Jenson Button, após ter largado apenas em 10º, um dos que eu considero como candidato ao título devido ao estilo suave de pilotar, que combina com esse tipo de competição com limitações de consumo, pneus, etc. Mesmo que seja um pouco aborrecido de assistir. A equipe resolveu fazer durante o final de semana uma homenagem ao pai do Jenson, John Button, encontrado morto em janeiro, usando camisas rosas como as que o pai dele sempre gostou de usar.

 

Em 4º chegou Alonso, que fez uma corrida apagada mas já começou a garantir seus pontinhos para o campeonato. Ao final da prova, para não se afastar de suas tradições, reclamou do carro, que está distante dos primeiros colocados. “El Llorón de las Astúrias”... seu companheiro Räikkönen foi mal na classificação, onde bateu sozinho, e também não brilhou como poderia na corrida, terminando num fraco 7º lugar.

 

Em 5º veio a Williams do Bottas, que foi bastante arrojado a corrida toda e poderia ter terminado mais à frente ainda se não tivesse batido de lado no muro e quebrado a roda traseira direita enquanto pressionava o “Choronso”, que brigava com sua Ferrari. Grande corrida a do jovem Bottas. Se eu fosse o Massa, ficaria preocupado... por falar em Massa, não rendeu o que poderia na classificação e largou em 9º lugar, bem no meio da “turma do salseiro” (na verdade esse pelotão recebe outro nome, mas essa é uma coluna de respeito e não o citarei...). E quem larga nesse pelotão, está sujeito ao fator “terceiros”. Pois bem, logo na primeira curva o Kobayashi teve problemas no freio eletrônico (um dos sistemas de recuperação de energia), travou as rodas e foi sem controle para cima do carro do brasileiro, saindo ambos da corrida. Massa esbravejou, com razão, mas são coisas da vida. Quem sabe serve de estímulo para ele se dedicar mais ao treino classificatório...

 

Em 6º terminou Nico Hülkemberg, de volta à Force India, e que escolheu um número bem interessante para correr: 27. Sim, o número com que o grande Gilles Villeneuve correu em seus 2 últimos anos de vida na Ferrari. Mensagem subliminar para a Ferrari? “Ei, estou aqui, não querem me contratar não”? Seu companheiro Pérez, apagadinho da silva, terminou em 10º, o último entre os que não tomaram volta do líder.

 

Em 8º e 9º chegaram os carros da Toro Rosso, respectivamente com Vergne e Kvyat. Têm o mérito de serem os únicos carros com motores da Renault a terminarem a prova, e nas atuais circunstâncias isso é uma vitória.

 

Próxima etapa, dia 30/03, GP da Malásia. Vamos ver o quanto os novos motores resistem ao calor...

 

Termino a coluna deixando a dica de um evento em São Paulo: até 29/03 está no espaço cultural do Conjunto Nacional (Av. Paulista, esquina com a Rua Augusta) a exposição Velocult, dedicada a preservação da memória do automobilismo nacional. Carros antigos de competição estarão expostos. Se nada der errado, trarei notícias do evento na próxima coluna.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini