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Carreras son Carreras - GP do Canadá PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 08 June 2014 22:31

Olá leitores!

 

Mais uma vez o belo Circuito Gilles Villeneuve não me decepcionou. Uma pista muito exigente, que força demais motor (longos trechos de pé cravado no fundo) e freios (logo após esses trechos de pé embaixo), costuma dar resultados inesperados... e deu, com a primeira vitória desse grande talento chamado Daniel Ricciardo. O tal do “programa jovens pilotos” da Red Bull está dando certo, pois tem muita gente boa saindo dele.

 

Vitória merecida do Ricciardo, que pilotou com rapidez e inteligência, a equipe fez uma boa estratégia e ele ganhou importantes posições. Resumindo, o dia perfeito. Aquele em que tudo dá certo. E antes que digam que ele teve “sorte” por causa dos problemas mecânicos da Mercedes, lembremos que a sorte também faz parte do “pacote” que faz um campeão. O pessoal mais antigo citaria o neozelandês Chris Amon, talentoso piloto que nunca venceu na F-1: toda vez que estava na liderança algo acontecia e ele perdia a posição. O próprio Massa não é exatamente conhecido por ser alguém bafejado pela sorte. Enfim, corridas são corridas, e o resultado é só após a bandeira quadriculada. Venceu e mereceu. Seu companheiro Vettel (3º) fez as pazes com o pódio, que não tinha visitado ainda esse ano. Pude perceber uma expressão de alívio na cerimônia de entrega de troféus. Dois carros da Red Bull no pódio indica que o pessoal da Renault está progredindo com o motor e que o carro está sensivelmente melhor que na pré-temporada.

 

Em 2º chegou Rosberg, que sofreu com a perda de desempenho do carro na segunda metade da prova e voltou a disputar uma corrida no meio da “plebe”, já que até agora o carro da Mercedes estava em um patamar acima dos outros da categoria. Seu companheiro Hamilton não teve a mesma sorte, precisando abandonar faltando 24 voltas para o final da prova. Isso fez com que a vantagem de Rosberg para Hamilton no campeonato fosse para 22 pontos (140 do Rosberg contra 118 do Hamilton), o que não vai ajudar o inglês a dormir com a cabeça tranquila sobre o travesseiro.

 

Em 4º temos Button, que conseguiu o melhor resultado da McLaren nos últimos tempos nessa corrida fazendo duas ultrapassagens na última volta. Estava num dia inspirado. Seu companheiro Magnussen não brilhou, e o 9º lugar não foi um mau resultado para o que ele apresentou.

Em 5º veio Hülkemberg, que foi um osso duro com um carro muito veloz de reta. Infelizmente a corrida não foi no antigo circuito de Österreichring (que, assassinado por Tilke e agora renomeado Red Bull Ring, receberá a próxima corrida dia 22/06), com retas longas e curvas de alta... nos trechos mais travados se enroscava um pouco, e isso fez com que perdesse tempo precioso disputando com outros pilotos que iam melhor nos trechos de baixa. Mas não foi uma má corrida a dele, em absoluto. Seu companheiro Pérez (11º) aprontou das suas: na abertura da última volta, já com problemas de freio, ao perceber que Massa o ultrapassaria, mudou a trajetória e bloqueou a passagem do brasileiro, que não pôde fazer nada para evitar a batida. A FIA analisou as imagens e aplicou uma punição de perda de 5 posições no próximo grid de largada. Achei que ficou barato, pela violência do choque causado por ele. Enfim, FIA é FIA.

 

Em 6º, não muito feliz com o carro, terminou Alonso. Como já aconteceu outras vezes que a Ferrari batizou um carro em homenagem a algo ou alguém, o F14 T (tecnicamente, Ferrari – 2014 – Turbo, mas utilizando aqueles códigos de viciados em internet pode ser lido como FIAT, dona da marca) não pode ser chamado de um projeto bem sucedido. Räikkönen, apagadíssimo, terminou em 10º lugar mais de 20 segundos atrás do Magnussen. Dureza...

 

Em 7º chegou o Bottas, que correu bem, brigou bastante, e até poderia ter conseguido um resultado melhor se a Dona Williams não chamasse para troca de pneus em momentos errados. Seu companheiro Massa, então, foi prejudicado por falha de equipamento no primeiro pit-stop e o engenheiro inventou uma estratégia “mandrake” no meio da corrida que também não o ajudou muito. Podia ter terminado em 4º lugar se o Pérez não tivesse feito bobagem. A panca foi forte o suficiente para, mesmo ele tendo saído sem problemas do carro, ter passado no Centro Médico para uma checagem a fim de verificar se estava mesmo tudo em ordem. Uma pena, mas ele teve mais um de seus dias de azar, onde o resultado final não dependeu exclusivamente dele. Logo após a corrida apareceram diversos comentários nas redes sociais chamando o Massa de “barbeiro”, e eu mesmo acho que ele como piloto de ponta acabou na Hungria, quando recebeu aquela “molada” na cabeça. Mas, desta vez, a culpa não foi dele.

 

Em 8º terminou Vergne, que antes da corrida andou criticando a pista mas que nos treinos e na própria corrida apresentou-se com dignidade na pista, largando em 8º e terminando na mesma posição. Seu companheiro Kvyat abandonou faltando 23 voltas para o fim.

 

Próxima corrida, dia 22/06 no outrora belíssimo e velocíssimo circuito austríaco um dia chamado Österreichring, assassinado a sangue frio por Hermann Tilke quando mudou de nome para A1-Ring, que o transformou em uma sequência de retas seguidas de curvas fechadas. Ficou desativado por um bom tempo, mas foi comprado pela Red Bull, revitalizado (infelizmente sem mexer no traçado) e renomeado Red Bull Ring. A visão das montanhas austríacas é de tirar o fôlego.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini