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Le Mans, Barcelona e os pais da América PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 15 June 2014 23:48

Olá Leitores,

 

Esse foi o final de semana da corrida de longa duração mais famosa do mundo, as 24 Horas de Le Mans. Algumas provas podem apresentar solicitações de resistência diversas (as 24 Horas de Daytona, com as curvas inclinadas do oval, e as 24 Horas de Nürburgring, para carros de turismo pelo Nordschleife, o “Inferno Verde”, são bons exemplos), mas a prova rainha ainda é a de Le Mans. Ainda que não possua a radicalidade do passado sem chicanes na reta Hunaudières, onde um WM-Peugeot P88 foi flagrado a 405km/h, ainda é o templo máximo da resistência, onde não basta ter o carro mais veloz, mas sim o que une velocidade com confiabilidade. Não subestimar os adversários também ajuda.

 

Foi assim que a Audi se tornou campeã em Le Mans pela 13ª vez. Em velocidade pura, os alemães estavam atrás dos carros da Toyota. Só que a marca das argolas levou 3 carros para a prova francesa, enquanto a Toyota, confiante com o favorável começo da temporada do WEC, levou apenas 2 carros. Um (carro nº 8, do trio Davidson/ Lapierre/ Buemi) se envolveu em um acidente com um dos Audis (carro nº 3, do trio Albuquerque/ Bonanomi/ Jarvis) logo nas primeiras horas da corrida e perdeu 8 voltas nos boxes para reparar os danos, e o outro carro (nº 7, pilotado pelo trio Wurz/ Sarrazin/ Nakajima), que vinha liderando a corrida, lá pela 14ª hora teve uma pane elétrica e abandonou. Os 2 carros da Porsche, modelo 919 Hybrid, que retornou à categoria principal da corrida, estavam bastante rápidos também, com o carro nº 20 (pilotado por Bernhardt/ Webber/ Hartley) se alternando na liderança com o Toyota nº7, mas também não resistiram ao ritmo da corrida. Vitória no colo da Audi, que fez 1-2 com o Toyota sobrevivente (o nº 8) em 3º, 5 voltas atrás. Merece destaque o fato que o carro vencedor, nº 2, pilotado por Fässler/ Lotterer/ Tréluyer, teve problemas no turbo compressor e a equipe trocou o turbo (que, vamos lembrar, é uma peça que trabalha a altíssima temperatura) e colocou o carro de volta para a pista em pouco mais de 15 minutos. Verdadeiramente impressionante, e faz a gente pensar o motivo pelo qual o mecânico no qual levamos nosso carro leva um dia inteiro para trocar as velas de ignição... enfim, deixa para lá. O Audi que terminou em 2º lugar, nº 1, foi pilotado pelo trio Di Grassi/ Gené/ Kistensen. Com essa posição, Di Grassi iguala o resultado dos melhores pilotos brasileiros na prova, José Carlos Pace e Raul Boesel. E acredito piamente que um 3º carro da Toyota poderia ter posto um pouco mais de wasabi nesse final de corrida. Enfim, foi uma ótima corrida assim mesmo.

 

Na Catalunha tivemos mais uma etapa da MotoGP, com mais uma vitória dele, Marc Márquez. O garoto teve que suar o macacão para conseguir a vitória, com direito a liderança da prova por parte do Valentino Rossi (que está bem mais adaptado à Yamaha que estava ano passado) e intensa disputa entre Márquez e Pedrosa. Pedrosa bem que tentou tirar a vitória das mãos do jovem talento espanhol, mas errou em uma tentativa na última volta, saiu do traçado e deixou a segunda posição da corrida para o Rossi. Achei estranha a participação do Lorenzo: largou na frente, foi ultrapassado após 2 voltas pelo Rossi, depois começou a perder um pouco de rendimento, foi ultrapassado por Márquez e Pedrosa e ficou de espectador do duelo a três em sua frente. Tanto que nem terminou tão para trás, acabou a corrida 4 segundos e meio atrás do Márquez. Geralmente ele é mais combativo, mas enfim... O brasileiro Eric Granado terminou em 23º na Moto3 e segue em recuperação do melhor de sua forma física. Apenas temo que quando ele voltar ao auge a temporada já esteja no fim e as vagas nas boas equipes preenchidas. Enfim, torçamos pelo melhor.

 

Nos EUA, onde nesse domingo foi comemorado o Dia dos Pais, o vencedor da etapa de Michigan da NASCAR foi o Jimmie Johnson, sua primeira vitória da carreira nesse oval e terceira nessa temporada, que foi conquistada com uma inteligente estratégia de paradas para reabastecimento e trocas de pneus. Aliás, por falar em Dia dos Pais e NASCAR, como o automobilismo norte americano é algo muito mais “família” que o europeu, não foram poucos os pilotos da categoria que postaram fotos nas redes sociais com seus pimpolhos, ou então fotos deles mesmos quando crianças acompanhados de seus pais. Pode parecer piegas, mas é uma inteligente estratégia para aproximar o ídolo do seu fã, mostrando que ele pode fazer coisas maravilhosas e perigosas na pista, mas que fora do autódromo o piloto é como um deles, uma pessoa com vida familiar, que também precisa se preocupar com a lista de supermercado, as notas da criançada na escola, coisas assim. Dá para imaginar algo semelhante na F-1? Não acredito. Para quem reclama que na NASCAR só se faz curva para a esquerda, a etapa da semana que vem é no Infineon Raceway, em Sonoma, na Califórnia, num traçado misto com a maioria das curvas para a direita... vale a pena conferir, até pela presença de alguns pilotos especialistas em mistos substituindo alguns especialistas de ovais que preferem não encarar as agruras de um “road circuit”, com freadas, reduções de marchas, curvas para os dois lados... uma tarefa muito complicada, convenhamos. Deve ser interessante assistir uma corrida nessa pista, já que está encravada no meio da região produtora de vinhos da Califórnia.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

 

 

 

Last Updated ( Sunday, 15 June 2014 23:56 )