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O belo e o feio nas pistas da América PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 10 August 2014 22:57

Olá leitores!

 

Esse final de semana as atenções do esporte à motor foram focadas nos Estados Unidos. Nada mais justo, afinal é um país que “respira” o esporte motorizado, e a ação aconteceu lá.

 

Começando em duas rodas: quem apenas observou o resultado final da corrida do Mundial de Motovelocidade disputada em Indianapolis deve ter achado – com toda a razão – que a corrida foi “mais do mesmo”. Engano: a vitória ficou sim com o ET Marc Márquez, a décima em 10 corridas, igualando marca da lenda maior Giacomo Agostini, mas ele conseguiu assumir a posição que lhe é de direito essa temporada a partir da metade da prova... o começo da corrida foi dos mais eletrizantes dos últimos tempos, com uma ótima largada de Valentino Rossi e com duelos impressionantes pelas posições, com direito a toques entre carenagens e tudo o mais. Apesar do domínio espanhol na categoria, houve momentos em que 3 pilotos italianos estavam nas 3 primeiras posições (Rossi, Dovizioso e Iannone). Obviamente, com o passar das voltas a ordem natural das coisas começou a prevalecer, mas foi um começo de corrida muito bonito. Passou a nítida impressão que os pilotos aprovaram o novo asfalto e as curvas com leiaute suavizado para esse ano, e se empenharam o máximo para dar um bom espetáculo.

 

Que Marc Márquez é um piloto que está no momento certo com a moto certa não se pode discutir, mas uma sequência de imagens da transmissão deu o que pensar: em um dos momentos em que Márquez tentava se aproximar de Rossi para efetuar a ultrapassagem, a transmissão colocou a imagem dos dois pilotos em tela dividida e acionou o medidor de inclinação dos pilotos nas curvas. OK, é sabido que o piloto da atualidade que mais inclina em curvas é o jovem talento espanhol da Honda, mas me espantou ver que o alto (1,82m, enorme para os padrões do motociclismo) e experiente (35 anos) Valentino Rossi não ficava muito a dever para o novato (21 anos) e mais baixo (1,68m) líder da temporada no quesito inclinação nas curvas.

 

No final, nada fora do padrão para essa temporada: vitória de Márquez, com Lorenzo em segundo e Rossi em terceiro. O tradicionalmente lamuriento Pedrosa ficou em 4º lugar. Na Moto3 (que na época dos motores 2 tempos era a 125cc) o brasileiro Eric Granado terminou a prova em 22º lugar após largar em 25º e não mostrar nem de perto o bom desempenho dos treinos livres. Reclamou muito da falta de velocidade nas retas... mas convenhamos, isso é erro de acerto da moto, não de pilotagem. Resta saber quem foi que quis a relação mais curta, se a equipe ou ele.

 

No traçado curto de Watkins Glen foi disputada uma das duas corridas da categoria principal da NASCAR em circuitos mistos, com a vitória do AJ Allmendinger sobre o especialista de circuitos mistos Marcus Ambrose após uma bela disputa nas duas voltas finais, com direito a troca de tinta entre os carros. Belo espetáculo para uma primeira vitória na categoria principal. Em terceiro chegou Kurt Busch. A prova chegou a ter uma bandeira vermelha por causa do forte acidente envolvendo Ryan Newman e Michael McDowell. Newmann foi tocado por trás na saída da curva longa que tem após a grande reta e a chicane (Curva 5, em descida), perdeu o controle do carro, bateu com força no guard-rail e o carro retornou para a pista. No que voltou, acertou a lateral traseira do carro de McDowell, este rodou, decolou e acertou – felizmente – de traseira o guard-rail e a tela de proteção acima deste. O eixo traseiro do carro ficou apoiado no guard-rail, e pedaços dos dois carros se espalharam pela pista toda. Apesar da plasticidade do acidente, não houve feridos, mas as equipes de manutenção tiveram um trabalho extra para consertar as barreiras danificadas.

 

E tem gente que possui um ímã para confusão. Uma dessas pessoas é o tricampeão da NASCAR Sprint Cup Tony Stewart. Não satisfeito em correr num circuito misto no domingo, ele resolveu participar de uma corrida de Sprint Cars no sábado à noite, em um oval de terra. Sprint Cars são umas cadeirinhas elétricas com um V-8 de pelo menos 900 cavalos de potência, curtos, com uma asa enorme no teto para ver se o carro consegue ficar minimamente em contato com o solo, e hoje em dia possuem uma forte estrutura tubular para proteger o piloto... o problema é que o jovem (20 anos) Kevin Ward Jr. se sentiu ofendido pelo Tony Stewart não ter deixado espaço do lado externo da curva para ele, causando o choque com o muro, e resolveu descer do carro para “tirar satisfações” com o Tony antes dos carros de serviço chegarem. Um piloto conseguiu desviar do novato que estava no meio da pista, o Tony não e acabou atropelando o irritado adversário. Kevin acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu. Por causa disso, Stewart não largou na corrida da Sprint Cup, tendo o carro 14 ido para a pista nas mãos de Regan Smith.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini