Caros amigos, quando se tem uma relação profissional, seja entre um pedreiro e seu servente, seja no meio militar, entre o tenente e o sargento, seja no alto meio corporativo, entre o CEO e o diretor, haverá sempre uma lei hierárquica, onde um é o servo e o outro é o senhor. É uma lei imutável, que vaira apenas em termos de rigidez e forma de tratamento. No final de semana do GP dos Estados Unidos, Donald Mackenzie (CEO do grupo CVC) recebeu uma ligação de Gerard Lopez, sobre a situação das equipes médias da Fórmula 1 e havia um risco real de greve das equipes (Sauber, Force India e ‘Nega Genii’), o que iria passar uma péssima imagem no mercado que é dos mais cobiçados pela categoria, junto com o oriente médio. O CEO da CVC anunciou que disponibilzaria 100 milhões de Libras para sr distribuído entre estas equipes. Seria uma decisão de gestor. Algo que viria de coma para baixo e que vindo do acionista majoritário, os sócios menores teriam duas opções: aceitar e apoiar ou romper, vender as ações e investir em outro negócio. Para surpresa geral, o funcionario que dirige a categoria (sim, porque há muito tempo Bernie Ecclestone deixou de ser o dono da Fórmula 1, embora ainda haja como tal, com a anuêcia ou benevolência ou sei lá que tamanho seria o rabo preso da CVC) veio a público dizer que não vai ter dinheiro nenhum, que não há dinheiro e que as equipes médias vão ter que “se virar”. Impossível não perguntar: Quem é o servo e quem é o senhor nesta estória? A temperatura voltou a subir depois do GP Brasil, onde as negativas começaram a surgir no sentido de que agum dinheiro seria direcionado para Sauber, Force India e ‘Nega Genii’. As palavras foram pesadas, com a acusação de formação de cartel por parte de cinco das seis equipes do famigerado Grupo de Estratégia: Ferrari, Red Bull, Mercedes, McLaren e Williams. Uma carta destinada à FOM e à CVC foi redigida e assinada pelas três equipes restantes (logicamente a Toro Rosso, como “satelite” da Red Bull, ão conta) pedindo que seja implantada uma distribuição igual dos lucros para todos s equipes. A Ferrari, por exemplo, recebe 100 milhões de dólares apenas por estar presente. Um dos maiores destas equipes é o custo da compra dos motores, que em nada é aliviado. Este montante chega a ultrpassar a casa dos 50% do ‘budget’ destas equipes. Nesta hora, não há como não perguntar – novamente – aonde está o Sr. Donald Mackenzie e a sua promessa de reforço de caixa para as equipes médias? Caso algo não seja feito, e rápido, logo deixarão de ser médias, ficando pequenas, depois ‘nanicas’ e depois fechando as portas! Na contramão de tudo isso – e eu não descarto uma ação drástica na última prova, como um boicote das três equipes – Bernie ecclestone disse que possui duas grandes metas para as próximas temporadas do Mundial. A primeira é evitar uma repetição do fracasso vivido por times como Caterham e Marussia neste ano e a segunda é reduzir o acesso dos jornalistas de mídia online ao paddock da F1. Como? Será que acha que impedindo que as notícias sejam veiculadas ele iá resolver os problemas da categoria? Quem faz a modernidade do jornalismo hoje é justamente o meio eletrônico de se acessar notícias. Os jornais, as rádios, os grandes portais de notícias usam a comunicação eletrônica e o resultado dos erros cometidos na gestão da categoria como a queda da audiência na televisão e a diminuição do público nos autódromos não serão resolvidas com a diminuição do acesso à informação dos fãs, muito pelo contrário. Será que os verdadeiros donos da categoria (a CVC) não está vendo isso? Afinal, quem é o servo e quem é o senhor nesta relação? Um abraço e até a próxima, Fernando Paiva p.s. Por ordens médicas o ‘café’ está suspenso... até segunda ordem!
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