Olá leitores! A grande estrela desse final de semana foi a prova final do campeonato da Fórmula Truck, no reformado e lindo autódromo de Goiânia. Desde a sua inauguração era um dos mais belos traçados do Brasil, com a combinação certa de curvas de baixa, média e alta, grandes áreas de escape numa época em que não se pensava muito nisso, uma pista à frente de seu tempo. O que faltava era a ampliação dos boxes, que se não estão nababescos como os de Abu Dhabi agora fazem parte do Século XXI, e refazer o asfalto, que foi usado por mais de 30 anos sem cuidados, e agora ficou no mesmo nível de excelência do desenho da pista, que considero das mais interessantes que existe. E São Pedro também quis participar da festa, mandando um pouco de água para tornar a corrida mais interessante, mas não o suficiente para criar problemas para os pilotos. Por precaução, a direção da prova optou pela largada com o pace-truck na frente. E o título tinha um favorito, Leandro Totti, vencedor de 6 das 10 etapas do calendário, que largou em 3º mas precisava apenas de um 6º lugar para ser campeão sem depender do resultado do pole position Felipe Giaffone. Ele precisava apenas fazer uma corrida sem correr riscos, e foi o que fez. Aliás, os 3 primeiros colocados na classificação só não terminaram a corrida do mesmo jeito que largaram pois o caminhão de Giaffone teve problemas no câmbio e abandonou. Assim sendo, Wellington Cirino (Mercedes-Benz), que largou em segundo lugar, venceu a prova, e Leandro Totti (VW) terminou em segundo lugar. Mais lá para trás, obviamente, o pessoal não foi tão cauteloso, e diversas trocas de posição aconteceram, seja por abandonos, seja por acidentes (o cúmulo do azar foi o caso do Djalma Fogaça (Ford), que teve o para-brisa quebrado e alguns estilhaços atingiram seu olho, felizmente sem gravidade, foi só o susto), seja pelo arrojo do piloto pura e simplesmente. Nesse campo, quem fez bonito foi o 3º colocado, Roberval Andrade (Scania), que largou em 9º lugar e fez algumas belas ultrapassagens, chegando inclusive a liderar a prova. No entanto, um drive-through por causa de uma batida que ele deu no Salustiano mais no começo da prova encerrou seu sonho de vitória. Encerrando os 5 que sobem no pódio da Truck, chegaram Beto Monteiro (Iveco) em 4º lugar e Gustavo Magnabosco (Volvo) em 5º. Mesmo levando em conta os abandonos, muito bom ver 5 marcas diferentes de caminhão nos 5 primeiros lugares, acredito ter sido essa uma das mais equilibradas etapas da temporada, que foi marcada pela supremacia da VW-MAN. Como uma das coisas que a categoria mais preza é a competitividade entre as marcas, podem escrever que ano que vem a coisa não será mais tão fácil para a VW-MAN, já que provavelmente haverá a liberação de algum item para a concorrência e não para a VW, ou eles terão que usar algo que diminua a vantagem deles para os outros caminhões. Todo ano é assim, e é por causa disso que a categoria é o espetáculo que é. Não haveria tanto envolvimento de diferentes marcas se não houvesse esse equilíbrio entre os participantes. Mudando de assunto, tivemos também a cerimônia da FIA para entrega dos troféus dos campeões do ano de 2014. E provando que esse ano foi difícil mesmo para a Red Bull, além de terem a sua supremacia derrubada pela Mercedes (embora tenham sido a única equipe a vencer além dos estrelados de 3 pontas), no mesmo fim de semana em que Hamilton e a Mercedes receberam seus troféus pelo campeonato desse ano ladrões entraram na sede da Red Bull e levaram mais de 60 troféus que estavam ali guardados. Quando a fase não é boa, não é boa mesmo... E continua a novela “Quem vai pilotar para a McLaren em 2015?”, já que semana após semana os ingleses adiam o anúncio oficial da dupla de pilotos para o próximo ano. Basicamente, a dúvida é quem será o companheiro do Alonso próximo ano. O bom senso e a lógica indicam que deve ser Jenson Button, mas nunca se sabe o quanto o Departamento Financeiro pode estar interferindo na escolha, se Alonso vetou a presença de Button (algo que seria bem do feitio dele, uma pessoa que quer ter todas as atenções da equipe e como companheiro alguém que não seja uma ameaça para ele), enfim, apenas indefinições. Até a próxima! Alexandre Bianchini
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