Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Eletrizante esta Fórmula E PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 15 December 2014 05:11

Olá leitores!

 

O ano vai acabando, os campeões se consagrando e o número de competições diminuindo... Esse final de semana tivemos mais ação no sábado que no domingo. E muita corrida comemorativa.

 

Vamos começar com a corrida de furadeiras, digo, de carros elétricos, a Fórmula E. Os carros em si são muito interessantes: carros de fórmula com proteções para evitar um carro “montar” no outro por contato entre a banda de rodagem dos pneus, pneus mais próximos àquilo que existe nos carros de rua que na F-1 (perfil baixo, com ranhuras) e que propiciam mais derrapadas que os slicks que normalmente equipam os carros de corrida, aumentando a dificuldade para o piloto e propiciando aos mais talentosos se destacarem, a ideia em si é muito boa. O problema é acústico. Ou ao menos para mim o problema é esse: o barulho constante e monocórdico do motor elétrico me dá um sono enorme, é bem difícil ficar acordado a corrida toda.

 

De qualquer maneira, seria difícil não ficar com sono com aquela pista de Punta del Este. Sim, eu sei que é um circuito de rua tradicional. Sim, eu sei que a visão daquela praia ameniza um bocado das críticas que possam ser feitas. Sim, eu sei que é a Mônaco do Uruguai... mas aquela pista é muito estreita. Opinião estritamente pessoal, não gostei, aquilo sim é andar de bicicleta na sala de casa (como diria Piquet, Nelson). Enfim, felizmente a pista fica ao lado da praia, o vento levou um bocado de areia para a pista, e os carros estavam escorregando um bocado, principalmente no treino classificatório. Na corrida as atenções todas estavam voltadas para Vergne, oriundo da F-1, e que mesmo sem experiência com o carro andou muito bem em uma pista difícil e conquistou a pole. Na largada perdeu a posição para Nelsinho Piquet, mas posteriormente a recuperou e parecia que levaria fácil a corrida. O (belo) safety-car elétrico entrou algumas vezes, afinal era difícil ultrapassar sem que algum dos dois parasse no muro em uma pista tão estreita. Na troca de carro (afinal, sendo elétrico não dá para simplesmente reabastecer o carro...) Buemi – que já tinha passado Nelsinho – se deu melhor sobre Vergne e assumiu a ponta. O sortudo da vez foi o Bruno Senna, que para evitar um acidente maior teve de frear forte, bateu na mureta e empenou o carro... justo na volta em que ele deveria se dirigir aos boxes para troca de carro. E do mesmo jeito que em corridas com carros a motor de combustão tem aquele que fica sem combustível no final, o Vergne ficou sem energia no finalzinho da corrida e perdeu um pódio garantido e merecido. Vitória de Buemi, com Nelsinho em segundo e Di Grassi completando o pódio em terceiro. Bruno Senna fez uma corridaça e terminou em 6º após largar em último por ter sofrido penalidade devido a bobagem (é o mais educado que posso ser no caso...) cometida pela equipe Mahindra, que não respeitou o horário limite para mexer no carro. Bem coisa de amador mesmo.

 

Tivemos também a tradicional competição de final de ano, a 500 Milhas de Kart. E pela 5ª vez o troféu de vencedor ficou nas mãos de Christian Fittipaldi, que correu com parceiros de alta qualidade: Pedro Piquet, Felipe Fraga, Vitor Meira, Danilo Dirani e Adib Marques. Nada mal para quem caiu para último lugar logo após a largada, fruto de um “totó” daqueles que você está sujeito quando larga lá no meio do “pelotão do tiroteio”. Mas corridas longas têm essa vantagem, você tem tempo para se recuperar de quase tudo, principalmente quando o clima coopera, largada com sol, chuva, depois para, depois chove de novo... É uma grande festa, onde se mesclam nas equipes as revelações do kart com os “macacos velhos”, loucos para uma corridinha de confraternização após o término dos seus campeonatos, e embora seja uma festa todos correm para ganhar – afinal, a competitividade está no sangue desse pessoal. A corrida teve um gosto especial para Fittipaldi, afinal fechou com medalha de ouro um ano onde ele venceu as 24 Horas de Daytona e foi campeão de Endurance nos EUA (ele corre na United Sports Car). O kart da equipe formada por Barrichello, Kanaan e Felipe Giaffone ficou em segundo (sem piadas, por favor...) e o kart pilotado por Bia Figueiredo, Allam Khodair, Galid Osman e Felipe Lapenna (o Stock Kart, podemos chamar assim) terminou em terceiro.

 

Para completar, acabou a novela, a McLaren anunciou sua dupla de pilotos, e deu a lógica: Alonso e Button, provavelmente a mais forte dupla do ano que vem (já que Alonso pode ser comparado a Hamilton e Vettel, mas Button é melhor que Rosberguinho e vive muito mais motivado que Räikkönen, que é excelente mas depende que tudo esteja em CNTP).

 

Até a próxima!!

 

Alexandre Bianchini