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Um olhar sobre 2014. PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 21 December 2014 22:16

Olá leitores!

 

O ano de 2014 está terminando, os campeonatos já terminaram suas temporadas (a única exceção é a Fórmula E, mas esse é um caso tão específico, tão “fora da caixinha”, que será tratado como exceção) e é chegada a hora do balanço geral do ano.

 

Na Fórmula 1, motores (melhor seria dizer “unidades de força”, já que englobam o motor a combustão com o elétrico, as baterias, etc.) novos, e domínio de outra equipe: após 4 anos seguidos com a Red Bull dando as cartas, a Mercedes teve seu momento de supremacia, fazendo cabelo, barba e bigode no campeonato. Só não venceram todas as corridas pois a Red Bull contou com um projeto muito bem feito (ainda que com sensível desvantagem no campo motorização) e o enorme talento do Daniel Ricciardo, comparável ao tamanho do seu sorriso. Como foi amplamente citado na ocasião, primeira vez que carro e motor alemães são campeões desde 1955, e tenho em mente que talvez a direção da empresa preferiria que fosse o alemão Rosberg a ser campeão ao invés do inglês Hamilton... mas nesse caso deveriam ter colocado como companheiro do Rosberguinho um piloto menos talentoso que o Lewis. Esse é um cara que vai para a pista com a faca entre os dentes, que sempre quer estar na frente, e que é melhor piloto que o Nico. Não que o Nico seja mau piloto, longe disso, apenas não está no patamar de Hamilton, Vettel e Alonso. Por falar nisso, dança das cadeiras: Alonso passou o ano inteiro reclamando do carro da Ferrari (com motivos, diga-se de passagem), e já que ele não queria, a Ferrari foi atrás de um piloto que sempre sonhou em pilotar para a equipe: Vettel, que não estava se entendendo com o carro da Red Bull para 2014 e sofria com a comparação com o Ricciardo, que além de rapidíssimo se entendeu perfeitamente com o carro. De quebra, Vettel e Räikkönen são amigos, coisa que duvido que o Alonso seja de alguém, e o conturbado clima na equipe melhoraria por conta disso. A Red Bull rapidamente promoveu Kvyat (estou quase aprendendo a escrever o sobrenome dele com naturalidade...) da Toro Rosso para a equipe principal, e após muitas e longas negociações Alonso assinou com a McLaren para fazer aquela que provavelmente será a mais forte dupla de 2015, Alonso e Button. Pessoalmente acho que a mala sem alça e sem rodinhas do Alonso merecia ficar de molho pensando em seu comportamento desagregador ano que vem, mas o pessoal da Honda achou que ele poderia ser útil, então assim ficou.

 

Na Indycar, cuja temporada acabou no já longínquo final de agosto, finalmente Will Power conseguiu quebrar a sina do vice-campeonato e sagrou-se campeão. Merecidamente, já que é um dos mais habilidosos pilotos da categoria, mas sempre pecava nos circuitos ovais. Esse ano ele aprendeu a se comportar melhor nos ovais, e finalmente atingiu o almejado título. Helinho tentou, liderou uma parte do campeonato, mas acabou ficando com o segundo lugar no final, com Dixon na 3ª posição. Tony Kanaan, estreando em casa nova, teve dificuldades no começo da temporada mas se entendeu melhor com o carro e os métodos de trabalho da equipe na segunda metade da temporada, e atingiu a esperada primeira vitória na nova equipe na última corrida do ano. Terminou o ano, entretando, apenas na 7ª posição no campeonato.

 

Na NASCAR tivemos um campeão inédito: Kevin Harvick, o homem que entrou na categoria em 2001 para ocupar a vaga na equipe que era ocupada por Dale Earnhardt, morto na primeira corrida do ano. Ganhou o título com apenas 1 ponto à frente de Ryan Newman, outro piloto de pé bem pesado, e disputando diretamente a posição na última corrida do ano. Esse ano a categoria estreou um novo formato para o Chase (os “playoffs” da categoria) que ficou confuso para o fã entender, mas que garantiu emoção até o final. Provavelmente a regra deve ser mantida, então é bom começar a estudar desde já para tentar compreender corretamente como a coisa funciona.

 

No WRC tudo como no ano passado, campeão Sébastien Ogier, com VW Polo R WRC, ficando a VW também com o título de construtores. Já no WTCC não teve para ninguém, e a Citroën que patinou no rali com o DS3 foi a marca dominante entre os carros de turismo com o C-Élysee, fazendo campeão (o argentino José Maria “Pechito” Lopez), vice (Yvan Müller, tetracampeão da categoria) e 3º lugar (Sébastien Loeb, a lenda do WRC, em seu primeiro ano no WTCC). Para 2015 uma boa notícia e uma má: a boa é que eles correrão no Nordschleife, a má é que não correrão em Macau. Enfim...

 

E no Brasil também chegou a hora do encerramento de trabalhos de 2014, com a premiação do Capacete de Ouro promovida pela revista Racing há 18 anos homenageando os pilotos brasileiros que se destacaram durante o ano, em votação realizada com membros da imprensa especializada. Este ano, como acharam que fui um “bom menino”, os administradores do Nobres do Grid deram-me a honra de representar o site na bela cerimônia realizada no último dia 17. Na categoria Top, Massa venceu a disputa com Helinho e Tony; na Internacional Top o vencedor foi Felipe Nasr; na Internacional deu Pietro Fittipaldi; na Stock deu o campeão Barrichello; na Nacional venceu o Ricardo Maurício, entre outros homenageados em outras categorias do evento.

 

Foram feitas também homenagens a grandes nomes do passado nas pistas, com homenagens aos 20 anos da morte de Ayrton, aos 50 anos que Mauro Salles capitaneou a equipe Willys em busca de recorde de resistência com o Gordini no autódromo de Interlagos, aos 35 anos da categoria Stock Car (e o anúncio oficial da categoria retrô Old Stock, com Opalas como os que foram usados em 1979) e uma bela homenagem ao Ingo Hoffmann, que recebeu um capacete personalizado por Alan Mosca, filho do grande mago da pintura Sid Mosca, que tantos e tantos capacetes (e até carros inteiros) pintou para diversos pilotos.

Próxima coluna, as previsões para 2015!

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini