Olá leitores! Seguindo o exemplo do nosso catedrático Luiz Mariano, também manterei a saudação do dono da coluna, nosso jornalista, Alexandre Bianchini, que ainda está no merecido gozo de suas merecidas férias. O assunto desta coluna não poderia deixar de ser o acendimento da luz verde na saída dos boxes do Autódromo Internacional de Jerez de la Frontera, na Espanha, para as primeiras voltas da temporada da Fórmula 1 de 2015. Quem viu as fotos ensolaradas nos sites de notícias que já pipocaram na internet de norte a sul, leste a oeste do planeta não tem ideia de que estava frio pra burro no circuito espanhol: 5°C quando o Box foi aberto! E isso quer dizer que andar rápido não quer dizer absolutamente nada. Afinal, com esta temperatura, ninguém anda realmente rápido. Depois de dois meses enfurnados em suas fábricas, usando túneis de vento e muitas... muitas horas nos simuladores, é a hora de colocar os carros na pista e ver se tudo que foi trabalhado nos últimos meses (algo que começou lá por setembro – ou antes no caso da Ferrari que “desistiu” do campeonato de 2014 no meio da temporada) Era hora de fazer os carros andar e assim como no ano passado, quem andou foi a Mercedes. Nico Rosberg deu 157 voltas e o tempo de 1m23.106s não foi um objetivo, mas uma consequência de um trabalho que mostrou ser – de longe – o melhor da temporada passada. O alemão deu mais do que o dobro do número de voltas dados por Valtteri Bottas (Williams) e Marcus Ericsson (Sauber), este último tendo podido ter chamado a atenção pelo tempo obtido no treino – o segundo melhor do dia, com 1m22.777s – nada mal para uma equipe que andou à frente apenas das “nanicas” Marussia e Caterham. Talvez a grande surpresa para os presentes tenha sido o melhor tempo do dia ter sido estabelecido por Sebastian Vettel, depois de tudo o que a Ferrari passou ao longo do ano e em particular do segundo semestre. Ainda mais com as declarações ao longo do mês de janeiro por parte do presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, de que o projeto estaria atrasado e de que seria um ano difícil. O tempo marcado por Vettel – 1m22.620s – no primeiro dia de treinos já foi melhor do que o melhor tempo obtido no primeiro teste pré-temporada do ano passado, mas certamente a Ferrari deveria considerar as 60 voltas dadas do que o tempo em si, algo que não podemos deixar de pensar que este resultado teve mais efeito analgésico e anti-pirofórico junto à imprensa e aos tifosi italianos do que propriamente um resultado prático, ou alguém acredita que o tempo de Rosberg foi “o melhor que a Mercedes conseguiria fazer”? Mas a “vedete” do treino acabou sendo a Red Bull, que apareceu com uma pintura “psicodélica”, ou “camuflada”, algo que atrapalharia os olheiros/espiões na tentativa de copiar soluções aerodinâmicas da equipe, que mostrou ter um carro bom para um motor fraco no ano passado, mas que isso não a afastou de vitórias. Talvez a incógnita do que pode vir a fazer a Red Bull seja uma das melhores coisas a se especular neste período de testes. Do outro lado, além da já anunciada ausência da Force Índia, a “Nega Genii” também não chegou em Jerez para entrar na pista... e nada garante que vá entrar. Bom, antes não entrar do que “entrar e não entrar” como fez a McLaren de Ron Dennis e Fernando Alonso. O carro deu apenas 6 voltas “pseudocronometradas”, mostrando que tem muito trabalho pela frente. Este foi apenas o primeiro dia. Muita coisas ainda estão por acontecer, inclusive a entrada dos brasileiros na pista... e fora delas: hoje, no intervalo do Superbowl, a Nissan deve apresentar seu carro para o WEC deste ano na categoria LMP1 e, quem sabe, seus pilotos... mas eu estou esperando mesmo é o show da Katy Perry! Grande Abraço, Flavio Pinheiro |