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A Fênix de Maranello? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 29 March 2015 19:26

Olá leitores!

 

As lições de moral que ficam da corrida desse domingo são: a) não subestime seus adversários; b) cuidado com aquilo que você deseja. Após a prova de Melbourne, após declarar que gostaria de ver corridas mais disputadas, Nico Rosberg foi interrompido por Vettel, que argumentou que eles terminam as provas 30 segundos à frente dos outros carros e ironizou dizendo que não acreditava que eles fossem ficar mais lentos por causa disso. Rosberguinho contra-atacou dizendo que esperava que os adversários oferecessem um desafio. Sebastian pediu (brincando) que a Mercedes deixasse a garagem deles aberta para a visitação das outras equipes. Nico então convidou Vettel essa semana para a reunião com os engenheiros na sexta-feira à tarde em Sepang. Vettel recusou, dizendo ser jogada de marketing, mas nitidamente ficou “mordido” com a situação. E eis que veio o domingo, e a todo poderosa Mercedes comete um erro considerável de estratégia, acreditando que a concorrência não seria capaz de interferir na luta deles pela vitória. Pois é... 40ª vitória do tetracampeão, mostrando que ele não venceu 4 campeonatos pela Red Bull apenas por causa do carro. Pilotou MUITO nesse domingo, e deixou a dupla da Mercedes com um tremendo sorriso amarelo nos degraus mais baixos do pódio.

 

Primeira vitória do Vettel na Ferrari, logo em sua segunda corrida, 40ª de sua carreira (a apenas uma vitória do Senna), e uma alegria na comemoração que fez lembrar do seu grande mentor, Michael Schumacher, em uma longa recuperação após o terrível acidente de esqui no começo do ano passado. A execução em seguida dos hinos alemão e italiano certamente levou muitos fãs da equipe às lágrimas. Enfim, foi uma vitória memorável para o mais jovem tetracampeão da história. O motor não atingiu o patamar dos Mercedes, mas melhorou muito do ano passado para esse, e o carro consome muito menos pneus que no ano anterior. O atual projetista veio da Lotus, onde já tinha feito carros com essa característica, pelo que podemos deduzir que o desempenho da equipe será melhor quando o asfalto for abrasivo. Seu companheiro Räikkönen (4º) também fez uma senhora corrida, já que teve o pneu traseiro furado na última curva do circuito e precisou fazer uma volta inteira com o pneu furado para poder trocar, caindo para último lugar. OK, a entrada do safety-car por conta do Ericsson atoladinho na brita ajudou, ajuntando os pilotos, mas se ele não fosse um piloto que toma a iniciativa de ultrapassar, esse resultado não viria.

 

Hamilton, 2º colocado, parecia realmente bravo com a estratégia, digamos, pouco funcional que a equipe inventou para ele. O trazer para os boxes na 4ª volta para troca de pneus não parecia a coisa mais acertada em uma pista abrasiva como Sepang, mesmo que os pneus da largada já tivessem sido usados na classificação... enfim, ele voltou no meio do tráfego, tendo que passar Pérez, Grosjean, Sainz Jr. e Hülkemberg. Até ultrapassou relativamente rápido, mas foi um tempo perdido enquanto Vettel, que não parou, disparava sozinho na liderança. Tanto não gostou que demorou para ele relaxar após a corrida e mostrar um sorriso, ainda que amarelo. Seu companheiro Rosberg (3º) estava mais tranquilo, elogiando o trabalho de estratégia da Ferrari, e deve ter pensado um bocado a respeito do resultado de sua provocação...

 

Em 5º e 6º chegou a dupla da Williams, respectivamente Bottas e Massa. Bottas fez o que ele sabe fazer bem: acelerou fundo, apesar de ter sofrido um pouco no começo da prova com o tráfego. No final, estava satisfeito com o resultado. Seu companheiro Massa voltou ao seu padrão reclamão. Reclamou da última parada nos boxes, reclamou da vitória da Ferrari, e tomou passão por fora do Bottas no final da corrida. Esse é o Massa que eu conheço.

 

Em 7º e 8º chegou a (muito) jovem dupla da Toro Rosso, Max “di menor” Verstappen em 7º e Sainz Jr. em 8º. Ótima corrida dos dois, a meu ver principalmente a do Verstappen, que definitivamente parece ser melhor do que papai foi. O menino tem o pé direito pesado, e não se intimida em divisão de curva com pilotos muito mais experientes. Sainz Jr. também não faz feio, e pelo menos um espanhol deve ter ficado contente com a corrida (e todo estufado de orgulho do filho...).

 

Em 9º e 10º, fechando a zona de pontos, chegou a dupla da Red Bull... sim, os carros da “filial” chegaram na frente daqueles da “matriz”. Kvyat (9º) teve sua corrida atrapalhada por uma atitude no mínimo precipitada do Pérez em uma disputa de posições, que o fez rodar com um toque na roda traseira em uma curva, e mesmo voltando rapidamente para a pista você perde mais que apenas esse tempo do retorno; perde um pouco de concentração, o pneu após raspar no asfalto não é mais o mesmo, até que 9º foi um bom resultado. Já o Ricciardo (10º), coitado, sofreu um toque na asa dianteira logo na primeira volta, que foi progressivamente desestabilizando o carro, e depois teve problemas sérios de freio. A imagem da nuvem escura que saía das rodas do carro do Daniel nas freadas mais fortes era impressionante pelo lado negativo... admito que fiquei esperando uma falha daquelas “em grande estilo”, que felizmente não aconteceu.

 

Próxima corrida será na madrugada do dia 12/04, GP da China, onde todos os paulistanos poderão ver que a cidade é poluída, mas parece Campos de Jordão se comparado a Xangai, onde sempre existe uma forte névoa de poluição atrapalhando os raios do Sol atingirem o solo.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini


Last Updated ( Sunday, 29 March 2015 19:31 )