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Corrida chata e anticlimax no final. PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 12 April 2015 19:31

Olá leitores!

 

Na China sou obrigado a ser repetitivo: pista boa faz corrida boa... essas “muletas” do regulamento (sistema de recuperação de energia, asa móvel para ultrapassagens) acabaram tornando algumas corridas que eram muito ruins em provas interessantes. Mas nem isso foi capaz de fazer o GP da China ser algo que merecesse a atenção. Esse vosso escriba mesmo deu umas boas “cabeçadas” durante a corrida, de tão desinteressante que estava. Menos mal que na hora das cenas mais inusitadas dos últimos tempos eu estava acordado. Quem conseguiu dar um pouquinho de emoção à prova foi o pelotão do meio para trás, pois na frente teve alguma  movimentação no começo da corrida, depois foi um ótimo medicamento para dormir.

 

Vitória de Hamilton, que largou na frente e apenas teve que andar rápido o suficiente para seu companheiro Rosberg (2º) não o alcançar. Não que tenha precisado fazer muita força para isso, já que o Rosberg está com a cabeça na casa dele, pois a esposa está aguardando o primogênito e passa por uma gravidez de risco. Em resumo, deram sono.

 

Em 3º chegou o Vettel, que com os pneus mais moles até tentou alcançar as Mercedes, mas com os mais duros não conseguiu manter o desempenho. Ainda falta um bocado de caminho para a Ferrari percorrer para alcançar o desempenho da Mercedes quando a temperatura está mais baixa – a temperatura estava por volta de 20°C, ao contrário do calorão escaldante da Malásia. Mas ele fez o que estava ao alcance do carro, e durante a corrida chegou a fazer voltas mais rápidas que a dupla da Mercedes. Dependendo do verão europeu, poderemos ver algumas surpresas... seu companheiro Räikkönen chegou em 4º lugar, sem enfrentar os diversos problemas que o afetaram em Sepang, mas também sem pressionar o Vettel. Andou bem, bem os suficiente para impedir qualquer ataque das Williams.

 

E por falar em Williams, chegaram logo em seguida, com Massa em 5º e Bottas em 6º. Aquilo que apareceu levemente nos testes de pré temporada ficou meio escancarado agora: a Williams desse ano não é tão boa quanto a do ano passado. OK, a Ferrari melhorou de desempenho, mas a distância da Williams para a Mercedes aumentou, o que já demonstra a perda de desempenho. Vamos ver se com o desenvolver da temporada a equipe melhora o carro para termos mais disputas no pelotão da frente. Massa até que começou bem a prova, foi ultrapassado pelo Bottas e recuperou a posição, mas aí faltou carro para ir em busca das Ferrari. Bottas largou bem, passou Massa e Kimi, mas perdeu as posições e fez uma corrida isolada, já que não estava conseguindo andar com o Massa mas tinha muito mais carro que o pessoal que vinha atrás. Outra dupla que deu sono na corrida.

 

Em 7º chegou Grosjean, marcando seus primeiros pontos esse ano com a Lotus, que nesta temporada, diferente da Red Bull e da Toro Rosso, já não sofre mais com os motores da Renault. Fez uma corrida comportada (jamais pensei que escreveria isso sobre o Grosjean...) e mereceu a pontuação obtida. Seu companheiro Maldonado abandonou a 7 voltas do final, e foi envolvido em uma situação inusitada: disputou posição limpamente com Button, passou o piloto da McLaren (que, de novo, ficou fora da zona de pontos... esse motor Honda melhorou, mas vai levar um tempo para ficar bom) e... foi atingido por trás pelo Button! Sim, o Maldonado não causou o acidente, foi vítima de um acidente! Não serei maldoso em dizer “vivi para ver isso”, mas que foi insólito, isso foi.

 

Em 8º chegou Felipe Nasr, que pela segunda vez em suas 3 corridas na F-1 pontuou. O carro da Sauber apresentou um bom ritmo de corrida (bom ritmo para os padrões Sauber, deixemos bem entendido), embora inferior ao da Toro Rosso e da Lotus. Contudo, o erro do Maldonado no pit-stop o ajudou, assim como a quebra do motor de uma da Toro Rosso de Max “The Kid” Verstappen, e ganhou duas posições com isso. Seu companheiro Ericsson também pontuou,  chegando em 10º lugar. Esse batalhou por posições em diversos momentos da prova, e parecia estar com a frente do carro instável. Estivesse o carro “na mão”, talvez conseguisse um resultado mais próximo do Nasr. Por falar no Verstappen, como a quebra do motor aconteceu na reta dos boxes, tiveram a ótima ideia de abrir uma das passagens dos boxes para a pista para retirar o carro... mas aí os fiscais de pista fizeram uma senhora lambança, em português castiço, e bateram o carro na mureta umas 3 vezes antes de finalmente conseguirem levar o carro para dentro. Sem brincadeira, a inabilidade deles parecia coisa de programa humorístico.

 

O 9º colocado foi Daniel Ricciardo, que até que fez uma classificação boa no sábado, mas no domingo teve um problema no controle de largada, perdeu diversas posições, e o 9º lugar pode servir de prêmio para o grande esforço que ele fez para subir na classificação da corrida. Seu companheiro Kvyat foi um dos que abandonaram por quebra de motor.

 

E semana passada esqueci de contar o que aconteceu na Blancpain Series, que funciona como um Mundial de GT: o BMW Team Brazil, comandado pelo experiente Washington Bezerra e pelo Antonio Hermann, venceu a prova disputada na França, na pista de Nogaro. Como semana passada teve corrida de Stock Car, e as duas duplas tinham seus compromissos no Brasil (um carro com Valdeno Brito e Átila Abreu, o outro com Cacá Bueno e Sergio Jimenez), os carros correram com pilotos reservas. Para o carro de Valdeno e Átila a equipe chamou dois pilotos da BMW europeia, Maxime Martin e Dirk Müller... e venceu a prova. O outro carro da equipe também correu com pilotos reservas (os brasileiros Ricardo e Rodrigo Sperafico) e terminou em 10º lugar. Parabéns ao Washington e ao Hermann!!

 

Próxima corrida de F-1 será já na semana que vem, na “emocionante” pista do Bahrein, mas ao menos o horário da corrida não é tão ingrato, meio dia no horário de Brasília.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini