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Um planalto sem horizonte! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 15 April 2015 23:25

Caros Amigos, as coisas neste país – as pessoas então, nem se fala – parecem carecer de um grave problema de memória... no caso, a falta desta ou uma duração da permanência de fatos, mesmos relevantes, por pouco tempo e o consequente “esquecimento” destas coisas.

 

Antes de começar a escrever esta coluna, fiz uma pequena pesquisa aqui na corretora de valores onde trabalho. Desde a entrada do prédio, na portaria, até os meus colegas no escritório. Perguntei-lhes em quem eles tinham votado para Deputado nas eleições de outubro último... apenas seis meses atrás. De forma decepcionante e triste, nenhum deles lembrava.

 

Se de uma coisa tão importante quanto saber em quem eles depositaram a confiança para gerir os destinos do país, seria querer muito que eles soubessem em que situação encontram-se os processos do “hipotético” novo autódromo do Rio de Janeiro (processo que se arrasta há anos) e do paralisado e semidestruído autódromo de Brasília.

 

Enquanto a situação do Rio de Janeiro permanece entre “ilusões e explosões” (procurei me informar sobre operações de destruição de explosivos não detonados e este processo é uma prática do Exército Brasileiro nos seus campos de treinamentos com tiros de canhões e morteiros e descobri que são operações periódicas e normais), a questão de Brasília tomou rumos legais entre as partes envolvidas e prejudicadas.

 

Depois de ter seu evento “cancelado unilateralmente por um comunicado oficial”, o Grupo Bandeirantes acionou a justiça para cobrar da Terracap (Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal) uma indenização por danos materiais e morais pelo cancelamento da Brasília Indy 300.

 

Todos nós sabemos quão ágil é a justiça brasileira, sem contar a enorme quantidade de instâncias e recursos possíveis para ambas as partes, desde que estas se sintam prejudicadas por uma decisão em alguma altura do processo. No caso, o grupo paulista busca uma indenização de 70 milhões de reais, que é o valor da multa contratual pela não realização do evento com o promotor norte americano do evento.

 

As obras foram paralisadas no final de janeiro... e assim continuam! Em estado de quase abandono, com parte do maquinário que trabalhava nas reformas ainda dentro do autódromo, aguardando uma definição que – há tempos não se fala do assunto – sabe-se lá quando surgirá.

 

Como tenho um primo que é corretor de imóveis e que escreve aqui no Site dos Nobres do Grid a coluna “Pit Wall”, procurei ver se ele conseguia alguma informação sobre um boato que começou a correr de que havia uma operação por parte de grupos interessados em ampliar o setor hoteleiro da cidade e com isso, fazer o autódromo simplesmente “sumir do mapa”.

 

Alguns telefonemas e algumas conversas e chegamos à conclusão de que o cenário é perigosamente este: assim como aconteceu no Rio de Janeiro, onde o autódromo foi destruído para a instalação de um “parque olímpico desmontável” e posteriormente ter o espaço ocupado por condomínios residenciais e comerciais, o autódromo de Brasília está sob o risco da ganância dos grupos empresariais do setor da construção civil.

 

A diferença é que, no caso do autódromo da capital federal, sendo o plano piloto tombado como “patrimônio da humanidade”, alterações no mesmo não podem ser feitas... em teoria. Contudo, para quem viu os “destombamentos” promovidos no Rio de Janeiro para as obras da copa do mundo, não podemos simplesmente confiar nisso.

 

Automobilistas e motociclistas locais tem feito o que podem para tentar fazer com que a verba de 37 milhões de reais que o atual governador estaria tentando destinar um aporte de 37 milhões de reais para a conclusão da obra que – aparentemente – conta com o bom entendimento Procurador do caso, que teria declarado ser mais danoso para o DF deixar o autódromo como está é pior do que concluí-lo.

 

A nós, resta torcer. Aos que fazem esporte a motor no DF, não desistir e o que as autoridades do nosso esporte podem e devem fazer?  Aguardo uma resposta.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva