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Um Domingo de Gala! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 24 May 2015 22:00

Olá leitores!

 

A corrida de Monte Carlo (uma das divisões do pequeno principado, e no qual está a maior parte do traçado de F-1) pode ser dividida em duas partes: uma antes da batida, chata a ponto de ser difícil ficar acordado, e outra após a batida, emocionante. Emoção essa vinda de um erro de estratégia monumental da Mercedes, e que fez o atual campeão ficar com cara de criança que levou bronca dos pais no pódio. Aliás, vamos ser sinceros: essa dupla da Mercedes possui duas expressões faciais: ou estão rindo feito o Coringa ou estão com cara de criança mimada emburrada. Dá para ter um comportamento um pouquinho mais adulto, correspondente ao polpudo salário que ambos recebem? Está difícil aguentar esse mimimi todo... durante a corrida o Hamilton ficou reclamando de “retardatários que não saíam da frente quando recebiam a bandeira azul”. Cáspita, a pista é estreita e em alguns trechos NÃO TEM COMO sair da frente imediatamente, ele queria o quê, que viesse um helicóptero tirar o carro da frente? Vira homem, rapaz.

 

A vitória ficou nas mãos do Nico Rosberg, que fez uma corrida consistente, poupou o equipamento, e após a relargada abriu vantagem para o Vettel rapidamente, sem dar ao tetracampeão chance de ataque. Uma bela apresentação. Seu companheiro Hamilton (3º) foi o melhor nos treinos, liderou a corrida com facilidade, até o momento em que o Verstappen atropelou o Grosjean (sim, o Grosjean esteve envolvido no acidente e a culpa não foi dele, quase surreal escrever isso) e o safety-car foi acionado. Pelo número de voltas dado, não haveria necessidade de troca dos pneus... mas não foi o que acharam o estrategista e o chefe de equipe, que levaram muito a sério o chororô do inglês pelo rádio e o chamaram para troca de pneus. Após a troca, vendo que retornara atrás do Vettel, ele chegou a perguntar pelo rádio se tinha perdido a corrida... mas aí já era muito tarde. Mesmo de pneus novos e com um ritmo melhor, não foi possível ultrapassar o carro da Ferrari – afinal, em Mônaco a ultrapassagem requer ou uma superioridade mecânica muito evidente ou alguma colaboração do piloto da frente. Como não era nenhum dos dois casos, ele teve que se contentar com o terceiro lugar mesmo. Evidentemente ninguém na equipe vai falar isso, mas alguém tinha que avisar o Hamilton que se ele reclamar menos do carro, da pista, dos adversários, da cotação do Euro,  da manteiga do café da manhã do hotel, da namorada que queria passear com ele levando a mãe junto, enfim, se ficar um pouco mais quieto, o pessoal do boxe não vai ter tanta informação para se confundir e tomar decisões erradas...

 

Em 2º lugar chegou Vettel, que tirou da Ferrari todo o desempenho que ela poderia oferecer, notadamente nas voltas finais, não deixando o Hamilton se aproximar o suficiente para tentar uma manobra de ultrapassagem. Muito bom, muito forte o desempenho nas ruas monegascas. Seu companheiro Räikkönen (6º) não se encontrou muito bem na pista: largou em 6º, chegou a estar em 5º, mas foi ultrapassado pelo Ricciardo no melhor estilo NASCAR: um toquinho no pneu traseiro, ele espalhou na curva e o australiano passou. Os comissários acharam normal, então...

 

Em 4º chegou Kvyat, seu melhor resultado até agora. O carro da Red Bull se adaptou bem à pista de baixíssima velocidade, o motor Renault não estourou, e tudo deu certo. Seu companheiro Ricciardo terminou em 5º, e protagonizou dois lances curiosos após o safety-car: primeiro a ultrapassagem sobre o Kimi, e depois na última volta. Essa da última volta foi o seguinte: ele parou durante o safety-car para troca de pneus, e estava muito rápido. A ideia da equipe era que ele buscasse o pódio, já que Hamilton não conseguia ultrapassar Vettel. Ele até conseguiu chegar perto, mas não o suficiente para tentar nada para cima do Lewis. Então, na última volta, a equipe pediu que ele devolvesse a posição para o russo, e ele cumpriu a ordem. Fair-play é outra coisa...

 

Em 7º chegou Pérez, pontuando para a Force India, que não vive um ano dos melhores, mas que com o esforço do mexicano conseguiu mais alguns pontinhos na temporada. Seu companheiro Hülkemberg (11º) teve a corrida comprometida já na primeira volta, quando Alonso o jogou na parede e ele teve que ir aos boxes trocar o bico do carro. Dentro das circunstâncias, até que não foi das piores corridas que ele fez.

 

Em 8º chegou Button. Sim. Ele conseguiu. Jenson conseguiu dar à McLaren Honda os seus primeiros pontos esse ano, que está sendo terrível pois o motor japonês apresentou até agora diversos “problemas de nascença” e não teve nas provas anteriores um desempenho minimamente aceitável. Em Mônaco, contudo, as coisas são diferentes, a pista é muito específica, e ele conseguiu terminar a corrida e de quebra faturar os primeiros 3 pontos da equipe na temporada. Seu companheiro Alonso (19º) estava em 9º lugar quando o carro superaqueceu e quebrou o câmbio.

 

Em 9º chegou Nasr, em sua primeira corrida de F-1 em Mônaco, aproveitando uma estratégia de boxes correta da Sauber (sim, milagres acontecem) e voltando aos pontos após começar muito bem o ano mas perder rendimento depois. Seu companheiro Ericsson (13º) se classificou mal (17º lugar) e fez uma corrida apagada. Descontando os carros que abandonaram, ele ganhou apenas uma posição.

 

Em 10º, salvando a honra da Toro Rosso, chegou Sainz Jr., que fez uma corridaça – afinal, largou dos boxes por conta de uma punição dos treinos e terminou na zona de pontuação. Monumental. Seu companheiro Verstappen (18º) vinha fazendo uma boa corrida, e estava conseguindo recuperar o tempo perdido na parada de troca de pneus por erro da equipe, e tinha um bom ritmo de corrida até chegar no Grosjean, que com motor Mercedes dificultava sobremaneira a tentativa dele de efetuar a ultrapassagem... até que na freada da Saint-Devote ele estampou a traseira do carro do francês, indo bater no soft-wall e causando a bandeira amarela que modificou os rumos da corrida. Embora nas imagens pareça que o Grosjean antecipou a freada, a FIA considerou o holandês culpado e ele vai perder 5 posições no grid da próxima corrida.

 

E como costuma acontecer no dia do GP de Mônaco, tivemos também outra prova tradicionalíssima, com mais de 100 anos de tradição, as 500 Milhas de Indianápolis. Havia grande expectativa antes da prova pela 4º vitória do Hélio Castroneves, mas o anel de vencedor ficou com o excelente Juan Pablo Montoya, que conseguiu sua 2ª vitória em 3 participações na corrida, 15 anos após sua vitória anterior. Monumental o desempenho dele: logo nas primeiras voltas, sob bandeira amarela, ele e a suíça Simona di Silvestro se tocaram e tiveram que ir para os boxes para reparos. Praticamente do último lugar, ele foi e buscou a vitória. Uma atuação daquelas de ficar na memória, parabéns ao colombiano! Foi a corrida número 300 do Tony Kanaan na categoria, mas ele acabou batendo e abandonando a prova faltando cerca de 50 voltas para o final.

 

Próxima corrida da F-1, 7 de junho no Canadá, no belíssimo Circuit Gilles Villeneuve. Como a corrida será à tarde, grandes chances de ser transmitida pelo SporTV ou simplesmente ter a transmissão interrompida no meio para a transmissão de algum jogo do Corinthians ou do Flamengo, afinal a RGT já não tinha grande respeito pela categoria quando o Senna era vivo, não vai se agora que vai respeitar.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini