Olá leitores!

Um final de semana do jeito que nós gostamos, cheio de opções para acompanhar no esporte a motor!

Comecemos com a NASCAR, onde na noite de sábado o Kyle Busch conquistou sua segunda vitória após a recuperação da fratura que teve em Daytona no começo da temporada. Enquanto alguns poderiam dizer que a vitória no circuito misto de Sonoma foi um acaso, no oval de 1,5 milha do Kentucky foi a prova que ele está de volta à sua velha forma. É o tipo de pista preferida da categoria, e ele teve trabalho para conquistar a vitória. Que ficou nas mãos do Buschinho, mas poderia perfeitamente ter ficado com o Keselowski ou o Logano, dois pilotos que apresentaram ótimo desempenho durante a prova. Seguindo o Kyle vieram o Logano em 2º, Hamlin em 3º, Edwards em 4º e Kenseth fechando o Top 5. Prova, por sinal, que não foi das mais empolgantes: talvez pelo fato de ter chovido um bocado durante a semana, o número de bandeiras amarelas chegou a ser um pouco cansativo. Menos mal que não tivemos nenhum acidente sério: semana passada (em plena madrugada de segunda feira, já que a corrida atrasou por conta da chuva) houve um “Big One” na chegada da Coke 400 em Daytona onde um carro decolou, atingiu o alambrado e causou ferimentos leves em 10 espectadores; nessa 5ª feira a prova da Truck Series foi interrompida a 5 voltas do final pois houve um forte acidente que danificou o alambrado ferindo sem gravidade 5 espectadores e a direção de prova resolveu encerrar a corrida antes. Muita tecnologia de segurança já foi empregada na pista (SAFER barrier, ou “soft wall”, como o conhecemos) e nos carros para os tornarem mais seguros. Talvez seja a hora de começar a olhar como melhorar a segurança dos alambrados. A solução mais simplória seria mais uma ou duas camadas de alambrado, mas isso pioraria consideravelmente a visão do público. Não sei, talvez utilizar outro material para a confecção da tela, algo mais resistente que o aço usado atualmente. Creio que a tecnologia de blindagem de automóveis possa trazer algum material que traga mais segurança para o público. Enfim, problema para o pessoal da NASCAR pensar.

Esse final de semana tivemos a rodada dupla do DTM em Zandvoort, que já foi uma pista veloz e desafiadora, mas que diminuiu consideravelmente de tamanho por conta da especulação imobiliária (afinal, é difícil disputar espaço com condomínios à beira mar...), mas enfim, sobreviveu. E assim como a etapa de Norisring foi domíno Mercedes, essa foi domínio BMW. Sábado vitória do atual campeão, Marco Wittmann, que teve como companheiros de pódio o português Félix da Costa em 2º e o belga Maxime Martin em 3º, todos de BMW. Em 4º chegou Augusto Farfus, também com a marca bávara, assim como os pilotos que chegaram até o 7º lugar... No domingo o idioma de 2/3 do pódio foi o português: vitória do Félix da Costa, seguido pelo Augusto Farfus em 2º e Bruno Spengler em 3º, todos de BMW. No domingo o domínio bávaro foi menor, já que foi apenas do 1º ao 5º lugar.

Na manhã desse domingo tivemos mais uma etapa da MotoGP, em Sachsenring, no território da antiga Alemanha Oriental. Vitória absoluta do Marc Márquez, que se adapta muito bem a essa pista, contando com o auxilio da superioridade da Honda sobre a Yamaha nessa pista. E quando eu falo em superioridade do equipamento, significa que o Márquez venceu e o Pedrosa chegou em 2º, ultrapassando o Valentino Rossi, que teve de se contentar com o 3º lugar. Sem um equipamento superior, jamais o Pedrosa passaria e abriria do Rossi. De qualquer maneira, Rossi aumentou sua vantagem sobre Lorenzo (4º) e confia na coincidência de que, desde que a pista voltou ao calendário da categoria máxima da motovelocidade, todo piloto que saiu da Saxônia como líder do campeonato levantou a taça ao final do ano. Foi bonito ver antes da largada a presença do homenageado do dia, Kevin Schwantz, o piloto favorito desse vosso escriba nos anos 90, quase um Gilles Villeneuve das 2 rodas, que recebeu a homenagem da Suzuki, marca pela qual foi campeão.

Partindo para o outro extremo de tamanho, tivemos corrida da Fórmula Truck em Goiânia, talvez a mais bela pista nacional da atualidade. E a vitória ficou na mão de Felipe Giaffone, que se aproveitou dos problemas de câmbio do pole position Leandro Totti para assumir a liderança da corrida. Aliás, corridaça do Totti com o câmbio travado em 5ª, mesmo com problemas chegou em 3º, arrancou Beaujolais da pedra nesse domingo. O pódio ficou assim: Giaffone (VW) em 1º, Salustiano (Mercedes) em 2º, Totti (VW) em 3º, Fogaça (Ford) em 4º e Pachenki (Mercedes) em 5º.

No WTCC tivemos etapa no histórico circuito de Vila Real em Portugal. Na primeira corrida do dia, vitória de ponta a ponta do argentino “Pechito” López (Citroën), seguido pelo companheiro de equipe Loeb e pelo húngaro Michelisz (Honda). Aliás, curiosidade: o domínio na ponta pode ser francês, mas deu Honda em 3º, 4º e 5º lugares... Na segunda corrida do dia, vitória do chinês Ma Qing Hua (Citroën), seguido pelo companheiro Yvan Müller e pelo Gabrielle Tarquini (Honda).

Para encerrar, etapa da Indy em Milwaukee, o tradicional circuito fundado em 1903 para corridas de cavalos que depois começou a receber cavalos vapor... A vitória ficou com o competente francês Sébastien Bourdais, que se aproveitou da ótima tática da KV e usou seu talento para alcançar o 1º lugar na etapa. Quem também fez uma corridaça foi Hélio Castroneves, saindo do último lugar para o 2º e respirando um pouquinho na pontuação do campeonato (ainda falta muito para ele voltar a ter chances reais de ser campeão, mas por enquanto pode sonhar). O Top 5 ainda teve Graham Rahal em 3º, Montoya em 4º e Newgarden em 5º. Tony Kanaan chegou em 6º.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini