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Quem precisa de F1 com tantas opções? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 13 September 2015 23:21

Olá leitores!

 

Quem precisa de Fórmula 1 quando se tem um final de semana cheio de boas opções de corridas para acompanhar como foi esse?

 

Vamos começar com o DTM, que teve sua rodada dupla na pista de Oschersleben, que é uma pista que desconfio que entrou no calendário da categoria pelo sistema de cotas (fica onde era a antiga Alemanha Oriental, até hoje uma região mais pobre, sabem como é...), pois nitidamente é menos atrativa que as outras do calendário. Lembra-me aquilo que o Piquet dizia a respeito da pista japonesa de Aida, “circuito Super Mickey Mouse”, quando você acha que achou uma reta para ultrapassar, chega outra curva. Para corridas de moto (objetivo inicial da pista) deve ser muito boa, para carros eu acho que deixa a desejar. Enfim, como disse, deve ser pelo sistema de cotas. Como a outra pista da região oriental (a tradicional Sachsenring) já recebe a MotoGP, quem entrou pela cota foi ela. Na corrida do sábado domínio total da BMW, com vitória de ponta a ponta do Timo Glock, 2º lugar do Bruno Spengler, 3º do bom português António Felix da Costa e 4º do Augusto Farfus (alvíssaras!!!!), com a Mercedes do Wehrlein em 5º seguida de mais 3 BMWs. Melhor Audi chegou em 9º (Molina). Para a corrida do domingo o domínio da BMW continuou: a pole foi do Farfus, mas ele acabou perdendo a posição na largada para o 2º colocado no grid Tom Blomqvist e terminaram assim, Blomqvist (BMW) em 1º, Farfus em2º (aleluia, um pódio!!!) e Marco Wittmann (BMW) em 3º. Nos dois dias, pódio inteiramente BMW, com o melhor Mercedes aparecendo em 5º (domingo também foi o Wehrlein que teve essa primazia). A Audi melhorou um pouco, com o melhor carro (Jamie Green) em 8º. Seja no sábado, seja no domingo, a apertada primeira curva fez vítimas. Inconcebível uma categoria dessa correr em uma pista com uma primeira curva tão espremida. Pior que a primeira de Nürburgring, pior que o cotovelo da largada de Spa, deveria receber uma reforma urgentemente, mas pelo jeito a categoria não se incomoda (afinal, é a principal competição do autódromo), então fica do jeito que está.

 

Na noite de sábado tivemos a definição de quem vai para o Chase na NASCAR, em uma das pistas curtas que mais gosto na categoria, Richmond. Domínio total da Joe Gibbs Racing, com vitória do Matt Kenseth, piloto que – exceção feita às relargadas – sobrou na pista. Uma das melhores apresentações que me lembro dele, com certeza. Em 2º chegou Kyle Busch, que em nenhum momento efetivamente conseguiu ameaçar a liderança do companheiro de equipe, em 3º chegou Joey Logano (Penske), que também fez uma bela corrida. O melhor carro da Hendrick Motorsports foi o do Dale Earnhardt Jr, em 5º lugar. Agora, a enorme surpresa foi o 4º colocado, Eric Almirola, correndo com o carro da Richard Petty Motorsports, um desempenho muito acima do habitual para uma equipe que convive com um orçamento dos mais limitados da categoria. Talvez a força extra tenha vindo do patrocínio, no carro estava escrito “Fueled by Bacon”, deve ter vindo daí essa energia extra para o grande desempenho na prova. Infelizmente não foi o suficiente, já que nem com esse 4º lugar ele conseguiu ser o 16º piloto a entrar no Chase. Os pilotos que vão para o Chase são: Jimmie Johnson (Hendrick), Matt Kenseth (Joe Gibbs), Kyke Busch (Joe Gibbs), Joey Logano (Penske), Kevin Harvick (Stewart-Haas), Dale Jr. (Hendrick), Kurt Busch (Stewart-Haas), Carl Edwards (Joe Gibbs), Brad Keselowski (Penske), Martin Truex Jr. (Furniture Row), Denny Hamlin (Joe Gibbs), Jamie McMurray (Ganassi), Ryan Newman (Richard Childress), Jeff Gordon (Hendrick), Clint Bowyer (Michael Waltrip) e Paul Menard (Richard Childress). Agora, sem querer cornetar mas já cornetando, quando o Paul Menard consegue ir para a disputa do título é que algo de muito errado acontece... enfim, vamos lá.

 

E temos mais um campeão mundial: na etapa da Austrália do WRC o Sébastien Ogier garantiu o título da temporada 2015 e chegou ao tricampeonato, garantindo sua presença entre os grandes nomes da categoria. Em minha modesta opinião, mais por falta de concorrentes do que por ser um gênio do volante como Carlos Sainz, Colin McRae, Petter Solberg, Walter Rörhl, Marcus Grönholm, entre outros, mas enfim, tempos modernos, em que apenas um fabricante tem carro capaz de sistematicamente disputar vitórias. Vitória do Ogier (VW), com seu companheiro Latvala (VW) em 2º e, fechando o pódio, o Citroën de Kris Meeke.

 

Na MotoGP, corrida “de casa” do Valentino Rossi, tudo estava pronto para uma grande festa para o italiano após a brilhante vitória na Inglaterra, mas uma chuva fraca e intermitente fez com que os pilotos tivessem que pensar em algo mais do que apenas “torcer o cabo”... e nessa situação os mais ousados se deram bem. A prova acabou sendo benéfica para o Rossi pois o seu principal adversário, Jorge Lorenzo, levou um senhor tombo e não pontuou, mas com certeza ele esperava algo mais que o 5º lugar na corrida, conquistado com a teimosia de ficar mais tempo na pista do que deveria com os pneus para molhado enquanto outros pilotos trocaram de moto mais cedo e se deram melhor (a diferença de tempo após a chuva parar entre quem estava com moto para chuva e moto para seco era na casa de 9 a 10 segundos por volta). Vitória incontestável do Marc Márquez (Honda), que trocou a moto de seco para a moto de chuva no momento certo, e trocou novamente para a de tempo seco na volta exata, o garoto deu um banho de estratégia nos mais experientes. Em 2º, melhor resultado de sua carreira, o britânico Bradley Smith (Yamaha Tech 3), que perdeu a hora de trocar para a moto de chuva, continuou na chuva com os slicks... e deu certo. Como ele repetia para si mesmo, “a sorte favorece os bravos”, e ele foi muito bravo nesse domingo. Agora, para mim o vencedor moral da corrida foi o 3º colocado, Scott Redding (Honda Marc VDS): ele caiu na 6ª volta, manteve o motor ligado, pediu ajuda para os fiscais para empurrar a moto para sair da caixa de brita, trocou para a moto de chuva, foi um dos primeiros a  trocar de novo para a de seco, e fez uma corrida espetacular. Um monstro, chegou a pouco mais de 7 segundos do Márquez, com moto oficial de fábrica e tudo o mais. Exibição de gala, só isso.

 

Vindo para o Brasil, rodada dupla da Stock Car em Campo Grande, e o Marcos Gomes (Voxx Peugeot) deu mais um passo para o título da categoria ao vencer a primeira prova do dia, seguido pelo Allam Khodair (Full Time Chevrolet) e pelo Thiago Camilo (RCM Chevrolet), aproveitando o erro do Daniel Serra para conseguir seu lugar no pódio mesmo o carro estando sem a direção hidráulica, que certamente requereu um grande esforço extra para ele pilotar. Na segunda prova do dia, vitória do discípulo sobre o mestre: o jovem Felipe Fraga (Voxx Paugeot) ultrapassou na última volta seu ídolo Cacá Bueno (Red Bull Chevrolet) para subir ao degrau mais alto do pódio. Completando a festa do champanhe, chegou Ricardo Maurício (RC Chevrolet) em 3º.

 

Por último, mas não menos importante, tivemos etapa da Fórmula Truck em Curitiba, com importante vitória de Leandro Totti (VW) para suas pretensões de título, e uma corrida FENOMENAL do Paulo Salustiano (Mercedes), que largou em último e terminou em 2º lugar. A ultrapassagem dele sobre o Djalma Fogaça (Ford), que também fez uma corridaça e terminou em 3º, foi daquelas coisas que fazem a pena ver automobilismo, manobra no esse de alta da pista, coisa linda. Fechando o pódio, David Muffato (Scania) em 4º, também fazendo uma bela corrida, e Diogo Pachenki (Mercedes) em 5º, apesar dos problemas que teve nos freios. Valeu a pena acompanhar a corrida. Uma pena que a etapa de São Paulo foi cancelada por INCOMPETÊNCIA da empresa municipal que “administra” o autódromo, a SPTuris, que pode ser competente para administrar o Sambódromo, mas jamais o Autódromo de Interlagos, que em uma administração séria estaria com a Secretaria de Esportes, já que a citada empresa dedicou a data da corrida de caminhões para um festival de música eletrônica (atividade super a ver com autódromo, não acham?). Enfim, se o autódromo sobreviver e os eleitores pararem de confundir urna com vaso sanitário, no final do ano que vem isso deve acabar.

 

Até a próxima.

 

Alexandre Bianchini