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Written by Administrator   
Wednesday, 21 October 2015 23:37

Caros amigos, quantas vezes não somos tomados por uma surpresa em nossas vidas que podem ter desdobramentos inesperados? Os dias que fiquei afastado das minhas atividades diárias me proporcionaram algumas destas surpresas e uma delas foi com a coluna escrita pelo meu primo, duas semanas atrás.

 

Primeiro pelo número de emails apoiando seu texto, concordando com o sentido com o qual ele se referiu aos personagens mencionados, mesmo quando não concordavam com o tratamento dispensado. Segundo, porque, bastaram 10 dias e um fato para que sua crítica se mostrasse “tecnicamente correta”.

 

Neste último final de semana o motociclismo brasileiro foi vítima de mais um triste acontecimento com o acidente e o posterior falecimento piloto de moto da categoria SuperBike Brasil João Carlos Sobreira, 32, conhecido como Joãozinho Treze, morreu após passar reto na curva 1, cruzar toda a área de escape e colidir contra o guard rail no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia (GO). Perder um esportista em uma competição, em plena atividade e fazendo aquilo que gosta sempre entristece a todos nós.

 

João Carlos Sobreira, 32 anos, conhecido entre os amigos como ‘Joãozinho Treze’, que competia na categoria principal do SuperBike Brasil com uma Kawasaki ZX-10R, saiu da pista em altíssima velocidade. Dois vídeos gravados por pessoas que estavam no autódromo mostram a gravidade do ocorrido. Coloco um deles aqui para que o estimado leitor que ainda não viu poder perceber como foi estranha a saída de pista.

 

https://www.youtube.com/watch?v=ECeRPR8ukcA

 

O piloto foi atendido por uma ambulância no local e chegou a ser removido para o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), que não fica muito distante do autódromo. Segundo os relatos, houve demora no atendimento médico que teria levado “mais de um minuto” para chegar ao local do acidente (sic), como se houvesse um médico ou um socorrista em cada curva do autódromo. O médico chegou logo em seguida e prestou o atendimento possível para manutenção da vida do piloto e o mesmo logo foi embarcado na ambulância UTI.

 

A segunda bateria da categoria SuperBike Pro, que aconteceria no final da programação, foi cancelada. A prova também valeria pontos para a 6ª etapa do campeonato e a organização da SuperBike publicou nota sobre a morte do piloto, lamentando o falecimento do piloto.

 

As investigações sobre o acidente conduziu ao diagnóstico de que o piloto sofrera um mal estar súbito na reta, na abertura da terceira volta e não contornou a curva ao final da reta de quase 1000 metros do circuito, saindo da pista pela área de escape, que é praticamente toda asfaltada, indo praticamente em linha reta até o guard rail.

 

Um acidente assim poderia ter sido evitado? Talvez. O Autódromo Internacional de Goiânia é considerado um dos mais seguros do Brasil, com generosas áreas de escape. Contudo, quando a Dorna e a FIM (promotora do mundial de motociclismo e a Federação Internacional, respectivamente) procuraram uma alternativa à não conclusão das obras no Autódromo Internacional de Brasília, após vistoria no recém reformado circuito, comunicaram que o mesmo não atende aos atuais requisitos de segurança para receber uma prova do Mundial de Motovelocidade.

 

É bom lembrar que entre 1987 e 1989 o Autódromo Internacional de Goiânia recebeu o mundial das três categorias. Então, porque hoje ele não é “bom o suficiente” para garantir a segurança dos pilotos?

 

No segundo vídeo, https://www.youtube.com/watch?v=TRN8qsB-lKs, mostra que atrás do guard rail, havia um monte de pneus, que se estivessem na frente do guard rail, formando a barreira de pneus que normalmente são instaladas evitariam uma colisão direta contra o guard rail. Outra medida seria a que se vê nas transmissões das corridas de motovelocidade na televisão. As áreas de escape tem, mesmo aquelas que possuem uma área de asfalto, uma generosa caixa de brita, que é extremamente eficiente para parar as motos e segurá-las antes de chegar no guard rail ou nas barreiras de pneus.

 

O estimado leitor deve estar se perguntando aonde está a relação com as duras críticas do meu primo Mauricio para com alguns veículos de imprensa?

 

Quando decidi que escreveria sobre a perda de João Carlos Sobreira para o esporte e para seus familiares, busquei coletar todas as informações disponíveis sobre o fato, indo ao site da categoria, do autódromo, veículos de mídia local e especializados em esporte a motor.

 

Entre todos, apenas um, que olhei o texto ainda no domingo e percebi o tom distoante e acusatório do seu texto, imputando culpas e cobrando responsabilidades, acabou trazendo-me à coluna de duas semanas atrás. Ao invés de seu ferino texto, ao buscar a matéria encontrei a mensagem abaixo:

 

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Jornalismo deve ser feito com imparcialidade e seriedade, especialmente quando estamos nos referindo a um dos maiores veículos de notícias deste seguimento no país.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva