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Feliz 2016! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 26 October 2015 05:40

Olá leitores!

 

E temos mais um nome na galeria dos tricampeões da Fórmula 1: Lewis Hamilton. Dentre os pilotos que possuem carros para andar na parte da frente do grid não me parece ser o mais talentoso, mas definitivamente é o mais arrojado e eu diria que é o que comemora com mais emoção as suas conquistas. Conquistou o título ainda faltando 3 corridas para o encerramento da temporada, afinal o carro da Mercedes é tão superior que o único adversário era o próprio companheiro de equipe, que esse ano estava com a cabeça em qualquer outro lugar, menos na pista de corrida. Até o meio do ano a preocupação era a gravidez da esposa, que não estava sendo das mais fáceis, depois nasceu a criança e – como diria o Comendador – ficou meio segundo mais lento (ainda), então a tarefa do Hamilton era de não atrapalhar o carro em sua trajetória até o título, e ele não atrapalhou. Acredito ter sido uma conquista com um sabor especial devido às condições difíceis da pista, pois a passagem do furacão Patrícia pelo Golfo do México tornou a cidade de Austin (Texas) definitivamente muito molhada, tanto que na sexta-feira à tarde não teve treino livre, a classificação foi transferida da tarde do sábado para a manhã do domingo, e a corrida começou com pista molhada, secou, e no final ainda caíram algumas gotas de água para dar um pouco mais de emoção (como se precisasse...) à corrida, que se não foi a melhor do ano está entre as 3 melhores.

 

Azar da TV e das emissoras de rádio, que perderam uma corrida com diversas emoções do começo ao final e a decisão do título para passar jogo de futebol... infelizmente, a médio prazo, creio que as únicas alternativas para transmissão de automobilismo no Brasil sejam a TV por assinatura ou o streaming, pois a partir do momento em que não existe um “novo Senna” para mostrar o descaso e o desrespeito da mídia tradicional com o automobilismo está cada vez mais escancarado. Fica o sonho de termos algo no Brasil como existe na Europa com a Sky Sports 1, canal por assinatura que faz uma cobertura que começa meia hora antes da corrida e termina meia hora após, com comentaristas altamente conceituados e especializados no meio. Enfim, sonhar AINDA não paga imposto, que sonhemos, pois.

 

Vitória e título do Hamilton, que liderou a partir da primeira curva, quando passou arrojadamente o companheiro Rosberg (2º), que depois ficou com cara de criança mimada que não ganhou de Natal o presente que pediu. O que dizer do Rosberg? Fez a pole, masfoi espremido pelo Lewis na primeira curva, preferiu reclamar no rádio ao invés de disputar a posição, e depois terminou em 2º porquê a pista secou e a vantagem de carro sobre os demais era muito evidente. Até chegou a liderar a corrida, passou Hamilton na pista e não nos boxes, mostrou por alguns minutos ser um piloto com um pouco de vontade de chegar na frente. Só que depois cometeu um erro de piloto novato e permitiu que seu companheiro o ultrapassasse de novo. Se eu sou da Mercedes, já arrumava uma vaga para o Werhlein (campeão desse ano no DTM com Mercedes) para 2017, pois não dá. Ano passado ele teve um brilhareco, antes conseguiu se impor sobre um Schumacher que tinha se afastado da condução de algo tão especializado quanto um F-1, mas é um bom segundo piloto. Um Patrese de luxo, com salário de luxo. Quase um Boutsen. Piloto alemão por piloto alemão, existem melhores opções que o Rosberg para a Mercedes colocar ao volante de seus carros. Enfim, vitória e título com méritos para o Lewis Hamilton, parabéns!

 

Em 3º, grudado no Rosberg, chegou Vettel. Fez uma CORRIDAÇA, largando de 12º (recebeu punição de perda de 10 posições no grid pela troca do motor), terminando a primeira volta em 7º e galgando até o 3º lugar. Para mim, o melhor piloto da pista nesse domingo. Seu companheiro Räikkönen (16º) também teve um desempenho bom, mas perdeu o controle em uma das freadas de curva que estava particularmente escorregadia (outros pilotos também estavam com problemas ali) e foi de encontro às placas de proteção. Ainda assim, conseguiu retornar aos boxes para fazer alguns reparos, mas depois acabou abandonando a 31 voltas para o final. Pelas condições meteorológicas, devia estar se sentindo em casa...

 

Em 4º lugar chegou o monumental Max Verstappen, 18 anos completos em 30/09, fez mais uma de suas corridas de encher os olhos, que saltam mais à vista quando lembramos que ele corre com motor Renault, nitidamente em desvantagem em relação aos Mercedes e Ferrari. Ano que vem a Toro Rosso deve receber motores da Ferrari (a novela do fornecimento para a equipe principal continua...), o que deve gerar um salto qualitativo no desempenho da equipe. Seu companheiro Sainz Jr chegou em 7º lugar, ajudando a equipe no Mundial de Construtores e fazendo uma bela corrida também. Conseguiu se desvencilhar de uma série de enroscos no começo da corrida, e fez seu papel com competência.

 

Em 5º chegou Pérez, outra boa apresentação do mexicano que está em uma fase realmente iluminada. Deve atrair um bocado de gente para o GP em sua terra natal semana que vem (se é que ainda tem ingresso à venda... o mexicano gosta muito de automobilismo). Se aproveitou das boas retas da pista texana e dos diversos abandonos para obter mais um bom resultado, embora não tenha aparecido muito na transmissão de TV. Seu companheiro Hülkemberg (14º) abandonou a 21 voltas do filam após se enroscar com o Ricciardo e danificar o carro. Antes disso, vinha fazendo uma prova bem razoável.

 

Em 6º, beneficiado pelos deuses da pista escorregadia, chegou Button, com sua McLaren Honda. Sim, a McLaren conseguiu mais uma vez pontuar, por mais estranho que isso possa parecer essa temporada. E ele estava com a versão anterior do motor, ao passo que seu companheiro Alonso (11º) estava com a mais nova, com alguns cavalinhos à mais. Uma daquelas corridas em que a suavidade na condução do carro em condições de baixa aderência foi amplamente recompensada. Alonso, por sua vez, só não foi ultrapassado pelo americano Rossi, da Manor. O espanhol devia estar tããããããão bem humorado no final...

 

Em 8º, sem se envolver em um único acidente que fosse em uma corrida acidentada, chegou Maldonado. Sim, é isso mesmo que vocês leram, Maldonado deixou os outros se envolverem em acidentes e ele não fez nada de errado. Parabéns a ele pelo resultado! Seu companheiro Grosjean (18º), em compensação, teve problemas mecânicos e abandonou cedo a corrida.

 

Em 9º veio Felipe Nasr, marcando mais 2 pontinhos para a Sauber e provavelmente aprendendo mais a respeito do carro na corrida mesmo, já que nos treinos duvido que tenha dado mais de 20 voltas com o carro. Haja vista as condições do carro (que praticamente não evoluiu durante o ano) e da falta de conhecimento dele a respeito da pista e das reações do carro nela, um grande resultado. Se não tivesse se enroscado logo nas primeiras voltas com seu companheiro Ericsson (19º), forçando o abandono dele, talvez pudesse até, quem sabe, chegar em 7º lugar.

 

Em 10º, fechando a zona de pontuação, chegou Ricciardo. Fez uma corrida muito boa, disputou muitas posições, chegou a liderar a prova, mas teve seu desempenho prejudicado após o toque com a Force India do Hülkemberg, sendo que o resultado final definitivamente não fez jus ao desempenho apresentado por ele durante a corrida. Seu companheiro Kvyat (13º), último piloto a abandonar a prova, também fez uma corrida ótima, mas bateu na última curva a 15 voltas do final. Uma pena, pois foi um dos mais arrojados na pista e merecia um resultado melhor.

 

Próxima etapa já na semana que vem, GP do México, a F-1 voltando ao Hermanos Rodriguez após ele receber “intervenções” do Tilke. Ou seja, esqueçam a Peraltada (que não existia mais desde os anos 90), aqueles esses que tinham antes da reta que levava à Peraltada foram suavizados, menos mal que a reta dos boxes continua enorme e a chicane ao final dela continua como era antigamente, apenas com mais área de escape. Mas preciso ver a pista antes de emitir qualquer juízo a respeito. Novamente, transmissão de qualquer coisa apenas pela TV por assinatura, duvido que tenha rádio na semana que vem (esse final de semana, conforme informei lá no começo, não teve).

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini