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Emocões à flor da pele! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 08 November 2015 22:20

Olá leitores!

 

Que belo final de semana tivemos, cheio de opções de esporte a motor para acompanhar! Podemos começar com a corrida dos carros do futuro, a F-E, que disputou a sua etapa da Malásia, em condições bem difíceis para os pilotos. Imaginem-se, caros leitores, com aquela grossa (e portanto quente) roupa de pilotagem debaixo de um calor de quase 40°C... pois é. Essa era a temperatura em Putrajaya na hora da corrida. Nem vou citar a umidade relativa do ar para vocês não passarem mal. E tem gente que ainda diz que automobilismo não é esporte... enfim, deixemos para lá. Apesar do traçado da pista não ser dos mais empolgantes, ao menos ela é larga e possibilitou algumas boas disputas de posição em uma prova que estava quente apenas nos termômetros. No começo da etapa o que aconteceu com certa frequência foram problemas mecânicos e erros de pilotagem, e de erro em erro e de problema em problema o brasileiro Lucas di Grassi, que não estava entre os favoritos no começo da prova, foi galgando posições com uma corrida muito inteligente, poupando o carro para quando efetivamente era necessário, e saiu da Malásia como líder do campeonato. Sim, é cedo, sim, foi apenas a segunda corrida, sim, a e-dams ainda é a grande favorita para o título... mas não deixa de ser bom saber que a coisa tende a não ser tão fácil como foi para a Mercedes na F-1 esses dois últimos anos. Completando o pódio atrás do di Grassi (Audi Abt) chegaram Sam Bird (Virgin) em 2º e Robin Frijns (Amlin Andretti) em 3º. Dos outros brasileiros, Bruno Senna chegou em 5º e Nelsinho em 8º.

 

Já no domingo tivemos a eletrizante final de campeonato do Mundial de Motovelocidade – ao menos da Moto3 e da MotoGP, já que o título da Moto2 já estava decidido. Na Moto3 título do inglês Danny Kent, o primeiro título de um inglês no Mundial de Motovelocidade desde que Barry Sheene foi campeão das 500cc em 1977... sim, faz tempo, muito tempo... o jovem inglês chegou em Valência com o título praticamente nas mãos, já que para ele perder o caneco para o grande talento português da atualidade, Miguel Oliveira, que venceu 4 das últimas 5 corridas, ele precisaria ficar fora dos 10 primeiros colocados, algo muito difícil de acontecer. Oliveira fez sua parte, venceu a corrida, mas não deu. Parabéns para ambos, que serão companheiros de equipe ano que vem na Moto2.

 

Na categoria principal aconteceu o previsto: depois que Valentino Rossi foi punido (injustamente, na opinião desse vosso escriba) por colocar o chihuahua do Lorenzo, ops, Marc Márquez, fora da pista na Malásia e teve de largar em último, as chances dele chegar em 2º lugar para ser campeão mesmo com a vitória do Lorenzo eram mínimas. Ele fez um magnífico trabalho: largou em último, ultrapassou 21 motos e ainda terminou em 4º lugar, para um vice campeonato 5 pontos atrás de Lorenzo, que foi escoltado a corrida inteira por Márquez, que fez tão bem o papel de cão de guarda que não permitiu nem que seu próprio companheiro Pedrosa, que no final da corrida estava nitidamente mais rápido que os dois da frente, os ultrapassassem. Assim terminou a corrida: Lorenzo campeão em 1º, chihuahua, ops, Márquez em 2º e Pedrosa em 3º, com o ovacionado Rossi em 4º. O público achou tão ridículo o papel do Márquez que, mesmo com os narradores do SporTV tagarelando o máximo que podiam, as vaias ao #93 no pódio eram audíveis. Enfim, cada um, cada um. Se eu sou o chefe mór do HRC, pediria para o Márquez passar nessa 2ª feira no Departamento Pessoal, afinal como chefe da Honda eu iria querer que meus pilotos se esforçassem o máximo possível para vencer a corrida, ao invés de ficar escoltando um piloto da arquirrival Yamaha. Para sorte do Márquez, eu não sou o chefe dele. Acho que tem muito piloto bom na MotoGP, muito piloto cheio de vontade de vencer, muito piloto que não se prestaria a esse papelão que o moleque fez. A cara de pau dele na entrevista no final da corrida foi digna de político brasileiro, para ser muito elogioso com ele. Enfim, acho que ele não acredita em karma, pois aquilo que se planta é o que se colhe...

 

Logo após a MotoGP tivemos a corrida de Stock Car em Tarumã. Lá vimos o modo brasileiro de resolver problemas: perante a preocupação da categoria com a segurança na veloz curva 3 do circuito, ao invés de adaptar os muros de proteção para os parâmetros atuais, criaram uma chicane para mutilar o circuito e “aumentar a segurança”. Dureza... não preciso dizer que a tal chicane foi uma fonte de acidentes, pois os pilotos vêm de uma reta com o motor cheio, fazem duas curvas de alta velocidade para a esquerda, e depois precisam fazer um esse fechado para a direita. Enfim, mais uma jabuticaba, fazer o quê? Mas vamos ao que interessa, as corridas. Na primeira prova, uma grande vitória de Allam Khodair (Full Time Chevrolet), que fez a pole, largou bem, soube controlar a pressão que recebeu do 2º colocado Felipe Fraga (Voxx Peugeot) nas primeiras voltas, e mesmo quando foi ultrapassado manteve seu ritmo forte, reassumindo a liderança após a sessão de paradas para troca de pneus e reabastecimento. Bela apresentação, assim como a do jovem Felipe Fraga, que quando assumiu a liderança momentaneamente da prova o fez passando dois pilotos de uma só vez. Fechando o pódio da primeira corrida chegou Marcos Gomes (Voxx Peugeot), em uma corrida na qual nitidamente correu pelos pontos. A segunda corrida do dia serviu para manter a emoção da disputa pelo título até a última etapa, dia 13/12, em São Paulo. Cacá Bueno (Red Bull Chevrolet) venceu a prova após largar em 2º lugar e manteve suas chances de levantar mais uma vez o caneco de campeão da categoria, já que Marcos Gomes terminou apenas em 12º lugar. Completando o pódio chegaram Rubens Barrichello (Full Time Chevrolet) em 2º lugar – outro que fez uma corrida de encher os olhos, em minha opinião uma das melhores dele na categoria – e em 3º veio Daniel Serra (Red Bull Chevrolet). Agora é torcer para um grande espetáculo em Interlagos, já que 31 pontos separam Marcos de Cacá. Tenho certeza que será eletrizante.

 

Outra categoria que promete ter um final de campeonato de levantar o público das arquibancadas (ou dos sofás) é a F-Truck, que na etapa disputada em Cascavel teve a vitória de Felipe Giaffone (VW-MAN) após não pontuar em 2 corridas seguidas. Isso deixou o campeonato muito embolado para a última etapa do ano em Londrina (seria em São Paulo, mas como o atual alcaide entregou a pista nas mãos de gente que entende de tudo, menos de automobilismo, as coisas ficaram complicadas...). Apenas 11 pontos separam os 3 primeiros colocados no campeonato, e acreditem, a disputa entre Leandro Totti, Paulo Salustiano e Felipe Giaffone tem tudo para ser daquelas de ficar na história. Em Cascavel, completando o pódio, chegaram Paulo Salustiano (Mercedes) em 2º, Wellington Cirino (Mercedes) em 3º, David Muffato (Scania) em 4º lugar e Leandro Totti (VW-MAN) em 5º. Aliás, belas provas do Muffato correndo “em casa” e da Débora Rodrigues, que chegou em 6º lugar, David chegou a marcar a volta mais rápida da corrida.

 

Acham que terminou? Não, ainda tem a NASCAR! Com o Chase pegando fogo após Joey Logano receber na semana passada o que o karma reserva para aqueles que acham que podem ser Dale “The Intimidator” Earnhardt (para quem não acompanhou, após ele retirar as chances do Matt Kenseth continuar no Chase, o Matt resolveu que daria o troco em Martinsville e jogou seu carro contra o do Logano quando esse liderava a prova. Kenseth tomou 2 corridas de gancho, mas tenho certeza que foi dormir com a consciência tranquila que apenas o dever cumprido traz), o rápido oval de Dallas recebeu os pilotos para a corrida com uma chuva que atrapalhou os treinos da categoria principal, e os pilotos foram para pista com regulagens já usadas em etapas anteriores... como resultado, logo nas primeiras voltas estourou um pneu traseiro do Logano (olha o karma aí de novo... depois dizem que praga não pega), fazendo com que ele estampasse a traseira do carro no muro e tivesse que recolher para as garagens para os necessários reparos. Voltou, mas terminou a corrida 66 voltas atrás, em 40º lugar. E Jimmie Johnson (Chevrolet), já eliminado do Chase, mostrou que ainda não está morto: a 8 voltas do final ultrapassou Brad Keselowski (Ford), que vinha dominando amplamente a corrida, para mais uma vitória em uma pista onde ele já brilhou diversas outras vezes. Não se deve subestimar um piloto com 6 títulos da categoria... em 2º lugar um desolado Keselowski, em 3º o herói Kevin Harvick (Chevrolet), em uma boa posição mesmo após furos nos pneus e dificuldades com o câmbio (sem esses problemas, poderia ter vencido, em minha opinião), em 4º Kyle Busch (Toyota) e fechando o Top 5 veio o Carl Edwards (Toyota). Ah, sim: a título de curiosidade, o novato Erik Jones, substituto do Matt Kenseth, terminou num bom 12º lugar... Chora, Logano, chora que agora está colhendo o que plantou.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini