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O futuro é agora! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 31 January 2016 21:33

Olá pessoal,

 

O Alexandre tá de férias pegando uma praia de paulista, ou na chuva do litoral, ou entre aquele esgoto a céu aberto que eles chamam de rio e a marginal. Por isso estou aqui essa semana para engasgar o café da manhã desta segunda-feira com umas risadas e uma boa dose de pimenta nos seus ovos mexidos.

 

O grande evento deste final de semana foi as 24 horas de Daytona, onde colocam um monte de carro pra correr num traçado que tem uma pequena parte de misto, cortando a velocidade dos carros após a linha de chegada e uma “chicanezona” no meio da reta oposta, que eles chamam de “bus stop” para que não se entre nas curvas 3 e 4 embalado.

 

A chuva deu uma embaralhada na classificação... tão grande que foram dois carros de GT que marcaram as melhores voltas e não os protótipos, mas a direção de prova resolveu não brincar com a sorte, colocando a carroça na frente dos bois e deixando os protótipos largar na frente dos carros de GT.

 

Mais uma vez teve uma brazucada correndo a famosa prova norte americana. Este ano foram cinco na principal classe, a Protótipos, com Pipo Derani, Oswaldo Negri Jr., Tony Kanaan, Christian Fittipaldi e Rubens Barrichello. Augusto Farfus vai correr na BMW na GTLM, categoria principal dos carros de GT e Daniel Serra vai de Ferrari na GTD, a GT Daytona, que tem pilotos não profissionais.

 

Nas quatro últimas edições, teve brasileiro no carro vencedor em três delas, com Oswaldo Negri Jr. em 2012, Christian Fittipaldi em 2014 e Tony Kanaan em 2015. Antes disso, Christian esteve no carro vencedor m 2004 e antes disso, Raul Boesel esteve no alto do pódio em 1988.

 

A corrida, como todo espetáculo bem organizado como fazem os americanos e que os brasileiros parecem não ter capacidade (ou será vontade?) de copiar e fazer igual arrastou uma multidão para o motorspeedway e quem nunca foi, tem ao menos curiosidade pra ver. Quem vai, quer ir de novo!

 

Muito legal a cobertura do Foxball, que transmitiu o início e o final da corrida, até invadindo o que seria o horário de algumas de suas intermináveis reprises e programas de gosto duvidoso. A dupla formada pelo competente Sergio Lago e pelo estridente Rodrigo Mattar (alguém paga um fonoaudiólogo pra ele... a gente agradece) mostrou conhecimento sem pisar na bola ou serem chatos!

 

Ao contrário do que foi a classificação – debaixo de chuva – a largada foi sob um belo céu azul e ensolarado. Melhor que isso, sem nenhuma previsão de chuva para o decorrer da prova, o que não evitou os acidentes (alguns bem bobos) e que foram cruciais para a definição do resultado final.

 

Para quem acompanha o WEC, com seus super protótipos da LMP1, em Daytona tem como “top”, os carros do nível da LMP2... mas daí ver o carro mais rápido da pista sendo o Delta Wing nas mãos da Katherine Legge que nunca andou na frente em coisa nenhuma deixou o espectador com aquela sensação de que “tem algo errado nessa corrida”. E talvez o esquisito carro da Nissan vencesse, se não tivesse se envolvido num desses “acidentes bobos” durante a noite.

 

A brazucada mandou bem. Oswaldo Negri e seus companheiros andaram bem, tendo chegado a liderar considerável parte da corrida, mas acabaram abandonando a disputa durante a madrugada. Tony Kanaan, vencedor no ano anterios com um carro da Ganassi, também deixou a disputa após o companheiro Kyle Larson bater o Ford Ganassi na barreira de pneus.

 

Christian Fittipaldi, que já venceu duas vezes esta corrida, este ano não parecia ter, ao longo da corrida inteira, um carro em condições de brigar pela vitória, mas com a bagagem do time e muita regularidade, estava liderando com certa tranquilidade até que um problema no câmbio fez o carro ficar muito tempo nos boxes e terminando apenas em quarto lugar. Rubens Barrichello correu no carro que terminou em segundo lugar, com o time fazendo uma corrida bem consistente.

 

Os outros dois brasileiros que disputaram na categoria dos carros de Gran Turismo também mandaram bem. Daniel Serra ficou em quarto na categoria e décimo no geral, enquanto Augusto Farfus foi o quinto na classe e décimo primeiro na geral. Mas quem mostrou serviço mesmo foi o garoto Pipo Derani.

 

O piloto da equipe “Tequila Patron” (não beba se for pilotar) marcou o segundo tempo entre os protótipos. Na largada, tomou a ponta da corrida e, enquanto esteve na pista, foi o mais rápido do quarteto do carro #2, fazendo uma corridaça ante seus experientes companheiros. Ele correu na LMP2 no WEC no ano passado e pode vir a ser um valor a se considerar para uma equipe da categoria principal num futuro próximo. Derani tem apenas 22 anos e pode voar mais alto certamente.

 

Do outro lado do mundo, na terceira rodada tripla do Toyota Racing Series de Fórmula 3, num país nanico, longe de tudo e de todos, com um mercado minúsculo, mas que consegue fazer um torneio de verão que o Brasil não consegue, Pedro Piquet venceu a segunda corrida em nove disputadas até agora. Além disso, foi terceiro colocado nas outras duas corridas do final de semana, subindo na classificação geral para o segundo lugar, estando atrás apenas do (apontado antes mesmo do torneio começar) favorito, Lando Norris.

 

E no meio do caminho, na India, Pietro Fittipaldi conquistou o MRF Racing Challenge de Fórmula 3, derrotando algumas boas promessas como ele (o filho do Schumacher e o do Adrian Newey entre eles) antes de encarar o desafio que vai ser a Fórmula 3.5 V8.

 

O futuro já chegou. Acelerem garotos!

 

Felicidade e velocidade,

 

Paulo Alencar 

Last Updated ( Sunday, 31 January 2016 23:07 )