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Folias de Momo! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 07 February 2016 22:50

Olá leitores!

 

Nessa minha volta de férias (descascando depois de virar lagosta no Sol, básico) já temos coisas legais sobre o que comentar... sem contar o pessoal que tomou multa porquê não gostou de ser ultrapassado na estrada por um Fiesta Street 1.0 andando a 120 km/h marcados no GPS, não no velocímetro. O governador devia me agradecer por aumentar a arrecadação dele...

 

Mas vamos ao que interessa, corridas! E vamos começar com uma que é praticamente desconhecida por essas bandas, mas que é muito legal, as 12 Horas de Bathurst. O quê? Como? 12 Horas do quê? OK, eu explico: corrida das mais interessantes ocorridas na Austrália, em uma pista que pode ser definida como bipolar. Pouco mais da metade do traçado é uma longa descida em linha reta com uma chicane “para australiano ver” no meio (chicane de média velocidade, só para o pessoal não chegar na entrada dos boxes com o caneco cheio em última marcha), uma curva de 90°, a reta de largada/chegada, outra curva de 90° e uma retona em direção ao morro (o Mount Panorama). Parece simples, correto? Errado. Esse trecho que percorre o morro é estreito, emenda uma curva na outra, e não tem margem para erro algum, pois o muro está grudado na pista como em uma pista de rua das antigas. A pista é famosa justo por esse trecho de morro, que gera imagens on board épicas. Ano passado a vitória ficou com o Nissan GT-R “Godzilla”, e com um piloto que veio do programa da Nissan de pilotos de simuladores. E quase ganhou de novo esse ano, mas ficou para ano que vem. A vitória ficou nas mãos do McLaren 650S GT3, que completou o recorde de 297 voltas em 12 horas de prova, mesmo com mais de 10 bandeiras amarelas. Pelo streaming da internet deu para ver que a australianada não tem medo de ser feliz: mesmo com super carros como o já citado McLaren, o Bentley Continental GT3, o Audi R8 LMS, Mercedes SLS AMG, além dos esquadrões de Porsche e Ferrari habituais, o pessoal não tem medo de trocar tinta entre os carros não... automobilismo combativo, gostoso de assistir, e com disputas o tempo todo. Infelizmente nenhum brasileiro na corrida (a bem da verdade, os pilotos brasileiros de hoje em dia iriam se escandalizar com a crueza das disputas, acho que não iria rolar...), infelizmente, mas faz parte. Ah, sim: além do McLaren em 1º e do Nissan GT-R em 2º, o pódio foi completo com o Bentley Continental em 3º. Um pódio de respeito, convenhamos.

 

Agora algo mais próximo: tivemos o e-Prix de Buenos Aires, aquela categoria com som de furadeira esteve nas largas ruas da capital argentina para uma corrida das mais interessantes da curta história da categoria. E a responsabilidade por isso foi de dois pilotos: o líder da pontuação Sébastien Buemi (que largou lá atrás e veio jantando todo mundo até disputar a liderança da prova) e o americano Sam Bird, que fez jus ao sobrenome e voou pelas ruas portenhas (não, leitores, eu não perderia o trocadilho por nada no mundo...), fazendo nas voltas finais uma belíssima defesa da posição nas últimas 5 voltas. Cabe esclarecer que os argentinos foram muito inteligentes ao definir o traçado da categoria e escolher ruas largas, que facilitam o trabalho de ultrapassagem por parte dos pilotos. Tem umas pistas da Fórmula E com umas ruas estreitinhas que parecem Mônaco... e isso permitiu o show do suíço, que mostrou ser o mais forte candidato ao título dessa temporada. Está pilotando muito, e o carro está bem acertado. Vai ser difícil retirar o caneco da mão dele. Não que os outros pilotos tenham sido especialmente ruins, mas... os dois primeiros deram um show à parte. O 3º colocado, Lucas di Grassi, não fez uma corrida ruim, mas terminou 7 segundos atrás dos líderes. O 4º colocado, Sarrazin, que terminou na posição que largou, não foi mal mas poderia ter feito mais, e ficou quase 10 segundos atrás de Bird. Para os outros brasileiros, um sábado não exatamente agradável. Bruno Senna terminou em 10º, 3 posições atrás do companheiro de equipe Mahindra, Nick Heidfeld, e Nelsinho Piquet fez o que pôde para chegar também 3 posições atrás do companheiro na equipe chinesa.

 

Agora vou comentar uma notícia que saiu mas confesso que não entendi direito: o diretor da Renault, Monsieur Abiteboul, reclamou que a F-1 está muito conservadora, se tornando pouco atrativa ao público. OK, essa parte tudo bem... mas ele reclama de excesso de conservadorismo na mesma semana em que eles demitem o Maldonado, um dos poucos pilotos que era um fator de imprevisibilidade na corrida????? Tudo bem, o substituto (Kevin Magnussen) é um jovem arrojado, mas... Para quem reclama de excesso de conservadorismo, pareceu-me uma decisão contrária ao discurso. Como diria um velho personagem de humor, não precisa explicar, eu só queria entender.

 

E os norte-americanos continuam demonstrando que eles entendem de show e de marketing. Nosso colunista do Nobres do Grid Hélio Castroneves ficou conhecido por vencer 3 vezes a Indy 500 e comemorar subindo no alambrado. Pois bem, os alambrados estão sendo trocados, e o presidente do autódromo entregou para o Helinho um pedaço do alambrado antigo como recordação de suas vitórias e comemorações. Torno pública minha torcida para ele se igualar aos grandes Rick Mears e Al Unser, conquistando a quarta vitória na mais importante prova da categoria.

 

Para encerrar por essa semana, por enquanto (sempre bom ressaltar o por enquanto) existem 5 brasileiros inscritos para as 24 Horas de Le Mans. Vamos torcer para todos se classificarem para largar!

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini 
Last Updated ( Sunday, 07 February 2016 23:02 )