Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Chocolate com Pimenta! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 28 March 2016 04:30

Olá leitores!

 

Esse foi um final de semana sem nenhuma grande competição automobilística, muito provavelmente os calendários foram ajustados para que os pilotos e – principalmente – os mecânicos pudessem passar o feriado religioso junto a suas famílias. O que nos abre opção de fazer uma coluna com mais opinião e menos descrição, o que pessoalmente acho interessante.

 

E vamos começar com a crise – ou quase: o Mau Velhinho pediu um valor muito alto para a renovação com o patrocinador/fornecedor oficial de champanhe para o pódio, que desistiu da F-1 e bandeou-se para a F-E. Mau negócio? Não necessariamente. Lembrando que a F-E está atraindo um público mais jovem, mais “moderno” e basicamente corre nas ruas das cidades, pode ser apenas a procura por um público novo para anunciar seu produto. Lembremos que com a falta de competitividade da categoria rainha os fãs mais jovens não estão se interessando pela F-1, então a troca de categoria pode ser um grande negócio para a Mumm, e quase certamente o valor envolvido com a F-E foi menor que o pedido pelo Ebenezer Scrooge, ops, Titio Bernie. A conferir...

 

E o assunto dinheiro leva à perda de dinheiro. Dessa vez quem perdeu dinheiro foi a Miss Chilique, a.k.a. Danica Patrick. Ela volta e meia manda algum concorrente para o muro ou para a área de escape interna da pista, mas quando algum outro competidor faz o mesmo com ela, ela fica mais irritada que de costume. Final de semana passado (no mesmo dia da corrida de F-1), na etapa de Fontana (aquele oval que produz ótimas corridas de Indy, mas nem tão boas assim de NASCAR) ela foi tocada pelo Kasey Kahne (na minha opinião involuntário, coisa de corrida de NASCAR) e foi parar no muro. O que a personificação da simpatia fez? Desceu do carro para xingar o Kahne quando ele passasse pelo lugar onde o carro parou novamente. Só que há algum tempinho, principalmente após o acidente num oval de terra que teve o Tony Stewart como protagonista, e o garoto que foi tocado morreu após ser atropelado pelo Tony, a NASCAR simplesmente proibiu esse tipo de bravata. Talvez uma multa de US$ 20.000,00 e 4 corridas em observação esfriem a cabeça dela... outro chiliquento multado (menos dinheiro, 10 mil dólares) foi o Buschinho, que teve um pneu furado na última volta da corrida da Xfinity Series e perdeu a liderança da prova na última volta, e após a corrida não foi para o encontro obrigatório dos pilotos com a imprensa.

 

Foi uma semana de apresentações no Endurance: Audi, Porsche e Toyota mostraram as máquinas com as quais competirão esse ano no WEC, e a briga promete ser bem interessante. A Audi está em busca da supremacia perdida e refez o carro todo, externa e internamente. A Porsche pegou o carro campeão de 2015 e evoluiu o sistema de recuperação de energia do carro, além de apresentar kits aerodinâmicos diferentes, em busca de maximizar o desempenho nos diferentes tipos de pista. A Toyota, por sua vez, trocou o V-8 aspirado por um V-6 turbo, que deve propiciar uma faixa de utilização ideal do motor mais ampla e consequentemente melhorar o desempenho do carro. Tem tudo para ser uma temporada interessantíssima.

 

Voltando à F-1, vamos lembrar que o choro é livre. Assim sendo, após ver Massa tomar um sufoco da estreante Haas no GP da Austrália, o diretor Pat Symonds começou a reclamar do modelo de parceria que a Haas tem com a Ferrari. Garanto que se fosse a Williams que tivesse uma parceira dessas com a Mercedes, ele não reclamaria, mas enfim, o mimimi já começou, e podem anotar, vai aumentar ainda mais se algum carro da Haas deixar os dois Williams para trás – o que acho que não é tão impossível assim, em que pese a pista australiana não servir muito de parâmetro para o resto da temporada.

 

Quem anda garganteando um bocado é o Rosberguinho, que após terminar 2015 superando Hamilton e começar 2016 na mesma toada saiu elogiando a FIA pela decisão de limitar a comunicação de rádio e acabar com a assistência de largada. Deve reconhecer que largada não é exatamente o ponto forte do rival de equipe e resolveu colocar um pouco de pressão nele. Vamos ver se funciona. Se funcionar, a temporada será mais emocionante que a anterior, não que precise muita coisa para ser mais emocionante que 2015...

 

E quando a emoção falta, sempre podemos contar com a afiada língua de El Llorón de las Astúrias. Dom Alonso achou que ter saído ileso do grave acidente na corrida da Austrália lhe deu o direito de soltar (mais ainda) a língua, e saiu disparando contra os carros atuais (que chamou de muito lentos – e eu concordo), contra o regulamento (muito complicado, também concordo) e disse que “a F-1 precisa se tornar um esporte de macho”. Fosse ele brasileiro já teríamos passeatas de grupos reclamando da declaração dele e queimando sutiãs (sim, modernidade modelo anos 60... 1964, o ano que ainda não acabou), mas no meio da categoria foi apenas mais uma voz – forte – ser revoltando com as decisões pouco lógicas tomadas pela Dona FIA no que diz respeito à condução do esporte.

 

Decisões pouco lógicas como ameaçar retirar o GP italiano de Monza, por exemplo. Vamos lá, façamos um exercício de imaginação: saindo Monza, entra qual pista? Imola não tem mais a certificação topo da FIA, e precisaria de reformas muito grandes, principalmente na área do paddock, notoriamente acanhado. Mugello seria uma opção, tem espaço para expandir o paddock, mas será que a FIA bancaria uma pista de propriedade da Ferrari? Misano é ótimo para motos, não sei se daria certo com carros de fórmula. As outras pistas não têm condições, embora eu admita que amaria ver uma prova de F-1 em Enna-Pergusa, mas isso é apenas um sonho.

 

Fica a esperança de uma classificação em formato misto, o que já na coluna anterior eu apontei como uma opção melhor, com Q1 e Q2 no novo formato de eliminação e o Q3 como era feito até ano passado. Deve ser testado no Bahrein, e acho que é a melhor opção.

 

Para encerrar, Dona Pirelli anunciou que em Mônaco e no Canadá teremos os novos pneus ultramacios. As opções serão macio, supermacio e ultramacio. Hmmmm... Vamos ver se esse ultramacio não será ultra-formador-de-trilho-na-pista, se degradando e soltando pedaços muito rapidamente. A princípio, não estou muito confiante nele não.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini