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Melhor sem ela? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 11 April 2016 08:40

Olá leitores!

 

Felizmente, mais um final de semana com muita corrida para alegrar a vida dos fãs do esporte a motor. Teoricamente, os fãs de F-1 já tiveram motivo para comemorar (ou não) na quinta feira, quando aparentemente se chegou a um acordo para a volta do formato de classificação antigo para o GP da China. Tudo ainda depende de votação onde as equipes devem obter a unanimidade para que a alteração seja feita (essa unanimidade é que eu questiono, mas...) e a queda de braço entre FIA e equipes cesse. Eu não gostava muito do formato antigo, admito, mas não achei que o novo funcionou para o Q3. Eu proporia que o tempo fosse a somatória das 3 voltas mais rápidas do carro na classificação, mas acho pouco provável que a pilotada da geração nutella-sushi-cupcake-boné-de-aba-reta-selfie aprovasse a ideia e não boicotasse como boicotou a proposta de 2016. Enfim...

 

Vamos ao que interessa, corridas. E começamos com o rei do sabadão, Kyle Busch, que embalado pelo sábado à noite assumiu a ponta na última relargada, a pouco mais de 30 voltas do final, e venceu com autoridade e sem ser ameaçado. Quem também ganhou terreno nas voltas finais foi Dale Jr, que obteve um merecido 2º lugar. O 3º colocado, Logano, teve altos e baixos na corrida mas no final obteve um bom resultado. Fechando o Top 5 tivemos Jimmie Johnson em 4º e Chase Elliot, que fez uma ótima classificação mas teve que largar em último por troca de motor, em 5º. Bela e consistente corrida. Quem deve ter ficado muito feliz foi Richard Childress, que perdeu seus 3 carros ao mesmo tempo no big one que provocou a última bandeira amarela...

 

Já no domingo, tivemos ao mesmo tempo corrida da Stock Car e da Fórmula Truck. Já fiz coluna cornetando os administradores das duas categorias por isso, e não voltarei ao assunto dessa burrice fenomenal na hora de definir os calendários. Agora, posso e devo cornetar a transmissão. Admito, assisti muito mais da Truck do que da Stock. Motivo? A Truck, mesmo sem o narrador principal em ação, teve uma narração profissional e sóbria, mesmo estando na TV aberta. Já o histrionismo e o surto de “mamãe, quero ser Galvão Bueno” do narrador do SporTV fizeram com que eu não conseguisse ficar mais de 60 segundos acompanhando a transmissão. Desde que deixei de ouvir narrações do Galvão Bueno eu não me irritava tanto com um narrador. Horrível. Espero que tenha sido apenas um péssimo dia do narrador, que isso não vire o padrão. Enfim, o que importa é que a equipe Red Bull teve um belo final de semana, com dobradinha na primeira corrida (Cacá em 1º, Daniel Serra em 2º), com a equipe do campeão de 2015 ocupando 3º e 4º lugares (Marcos Gomes em 3º e Felipe Fraga em 4º), e na segunda corrida um belo trabalho de Diego Nunes (Bassani), que aproveitou bem o grid invertido e as dimensões acanhadas da pista, largou na pole e lá permaneceu, resistindo muito bem às investidas de Valdeno Brito (TMG, 2º lugar), que se esforçou bastante mas não conseguiu tomar a liderança da prova. Completando o pódio da segunda etapa, chegou Átila Abreu (Andreas Mattheis) em um bom 3º lugar. Curioso que em relação ao grid invertido dos 10 primeiros da corrida 1, os 3 primeiros colocados permaneceram nas suas posições de largada. Houve mudanças, mas de 4º para trás.

 

E já que citamos a Truck, vamos a ela. Na corrida de despedida do autódromo de Curitiba, mais uma apresentação de alto nível de Felipe Giaffone (VW-MAN), que venceu após dominar os treinos de sexta, sábado, e a própria corrida sem dar muitas chances aos rivais. Quem mais ameaçou foi Paulo Salustiano, na primeira parte da corrida, mas ele teve problemas com o turbo no seu Mercedes e perdeu a chance de assumir a liderança. Na segunda parte, Giaffone apenas precisou controlar a distância para o segundo colocado, Diogo Pachenki (Mercedes). Foi, aliás, uma boa corrida para a marca da estrela de 3 pontas, já que fizeram 2º, 3º (Gustavo Magnabosco) e 4º (Raijan Mascarello) lugares, com um surpreendente Volvo pilotado pelo competente Régis Boéssio em 5º fechando o pódio. Após anos ocupando posições intermediárias, parece que os Volvos estão retornando às posições mais altas da classificação, e isso sempre é bom para a categoria. Quanto mais marcas diferentes disputando, melhor.

 

Também tivemos corridas de Motovelocidade em Austin, no Texas. Assistindo Moto2 e MotoGP, tive a nítida impressão que ou a pista estava muito escorregadia, ou os pneus levados para lá não eram os mais apropriados, pois o pessoal que queria andar na frente estava escorregando razoavelmente mais do que o esperado. E o resultado foi que pilotos que normalmente estão disputando posições no pódio acabaram “comprando terreno” no Texas. O primeiro latifundiário foi Valentino Rossi, logo na 2ª volta. Depois, a insistência de Dovizioso em não correr com duas meias de lã por baixo da bota fez com que ele abandonasse na segunda prova seguida após ser atingido por um adversário, dessa vez Dani Pedrosa, e dessa vez o italiano saiu sentindo dores. Esperemos que não seja nada de grave. Com alguma sorte, os médicos conseguem separar o iceberg dos pés dele... Ao final, mais uma vitória relativamente tranquila do Marc Márquez nos EUA, país em que ele vence seja qual for a pista, com Jorge Lorenzo (Yamaha, ao menos até o fim do ano, já que os boatos de que ele deve mudar de equipe para 2017 são fortes) em 2º a mais de 5 segundos de distância, Andrea Iannone (Ducati) em 3º. Devo ressaltar que fiquei muito satisfeito com a Suzuki terminando em 4º e 5º lugares, respectivamente Maverick Viñales (será que os pais gostavam do filme Top Guns?) e Aleix Espargaró, aos poucos e com muito trabalho os engenheiros da marca vêm conseguindo melhorar a competitividade do equipamento e os pilotos tendo mais chance de mostrar o que sabem fazer. Ainda é cedo para voltar aos bons tempos de Kevin Schwantz, mas é um caminho.

 

Na Moto2 duas coisas me chamaram a atenção: o desempenho do japonês Nakagami, que fez uma apresentação linda, muito arrojada, até que baixou o caboclo kamikaze nele e ele tentou uma manobra que só na cabeça dele daria certo. Caiu, e com certeza deixou a chance de um 3º lugar na área de escape da pista, pois não daria para alcançar os dois primeiros, mas o terceiro lugar ele teria enormes chances de conquistar com o desempenho que apresentava. Outra coisa que me chamou a atenção foi o piloto vencedor, Alex Rins, que se for para a categoria principal será uma festa para os locutores, que terão que se esforçar muito para evitar piadinhas como “Fulano está sendo uma pedra para o Rins”, e coisas do gênero. Menos mal que o garoto é bom.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini