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Da Europa as Américas, não faltou emoção! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 24 April 2016 23:32

Olá leitores!

 

Definitivamente não tivemos motivos para reclamar do final de semana, que para os que puderam foi prolongado pelo feriado na quinta-feira, em homenagem a Tiradentes, o homem símbolo do brasileiro (afinal, foi enforcado por problemas com o Fisco). Teve de tudo, até encontros de automóveis antigos.

 

Comecemos pela corrida de Fórmula E nas ruas de Paris. Mais uma vitória da cidade: por mais que o pessoal da categoria se esforce em fazer pistas de rua sem graça, em alguns casos a beleza do lugar se sobrepõe. É assim em Punta del Este e foi assim em Paris, cuja prova inaugural foi vencida pelo Lucas di Grassi, que está sabendo aproveitar sua boa fase e convertendo essa fase em valiosos pontos para o campeonato. Após a largada, foi uma corrida tranquila para o brasileiro, que não foi seriamente ameaçado durante a prova e venceu com facilidade, sendo seguido por Vergne em 2º e Buemi em 3º. Bruno Senna foi 9º colocado e Nelsinho Piquet mais uma vez foi traído pela falta de confiabilidade do equipamento da equipe chinesa, abandonando a 6 voltas do final, quando já estava fora da zona de pontos.

 

Já na MotoGP tivemos a primeira das corridas da categoria no território espanhol, em Jerez de la Frontera, e veio a primeira vitória do ano para Valentino Rossi, sendo a sétima da carreira dele nessa pista só na categoria principal da motovelocidade. Vitória de ponta a ponta, sem ser seriamente ameaçado, vitória com autoridade e tranquilidade. Jorge Lorenzo, 2º colocado, até tentou alguma coisa nas voltas finais, mas não foi bem sucedido. Depois colocou a culpa nos pneus. Marc Márquez, 3º colocado, tentou pressionar Lorenzo no começo da corrida, mas perdeu ritmo e acabou andando sozinho na pista, já que não conseguia acompanhar o espanhol da Yamaha, mas não era ameaçado pelo companheiro de Honda, Pedrosa, um isolado 4º lugar. Aliás, devo dizer que achei estranho em uma pista travada como Jerez os pilotos da Honda conseguirem andarem sozinhos, mas... coisas de corrida. Pensando bem, foi um retrato da situação atual das motos: as Yamaha oficiais na frente, as Honda oficiais logo atrás mas sem conseguir ameaçar, depois as duas Suzuki de Aleix Espargaró e Maverick Viñales – já que nessa pista travada as Ducati de hoje não teriam a menor chance, como não tiveram. Iannone dessa vez não bateu em ninguém e foi 7º, enquanto “Iceberg” Dovizioso abandonou por falha mecânica (ao menos ninguém bateu nele dessa vez...).

 

E tivemos corrida do WTCC em um encharcado kartód... ops, circuito de Hungaroring, com a primeira corrida sendo vencida pelo marroquino Bennani, com Tom Chilton completando a dobradinha dos Citroën da equipe de Sébastien Loeb. Em 3º chegou Nicky Catsburg, com Lada (esse Lada Vesta parece uma mistura mal feita do Corolla com o Cruze, por sinal. Não é feio, mas nem em amarelo vivo consegue ser chamativo ou desejável. É o carro para sumir em meio à multidão). Já na segunda corrida (a principal, com 1 volta a mais) a equipe principal da Citroën voltou a mostrar a que veio, e o campeão José Maria “Pechito” López venceu seguido do companheiro Yvan Muller em 2º lugar, com o simpático português Tiago Vagaroso Monteiro em 3º lugar com seu Honda.

 

Por falar na pista húngara, teve corrida da antiga Fórmula Renault 3.5, atual Fórmula V-8 3.5, também com chuva, nesse domingo. Difícil... o que dizer de uma corrida com chuva onde os dois principais nomes foram um israelense (lugar com longa tradição de chuva, como todos sabemos) e um japonês? Corrida estranha, com pilotos de nomes esquisitos (o tal Vaxiviére, espero que jamais chegue na F-1...), e acho que prefiro ver corrida de F-Vee e Fórmula Inter em Interlagos, é muito mais interessante. Ah, a vitória ficou com Tom Dilmann, primeira vitória dele na categoria e primeira da carreira desde 2012, conforme ressaltou o narrador da prova na TV. O brasileiro Pietro Fittipaldi terminou em 8º, mesma posição em que largou, e na categoria também tem o filho do Deletraz (esteve na F-1 nos anos 80 e o Nelson Piquet tem comentários ótimos sobre o cidadão), o filho do Ceccoto (aquele, da moto), o filho do Panis e outros menos cotados. Gostei do desempenho do japonês Kanamaru, bem arrojado, mas fiquei por ai.

 

Esse final de semana aconteceu o Rali da Argentina, e finalmente o degrau mais alto do pódio não ficou com a equipe VW: o vencedor foi o neozelandês Hayden Paddon, de Hyundai i20, primeira vitória dele na categoria. Admito não me lembrar se houve alguma outra vitória da Hyundai na categoria principal do rali mundial, mas também merece destaque. Em 2º chegou Sébastien Ogier (VW) e em 3º Andreas Mikkelsen (VW). Vamos ver se a marca coreana continua mostrando bom serviço no próximo rali, de 20 a 22 de maio em Portugal.

 

E na NASCAR tivemos uma pouco comum corrida diurna em Richmond, uma das pistas curtas que mais gosto na categoria. Vitória de Carl Edwards sobre o companheiro de equipe Kyle Busch com a utilização daquela polêmica manobra do toque no carro da frente para que ele abra caminho (o “totó”) e que os fãs adoram. Gosto é gosto, lembremos do típico café da manhã estadunidense. O ponto legal da corrida foi a volta do Tony Stewart às pistas após fraturar uma vértebra nas férias, ele que está em sua temporada de despedida das pistas. Mesmo lutando contra a dor, disputou bem várias posições e terminou em 19º entre 40 carros – o que não é mau. Quem também fez uma bela corrida, mas perdeu posições no final foi Kurt Busch, que disputou a liderança mas terminou apenas em 10º lugar após perder um bocado de tempo no último pit stop. Completando o Top 5 tivemos Jimmie Johnson em 3º, Kasey Kahne em 4º e Kevin Harvick em 5º.

 

Para encerrar, corrida da IndyCar no Alabama. Uma belíssima corrida, muito movimentada (em que pese a pista não ser exatamente a mais adequada para carros grandes como os da Indy; acredito que uma corrida de motos ou de carros de turismo lá deva ser fenomenal) e que teve Graham Rahal mostrando o quão fortes são esses carros: ele judiou bastante do equipamento (que diferença para o pai, que tratava o carro com suavidade...) e ainda assim chegou em 2º lugar, após uma acirrada disputa com o vencedor Simon Pagenaud, piloto que gosta e se dá muito bem nesse traçado. Em 3º outro que aprecia o lugar, Josef Newgarden, que por sinal fez no final uma bela ultrapassagem sobre Will Power. Os brasileiros tiveram bom desempenho em boa parte da prova, mas perderam rendimento no final, terminando Helinho Castroneves em 7º e Tony Kanaan em 8º.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini