Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
O Retorno a Santa Cruz do Sul em 2016 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 17 July 2016 13:33

Em 2009 o Autódromo de Santa Cruz do Sul foi o primeiro que visitamos ao iniciar a série “O Raio X dos Autódromos Brasileiros”. Era o começo de um trabalho e também o nosso início como site de automobilismo. Logicamente nosso nível de conhecimento sobre o assunto era bem superficial, mas foi o início de uma caminhada.

 

 

 

Ao retornarmos sete anos depois, com mais quilometragem e um olhar mais aguçado para as questões complexas que envolvem um autódromo, pudemos ver de outra maneira o trabalho que a Prefeitura de Santa Cruz do Sul vem fazendo neste mandato que está por terminar em dezembro próximo.

 

Durante alguns anos ano este autódromo no interior do estado, distante cerca de 150 Km da capital, ficou sem receber as principais categorias do nosso automobilismo. A retomada veio com a nova gestão municipal e a chegada de uma nova equipe, com o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Leo Henrique Schwingel, e o Administrador Daniel Fernando Eick. Com o comprometimento do Prefeito Telmo José Kirst e da comunidade de Santa Cruz do Sul, o autódromo da cidade veio reconquistando o espaço perdido para outras praças e figurando no calendário das principais categorias nacionais.

 

 

 

Da primeira vez que estivemos no autódromo, fomos até lá seguindo pela rodovia que contorna a cidade. A mesma estava em obras de recapeamento e melhoria dos acostamentos, estando mal sinalizada àquela altura. Desta vez, acompanhados do Administrador do autódromo, Daniel Fernando Eick, pedimos para ir por dentro da cidade, como se estivéssemos em um dos hotéis do centro e tomássemos o caminho do parque de eventos, onde o autódromo está localizado.

 

Para o cidadão local, é fácil ao ponto de ir com os olhos fechados, mas para quem vem de fora, como é o nosso caso, ter mais sinalização iria ajudar muito. Sem a ajuda do Daniel, encontraríamos alguma dificuldade, apesar da distância entre o centro e o parque de eventos não ser tão grande. Não chega a 10 Km.

 

 

 

Entramos pelo portão por onde o público tem acesso às áreas de estacionamento, que são bem amplas e, não sendo um dia de evento, não estavam demarcadas. Em nossa chegada, vimos logo uma novidade: arquibancadas! A Prefeitura fez duas arquibancadas de concreto, com capacidade para 5.000 pessoas cada uma, em frente à reta dos boxes. Há ainda bastante espaço para a montagem de arquibancadas móveis, facilmente triplicando a capacidade em termos de público na reta.

 

As arquibancadas fixas contam com estrutura pré-montada para que comerciantes credenciados pela Prefeitura operem os espaços e sirvam lanches e bebidas, além de contar com banheiros fixos, feminino e masculino, para além da estrutura complementar com banheiros químicos nos dias de grandes eventos. Além disso, o entorno do autódromo disponibiliza áreas para camping e trailers, uma vez que o torcedor gaúcho tem uma forma toda especial de acompanhar as corridas: com churrasco e chimarrão!

 

 

Para isso, do outro lado do autódromo foi construída há alguns anos uma estrutura com churrasqueiras comunitárias, com mesas e bancos para o torcedor fazer seu churrasco com mais conforto. A estrutura é dotada de pias, instalação elétrica, banheiros... e ainda teve promotor querendo proibir os gaúchos de serem gaúchos! Depois de um ano voltaram atrás.

 

 

Seguimos em direção a área interna do autódromo, passando pelo túnel sob a pista e indo até a área de descarga dos caminhões das equipes, que era de brita e em 2014 foi asfaltada e no ano seguinte ampliada, recebendo também uma melhor iluminação. Percebemos que o autódromo estava muito limpo e bem cuidado pelas áreas onde passamos.

 

 

Depois de uma rápida conversa com a jornalista que cuida da área de comunicação social da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Isabel Corallo, que preparou uma matéria para o informativo da cidade sobre a nossa visita (estamos podendo!) começamos a nossa volta pelas instalações e, uma vez que estávamos próximos à torre de controle, subimos as escadas para fazer aquela clássica “panorâmica”, com uma vista do alto de todo o circuito.

 

 

Feita a foto da cobertura, fomos ver com calma como estava seu interior. Para uma construção de onze anos de idade, ter que ser feita alguma coisa é algo natural e alguns reparos se mostraram necessários em parte do piso, além de infiltração no teto. A parte de instalações elétricas também precisam de uma revisão e modernização, com caixas de distribuição.

 

 

Descemos da torre e subimos a escada lateral que dá acesso ao local destinado aos profissionais de imprensa em grandes eventos e também a laje de cobertura dos boxes.

 

 

A parte fechada tem uma saleta de entrada com um belo mural, alusivo à velocidade e em torno da mesma, três salas onde os profissionais de imprensa podem trabalhar com vista para a reta dos boxes. Só faltou uma coisa: banheiro!

 

 

Na hora do aperto, o profissional de imprensa tem que partir na direção do banheiro que fica no centro da laje sobre os boxes, no meio da área do paddock ou descer as escadas e ir no banheiro destinado ao pessoal que trabalha nos boxes, no pátio de manobra, carga e descarga.

 

 

Um ponto muito bem visto foi o asseio e a qualidade dos banheiros. Tanto um como o outro estavam bastante limpos, com as privadas com tampas e assentos, lixeiras, espelhos, etc. e no banheiro para o pessoal que está trabalhando nos boxes os chuveiros para banho são elétricos... e funcionam!

 

 

Aproveitando que estávamos na área dos boxes, fomos ver os mesmos e os boxes do Autódromo de Santa Cruz do Sul são ótimos! Bastante amplos, com mais de 80 metros quadrados cada um, permite que as equipes possam se instalar confortavelmente durante os eventos.

 

Vamos para a pista.

 

Mas o que mais atrai a atenção dos leitores é mesmo a volta na pista e, com o Administrador Fernando Eick no banco do carona, aceleramos (a no máximo 40 Km/h) para percorrer os 3.531 metros do Autódromo de Santa Cruz do Sul.

 

 

Partindo da reta dos boxes, sob o pórtico das luzes de largada, vimos praticamente metade dos mais de 800 metros de extensão da mesma, onde também ocorrem provas de arrancada. Por isso, mais de 400 metros do piso é feito em concreto.

 

A reta é bastante larga, com uma boa área gramada na sua lateral direita e o muro fica escorado no talude do relevo. Isso deixou a tela que separa a área de público do limite da pista bem distante, aumentando a segurança do mesmo e dispensando a necessidade daquele arranjo com cabos de aço tensionados como vemos em outros autódromos.

 

 

A curva 1 é tomada à esquerda, com quase 90 graus em relação à reta dos boxes, o que exige uma freada forte. Sendo um ponto onde de chega com alta velocidade, sua área de escape é bem generosa, dotada de um sistema misto de segurança para os carros.

 

 

Com uma larga faixa de asfalto, o mesmo é seguido por uma faixa de brita, antes que o carro chegue na barreira dupla de pneus, toda percintada e escorada no talude do terreno. Boa parte da barreira ainda possui o “borrachão” para ajudar na sua integridade.

 

 

A zebra na saída da curva 1 serve mais para mostrar o limite da pista do que como apoio propriamente dito para o trecho que se segue com uma suave descida que leva para um “S” muito rápido.

 

 

Neste, sim, as zebras são delimitadoras e traiçoeiras uma vez que podem desequilibrar o carro o suficiente para que o piloto perca posições ou mesmo o traçado e vá parar na barreira de pneus, que mostra no seu ‘borrachão’ ligeiramente desalinhado no meio, as marcas e a consequência de que abusa do contorno desta curva. As áreas laterais gramadas não ajudam quem errou a controlar o carro e a lógica é simples: tem que ser rápido sem errar!

 

 

Saindo do ‘S’ a inclinação da descida aumenta m pouco até perto da chegada da curva mais perigosa do autódromo. Talvez inspirada na ‘curva da ferradura’ do traçado original de Interlagos, esta curva tem sua primeira perna para a direita, para então fazer um giro de 180 graus até seu lado oposto, mudando de direção completamente.

 

 

O maior risco desta curva é um carro atravessar a primeira perna, superar a caixa de brita e cruzar a pista perpendicularmente, atravessando o caminho de que a está contornando. Diferente da antiga ‘curva da ferradura’ de Interlagos, o raio da parte circular não é tão grande e os carros chegam muito rápidos na tomada da parte para a direita na curva.

 

 

Para quem a contorna, a área de escape à direita, visto que o contorno de toda a segunda parte é para a esquerda é bom, mas a caixa de brita após o limite da pista também está muito compactada e precisaria de um trabalho constante de revolvimento para deixá-la macia o suficiente e assim ela conseguir cumprir seu objetivo de frear os carros antes que eles se choquem com a barreira de pneus, que mesmo sendo boa, escorada e com pneus percintados, exigirá um trabalho muito grande para ser recomposta em caso de uma batida forte.

 

 

Saindo da curva da ferradura de Santa Cruz do Sul, temos um curto trecho quase reto, suavemente feito para a direita, que vai conduzir o piloto ao trecho de mais baixa velocidade do circuito, uma sequência de curvas de baixa velocidade.

 

 

A primeira perna destas duas curvas de baixa é feita para a esquerda, numa freada forte e para logo em seguida tomar a curva para a direita. Lentas, as curvas não exigem áreas de escape muito extensas e nem barreiras de pneus.

 

 

Mesmo que o piloto consiga perder a curva e sair da pista para a área gramada, não vai atravessar o trajeto. Mas na curva em sequência a estas duas, tomada para direita, o piloto já vai enchendo o motor para tomar a reta que leva para os “esses” de alta.

 

 

O contorno dos “esses” de alta começa para a esquerda. A área de escape é bem generosa, mas também tem na compactação da caixa de brita um problema a ser tratado. A barreira de pneus fica bem longe, mas se for possível, é melhor não chegar nela.

 

 

A sequência (esquerda-direita-esquerda-direita) leva para a reta que antecede a entrada dos boxes e o retorno para a reta principal. Ela é feita em subida e passa por cima do túnel de acesso à parte interna do autódromo.

 

 

Neste trecho, há um estreitamento das áreas laterais à pista, mas os muros de concreto são bem protegidos por barreiras de pneus (dupla do lado interno e tripla do lado externo, ambas percintadas e com ‘borrachão’) para garantir um amortecimento em caso de choque, pouco provável.

 

 

O problema deste trecho está num enorme ‘bump’ que faz os carros saltarem pouco antes da tomada da curva que dá acesso aos boxes. Este ponto tornou-se perigoso devido a isto.

 

 

A curva de acesso à reta principal é uma das mais rápidas do circuito. Conta com uma boa área de escape e recebeu alguns anos atrás uma “faixa extra”, após a zebra, que mesmo dando um bom apoio não estava sendo suficiente para os pés pesados que contornam a curva.

 

 

Na parte interna, há o início do muro da entrada para os boxes, mas este é muito bem protegido, com uma estrutura de amortecimento suficiente para parar os caminhões da F. Truck.

 

Já que falamos da entrada dos boxes, vamos passar por eles. É uma entrada rápida, com seu contorno para a esquerda, acompanhando a curva de acesso à reta, separado desta por um muro de concreto.

 

 

O pit lane que percorre a frente dos 25 boxes do circuito Oswaldinho de Oliveira tem uma largura razoável, o suficiente para não provocar confusões em paradas simultâneas.

 

O retorno dos carros para a pista é ainda na reta dos boxes, logo depois da torre de controle e antes de chegar na entrada para o parque fechado. Os carros voltam á pista cerca de 300 metros antes do contorno da curva 1, espaço suficiente para ganhar velocidade.

 

 

A primeira parte da reta dos boxes (do seu início até pouco mais da metade) é feita com surperfície de concreto, para resistir ao desgaste provocado nas provas de arrancada.

 

Nossa visita foi alguns dias depois de ter acontecido uma etapa do campeonato regional da modalidade e a reta ainda estava com o VHT, produto que é aplicado no concreto para aumentar a aderência e que precisa ser retirado para as corridas convencionais. Segundo Fernando Eick, este processo é feito de forma a não se contaminar a área gramada.

 

 

Como Santa-Cruz do Sul não é um grande centro urbano, existe um heliponto para os eventos poderem, em caso de acidente, deslocar por via aérea e mais rapidamente um piloto acidentado para um local com mais recursos.

 

Depois de fazer a visita no autódromo, retornamos até a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia para conversar com o titular da pasta, Sr. Leo Henrique Schwingel, juntamente com o Administrador do autódromo, Daniel Fernando Eick.

 

 

NdG: Sr. Secretário, nós estivemos aqui em 2009 e, depois disso o autódromo da cidade ficou alguns anos fora do calendário nacional, espaço que vem retomando desde 2013/2014. O que vocês fizeram para reconquistar este espaço?

 

Leo Schwingel: Foi um trabalho conjunto da administração municipal e da iniciativa privada. Foi a conjunção de interesses que permitiu que fizéssemos investimentos compartilhados para a melhoria do autódromo e consequentemente a volta dos grandes eventos nacionais para nossa cidade.

 

NdG: Um autódromo tem um custo de manutenção e requer investimentos constantes. Como é que se justifica isso para a prefeitura e para a opinião pública da importância de se investir em automobilismo um montante que poderia estar direcionado para a saúde, a educação ou a segurança pública? Como a sociedade civil tem visto este trabalho?

 

Leo Schwingel: Aqui em Santa Cruz do Sul nos temos uma gestão muito bem equilibrada e não falta recursos para investimento em saúde e educação, havendo meios de se investir no autódromo. Quando consideramos o retorno em impostos dos eventos que o autódromo sedia para a cidade com a movimentação na rede hoteleira, restaurantes e outros serviços, o investimento no autódromo pode se pagar e é isso que acreditamos que aconteça. O autódromo atrai pessoas o ano inteiro, colocando a cidade em evidência, e como estamos a apenas 150 Km de Porto Alegre dizemos que ela é um bairro a nossa cidade e que seus habitantes tem no centro um excelente autódromo. Isso mostra o tamanho do nosso orgulho em poder realizar eventos como os que realizamos aqui. Quando se administra um autódromo com este tipo de visão, ele tem sucesso, independente de quem o esteja administrando. O Daniel, aqui do meu lado, sabe disso.

 

NdG: Quando se fala em sucesso a associação com dinheiro é algo quase automática. Nos últimos anos, o autódromo gerou mais recursos do que recebeu em investimentos? Ele está “operando no azul”?

 

 

Leo Schwingel: Este cálculo é muito subjetivo na minha opinião. Os indicadores me fazem crer que sim. Contudo, se considerarmos apenas o aspecto financeiro do autódromo, eu diria que ele está em vias de tornar-se autosuficiente. Mas se computarmos toda a arrecadação indireta que ele gera, como mencionei há pouco, eu afirmo que ele se paga.

 

NdG: Nestes três anos de gestão do Prefeito Telmo José Kirst, quanto foi investido nos programas de melhoria do autódromo?

 

Leo Schwingel: Coincidentemente eu estava com estes números sobre a minha mesa esta manhã. Logicamente não lembro os valores de cabeça, mas não considero que isso seja relevante em razão do retorno que o autódromo tem nos possibilitado. Não creio que colocar um valor numérico na matéria que vocês estão fazendo vá repercutir exatamente a dimensão do que tem sido o retorno para a cidade com a atividade constante do autódromo. Um número pode impressionar e eu não tenho “o outro número”, de quanto retornou para a cidade o investimento feito no autódromo.

 

NdG: Quando perguntamos sobre estes números é uma forma que temos para mostrar para outros administradores que tenham uma cidade numa região com uma população semelhante entre 300 e 500 mil pessoas em sua circunvizinhança, de como é viável ter um autódromo como pólo de atração de negócios e com isso tentar incentivar outras cidades, em outros estados a seguir o exemplo de Santa Cruz do Sul...

 

Leo Schwingel: Há um outro aspecto que precisa ser levado em conta é de que talvez já tenhamos um número tal de autódromos que seja adequado à realidade brasileira. Nós podemos ter atingido o limite da capacidade de investimento, além do que, um exemplo que funciona como está sendo o nosso caso, pode não funcionar em outros lugares e também não ter a relação de investimento conjunto, público-privado, que temos em nossa região.

 

NdG: Como é que a população da região vê o autódromo?

 

Leo Schwingel: Nós temos o autódromo há 11 anos e no início as críticas foram muito grandes devido a ter sido feito um investimento significativo. Com o passar dos anos, a população foi percebendo os benefícios do autódromo para a cidade e isso foi mudando a forma como o autódromo foi sendo visto. O autódromo está localizado dentro do parque de eventos da cidade, que é um espaço de lazer e nós não viemos ao mundo apenas para trabalhar, também temos que ter o direito ao lazer, à diversão. O autódromo

 

NdG: O Prefeito Telmo José Kirst está em seu primeiro mandato. Ele é candidato à reeleição? Como a oposição a eles vêem o autódromo?

 

 

Leo Schwingel: O Prefeito e o partido ainda não decidiram se haverá candidatura à reeleição (Nota do NdG: Até o dia desta entrevista). O autódromo teve o envolvimento direto da atual oposição em sua construção. Por isso acredito que se não é uma unanimidade, o autódromo chega bem perto disso. Estando dentro do Parque de Eventos, a movimentação na área é constante por suas diversas atividades.

 

NdG: Daniel, desde a nossa visita anterior nós vimos a construção de arquibancadas, o asfaltamento da área de descarga, o recapeamento de muitas partes da pista. Como foi feito isso e qual o impacto do orçamento do município?

 

Fernando Eick: O processo de melhoria no autódromo precisa ser constante. Não podemos descuidar em momento algum. Nós temos uma lista de serviços que posso colocar ano a ano.

 

Investimentos e ações realizadas no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul em 2013.

- Correção das elevações (bumping) entre o asfalto x concreto e concreto x asfalto na reta principal da pista;

- Correção das erosões nas áreas de escape, taludes e estacionamento auxiliar;

- Manutenção dos drenos e abertura de drenos novos;

- Afastamento da pilha de pneus do lado esquerdo antes da curva da ferradura;

- Recolocação dos banners na torre de comando e paddock e acréscimo de dois banners no túnel;

- Pintura dos postes do alambrado da reta principal.

 

Investimentos e ações realizadas no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul em 2014.

- Pintura das zebras, muro do pit lane, muro do túnel, grid de largada, pista em sua total extensão, paddock, sanitários, borracharia, torre de comando, enfermaria e postes de concreto do alambrado;

- Manutenção dos drenos;

- Instalação de sinaleiras superior aérea com cabos de aço no muro do parque de vistoria;

- Instalação de sinaleiras superior no muro do pit lane junto da grade de proteção;

- Retirada de parte do talude da curva 01 lado esquerdo;

- Correção das erosões nas áreas de escape e taludes;

- Nivelamento das zebras e asfalto em relação às áreas de escape;

- Retirada de cupinzeiros e formigueiros;

- Asfaltamento da via de acesso da ERS 412 até a área dos boxes;

- Asfaltamento da área do estacionamento das cegonhas;

- Instalação de postes de luz, postes das sinaleiras e fiação elétrica;

- Construção de 12 guaritas cobertas para os bandeirinhas;

- Colocação de aproximadamente 6.000 pneus em colunas em frente dos muros de proteção de concreto;

- Colocação e parafusadas lonas de borracha (lonas de esteiras rolantes) nos pontos críticos das áreas de escape.


Investimentos e ações realizadas no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul em 2015.

 

- Prolongamento no estacionamento Motohomes (dois Lados);

- Caixas de luz instaladas nos estacionamentos e box;

- Troca de lâmpadas dos box por lâmpadas econômicas;

- Caixa de Luz (tomadas) no Parque de Vistorias;

- Rede de água dos dois lados no Parque de Vistorias;

- Manutenção dos drenos;

- Caixa de energia no heliponto, na sala de bombas, box 01 para ligar gerador, ao lado da torre, ambulatório e na sinaleira de largada;

- Colocação de corrimões nas escadas do paddock, escadas da torre, parapeito da sacada da torre e parapeito do terraço da torre;

- Colocação de tela nas escadas do paddock;

- Colocação de extintores fixos nos boxes, torre de comando, sanitários e borracharia;

- Pintura das zebras, muro do pit lane, muro do túnel, grid de largada, pista em sua total extensão, paddock, sanitários, borracharia, torre de comando, enfermaria e postes de concreto do alambrado.

- Correção das erosões nas áreas de escape, taludes;

- Nivelamento das zebras e asfalto em relação às áreas de escape;

- Retirada de cupinzeiros e formigueiros.

 

Para 2016 nosso planejamento terá:

 

- Recapeamento de algumas áreas do circuito como posso mostrar neste croqui, que vai cobrir 2.516 metros quadrados do circuito Oswaldinho de Oliveira. Inclusive vocês identificaram estes pontos quando fomos para a pista. O mês de maio (nota dos NdG: estivemos lá no final de abril);

 

- Instalação de seis novos postes de iluminação no estacionamento VIP e a área do pit lane com disposição em pétala.

 

 

Pode parecer menos do que o que foi feito nos anos anteriores, mas o investimento no recapeamento é um montante considerável. Outra coisa que gostaria de salientar é que o autódromo também é aberto para eventos de ciclismo e de corridas a pé todos os dias, desde que não haja locações para eventos. As escolas do município nos procuram para fazer atividades no local que é um espaço para a comunidade. Temos os rachas organizados por um dos clubes de automobilismo, campeonatos de arrancada, etapas do campeonato regional gaúcho, track days de motos e carros, cursos de direção defensiva, além do uso de concessionárias que realizam eventos para mostrar seus produtos para os clientes testarem no autódromo. No ano passado nós tivemos uma ocupação real de 35 por cento dos dias do ano com algum evento acontecendo no autódromo.

 

NdG: Como é que vocês organizam este calendário?

 

Fernando Eick: Normalmente nos meses de janeiro e fevereiro recebemos as solicitações dos promotores para realizar seus eventos e nós usamos de lógica e bom senso para buscar atender a todos. Damos prioridade aos eventos nacionais, que precisam se deslocar de mais longe para cá e em torno destes eventos de automobilismo e motociclismo vamos montando o calendário com os eventos regionais e estaduais e por fim os municipais, que por estarem aqui tem uma maior facilidade de se adequar. Este ano, por exemplo, todos os finais de semana estão tomados até dezembro.

 

NdG: E como foi que veio o convite para você ser o administrador do autódromo?

 

Fernando Eick: Na verdade eu já fui o coordenador de atividades do autódromo antes, durante três anos, de 2005 a 2007. agora estou de volta desde 2013 e com isso tenho desempenhado este trabalho por 7 dos 11 anos de existência do Autódromo de Santa Cruz do Sul. É algo que me dá muito prazer e quem quiser conhecer

  

Programa para melhorias.

Ao longo destes mais de seis anos de atividade do Projeto Nobres do Grid, aprendemos alguma coisa sobre autódromos, conversando com administradores, projetistas, pilotos e ex-pilotos. Assim, decidimos nesta nova série de artigos sobre os autódromo brasileiros, apresentar uma lista se sugestões, para seus proprietários e administradores, no intuito de melhorar aspectos de segurança e condições de trabalho para aqueles que lá irão em eventos de treinos e competições. No caso do Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul, é preciso considerar o fato de ser um circuito municipal, de uma cidade relativamente pequena.

 

Na Pista:

01) Recapeamento da pista nos pontos de maior desgaste, como a reta dos boxes.

02) Revisão das telas entre a pista e a arquibancada na reta dos boxes e no entorno do autódromo.

03) Recuperação/instalação das caixas de brita nas curvas 1; 2; 3 e 4, tratando as mesmas com um revolvimento periódico da brita com um equipamento de aragem agrícola.

04) Revisão e recuperação das barreiras de pneus nas curvas desde a curva 3 e 4 assim como na entrada da Reta dos Boxes.

05) Correção do ‘bump’ próximo a entrada dos boxes.

06) Colocação de uma caixa de brita na curva de entrada da reta dos boxes, dois metros após o limite da pista e deixando dois metros entre ela e a barreira de pneus.

 

Infraestrutura:

01) Recuperação de parte do piso da torre de controle, melhoria na parte elétrica e recuperação/impermeabilização dos pontos de infiltração no teto.

02) Reforma da área das salas que são utilizadas como espaço para a imprensa com a construção de banheiros para os profissionais de mídia.

03) Instalação de mais escadas de acesso (e evacuação) da parte destinada a instalação de camarotes/tendas sobre os boxes para caso de emergência.

 

04) Instalação de portas nos boxes.

  
Last Updated ( Sunday, 17 July 2016 17:30 )