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Santa Cruz do Sul - RS PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 07 August 2009 00:43

 

Os Nobres do Grid estão dando a largada para um projeto que deverá levar mais de um ano: Faremos um “Raio X” dos autódromos brasileiros que estão em condições de receber etapas de campeonatos nacionais e continentais.  

 

Nossa primeira visita ocorreu em maio, na cidade de Santa Cruz do Sul e a partir deste mês os nossos amigos e amigas que amam a velocidade poderão conhecer um pouco mais das nossas principais praças, com seus pontos positivos e negativos, com a palavra dos administradores e de quem frequenta suas instalações. 

 

 

A prefeitura vem trabalhando para melhorar o acesso ao autódromo... uma boa sinalização para quem for lá pela 1º vez.

 

O Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul fica a cerca de 17 Km da entrada da cidade, com um acesso asfaltado através das estradas da região. Alguns trevos não estão muito bem sinalizados, o que pode provocar dúvidas por parte dos que vierem pela primeira vez ao local. Contudo, como pudemos apurar junto ao secretário de turismo, esportes e lazer do município, o Sr. Sergio Kist, existe uma equipe grande trabalhando no momento na preparação do autódromo para a etapa da Stock Cars e para estar concluída antes da etapa da F. Truck, no dia 25 de outubro. Neste ínterim, o autódromo também receberá a 5º etapa do sulamericano de F3, no dia 13 de setembro, uma etapa do Brasileiro de Endurance, no dia 4 de outubro e uma etapa do trinômio GT3, Trofeo Maserati e Copa Clio no dia 11 de outubro. 

 

Dados técnicos: 

 

Extensão:                               3.530,7m                               

Largura:                                 12 a 15m                                

Superelevação:                       1,5 a 8%                                  

N° de Curvas:                         14 (7 à direita e 7 à esquerda)           

Maior raio de curva:              120m - Curva 12                    

Menor raio de curva:             29,93m - Curva 9                   

Maior reta:                             753m                                     

Áreas de escape:                     10 a 84m                                

Boxes:                                     21 - cada um com 96m² (8m x 12m)         

Instalações de serviço:          Torre de controle, ambulatório, central de serviços, heliponto, camarotes, parque fechado, docas para os caminhões das equipes, lanchonete, vestiário.

Instalações para o público:  Arquibancadas, restaurante, lanchonetes, sanitários, galpões cobertos churrasqueiras, posto médico.

 

As curvas (7 à direita e 7 à esquerda) incluem altíssima, média e baixa velocidades. Algumas curvas são feitas em mergulho cego, o que exige grande perícia e sangue-frio dos pilotos. A principal característica do circuito é a seletividade. As curvas do "S", a Ferradura e os "esses" de alta, requerem o máximo de habilidade por parte dos pilotos. A reta de 753 metros, vindo de uma curva em subida exige motor e a aproximação da curva 1 permite boas possibilidades de ultrapassagem. Inaugurado em 12 de junho de 2005, o autódromo provas das principais categorias automobilísticas do Brasil.  

 

ENTREVISTA COM O ADMINISTRADOR DO AUTÓDROMO. 

 

 

O Coordenador do Autódromo da cidade de Santa Cruz do Sul nos recebeu gentilmente e conversou abertamente conosco. 

 

Entrevistamos Sergio Kist, Coordenador do Autódromo e Assessor Jurídico da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer da Prefeitura de Santa Cruz do Sul e pudemos perceber a boa vontade da administração atual para com o autódromo. 

 

NdG:  Quais são os maiores desafios para se administrar bem um autódromo? 

 

Sérgio Kist:  No caso do nosso autódromo, o primeiro desafio é o fato dele ser um bem público, ou seja, depende de todos os trâmites administrativos da prefeitura para ser feito qualquer serviço, para se ter verba tudo tem que passar por licitação dentro dos estatutos da administração municipal, além de precisarmos de verbas estaduais e/ou federais para poder executar os serviços necessários à manutenção e as melhorias. 

 

 

As áreas de escape do autódromo tem uma boa área, propiciando um boa condição de segurança para os pilotos e o público.

 

NdG:  Então o autódromo é responsabilidade e propriedade do município... 

 

Sérgio Kist:  Sim. Ele é do município de Santa Cruz do Sul, administrado pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer. 

 

NdG:  E como é vista a relação, a existência do autódromo pelos demais seguimentos administrativos do município? A Prefeitura em si, a Câmara de Vereadores... 

 

Sérgio Kist:  A questão política é sempre complexa. O que posso dizer é que a administração atual, a Prefeitura é totalmente a favor da manutenção e da melhoria do autódromo, fazendo dele um pólo de atração e um centro de eventos para o município. O projeto do autódromo foi da gestão que se encerrou em 2004, contudo, não fomos nós que o inauguramos e algumas obras que seriam parte do projeto não chegaram a ser concluídas. Agora, com o nosso retorno, queremos retomar o projeto e fazer as obras que precisam ser feitas para completar e modernizar o complexo. Temos deputados na esfera federal trabalhando para que possamos receber mais recursos e temos o total comprometimento da Prefeita Kelly Moraes, para fazer do autódromo um bem útil à toda a comunidade. 

 

 

As zebras em Santa Cruz do Sul são boas e não são muito altas. Observamos algumas falhas no bom asfalto da pista.

 

NdG:  E quanto custa, por ano, ter um autódromo de nível internacional como é o de Santa Cruz do Sul? 

 

Sérgio Kist:  Como o autódromo foi construído na área do Parque de Eventos, nós temos como referência os custos do parque de eventos como um todo. Daí nós precisamos analisar com mais cuidado. Por exemplo: A conta de luz do parque de eventos, incluindo o autódromo, gira em torno de 22 mil reais. Quando temos um evento de grande porte como a Stock Cars, este valor quase triplica. Mas nos temos as contrapartidas que são a renda do aluguel do autódromo, dos espaços para o comércio, da arrecadação de impostos além da renda obtida com as escolas de pilotagem... 

 

NdG:  Bem, além da conta de luz, temos a de água, temos a zeladoria, a manutenção do autódromo e – no caso – do Parque de Eventos... no final, este custo chega a quanto? É possível ter um autódromo superavitário? 

 

A infraestrutura do autódromo carece de algumas melhorias. Os boxes são amplos mas o parque atrás dele é um ponto a melhorar. 

 

Sérgio Kist:  Como este esta sendo, efetivamente, o primeiro ano da administração, ainda não foi possível termos todos os dados de quanto vai custar manter o autódromo e quanto iremos conseguir entre verbas e retornos para afirmarmos se somos ou seremos superavitários ou não, principalmente por estarmos iniciando uma fase de obras no autódromo... 

 

NdG:  Sendo assim, a administração atual só poderá ter todos os dados algo como no final do 1º trimestre do próximo ano... 

 

Sérgio Kist:  Provavelmente sim. Aí poderemos ter um panorama do que teremos pela frente em vista do volume de investimentos que estão sendo feitos, dos que virão a ser feitos e do retorno para o município. 

 

NdG:  E a administração anterior? Eles não informaram para vocês se o autódromo estaria dando lucro ou prejuízo? 

 

Sérgio Kist:  Não... não nos passaram nada porque não houve transição. 

 

NdG:  Como o Sr. informou, algumas obras complementares estão sendo feitas no autódromo, que obras são essas? 

 

A prioridade dos esforços na preparação do autódromo foi a segurança: Tanto dos pilotos quanto do público. 

 

Sérgio Kist:  O maior volume é na parte de segurança. Com melhoria das áreas de escape e a eliminação de barrancos que eram praticamente como rampas e que constituíam um risco para os pilotos e para o público. Também teve a parte de marcação de pista, pinturas, marcação de boxes... Foi um volume de obras grande e que foi feito e para o qual pudemos contar com a ajuda do administrador do autódromo de Tarumã, o Marcio Pimentel, que é integrante da equipe técnica da CBA, e está coordenando este trabalho de manutenção e preparação para a etapa da Stock e par ficar como benefício para o autódromo. 

 

 

O acesso aos boxes é bem indicado e seguro... o pitlane poderia ser mais largo, mas não é ruim. 

 

NdG:  É mais que louvável que a administração do autódromo esteja dando tamanha importância a questão da segurança... mas é preciso que as medidas sejam realmente eficazes. Um exemplo disso foi o tivemos na abertura da F. Truck, onde mesmo com todos os cuidados que sabemos que eles tiveram, um acidente em particular com um dos caminhões transpondo a barreira de pneus e caindo em um plano mais baixo. Graças a Deus, uma área sem público. Sabemos que aqui em Santa Cruz este tipo de “problema topográfico” não existe... 

 

Sérgio Kist:  Não existe mais! Antes nós também tínhamos... não exatamente da mesma forma mas estes barrancos ‘rampeados’ que nós tínhamos, salvo engano foi em 2007, um acidente que houve que se o carro ficou pendurado na cerca de proteção. Se estivesse um pouco mais rápido teria passado a cerca e atingido o público. O bandeirinha teve que sair correndo para não ser atingido. 

 

NdG:  Além da parte automobilística, uma vez que o Sr. citou que o autódromo fica dentro do Parque de Eventos, além das corridas de motos, carros e caminhões, as instalações do autódromo são utilizadas para outros fins? 

 

Sérgio Kist:  Como estamos assumindo este ano, esta parte ainda está em estudos mas existe a intenção de vincular os eventos não apenas os ligados a área automobilística ao autódromo. Podemos usar a área do paddock para fazer feiras, queremos organizar passeios ciclísticos dentro do autódromo, fazer algo do tipo por as pessoas num ônibus e – com toda a segurança, claro – dar uma volta na pista que é uma coisa que atrai a curiosidade das pessoas e, pelo outro lado, quando houver estes eventos nacionais ou sulamericanos no autódromo nós levarmos a parte da cultura, das tradições, das coisas aqui da nossa região para este público que vem de fora e assim divulgar Santa Cruz do Sul. Além disso funciona no autódromo uma escola de pilotagem, temos os festivais amadores de arrancadas... o autódromo de Santa Cruz do Sul tem vida em seu dia a dia. 

 

As instalações da torre e do posto médico são excelentes... mas equipá-las fica ao encargo de quem alugar o autódromo. 

 

NdG:  Espetacular a idéia da prefeitura! Mas, voltando um pouco para o universo das corridas e em particular para a questão de segurança: Como é feito o suporte médico para pilotos e para o público quando de um evento? Não apenas um nacional, como é a Stock, mas para uma etapa do regional de automobilismo ou motociclismo. Quem fica responsável pelo que? 

 

Sérgio Kist:  Aqui em Santa Cruz do Sul, quem assume toda esta responsabilidade é a empresa que faz a locação do autódromo para a realização do evento. Ou seja, no caso da Stock, por exemplo, é a Vicar quem providencia. Helicóptero, segurança, ambulância... nós temos as instalações, o serviço é com eles. No caso da Stock, a Vicar, no caso das outras, quem for o organizador do evento. 

 

NdG:  O acesso ao autódromo está sendo recapeado, indicado... vimos que tem uma placa na entrada da cidade dizendo: Autódromo, 17 Km. Para o público local, como é feito este deslocamento?  

 

Sérgio Kist:  O normal é a Secretaria de Transportes solicitar para as empresas de transporte metropolitano o deslocamento de linhas do centro para o Parque de Eventos a fim de atender o deslocamento do público para o local. Para quem vem de fora, estamos trabalhando para que o acesso  também seja feito da forma mais fácil possível. 

 

NdG:  Qual é a capacidade do autódromo para recebimento de público. Quantas pessoas podem tomar as dependências. Como é a questão dos banheiros, lanchonetes... infraestrutura para o público? 

 

 

Uma vista geral do alto da torre. Ainda faltam uma estrutura melhor para o público, mas existe o compromisso para tal.

 

Sérgio Kist:  Banheiros fixos para o público nós não temos ainda. Conseguimos uma verba de 6 milhões de reais para este ano e para fazermos o asfaltamento de todas as vias de acesso ao autódromo, da via de entrada, para uma pista de emergência para saída de ambulâncias e isso nós queremos ter totalmente prontos para a etapa da F. Truck, dia 25 de outubro. Temos ainda o projeto da construção de arquibancadas fixas com infraestrutura de lancherias e banheiros. Por enquanto o que temos nestes eventos como a Stock é a montagem de arquibancadas pela Vicar ali na reta e os espaços em torno da pista as pessoas acampam e assistem a prova. 

 

NdG:  Esta coisa do torcedor que passa o final de semana no evento é extrema mente importante para enraizar na cultura o amor pelas corridas. Claro que ter arquibancadas é importante, infraestrutura é importante, mas dá para ter os dois?  

 

Sérgio Kist:  Sim, claro. A nossa intenção é que tenhamos os dois tipos de público.  Os Nobres do Grid assumiu o compromisso de voltar a Santa Cruz do Sul para ver os progressos da atual administração ao final da série de matérias sobre os autódromos brasileiros.  

 

 

 

Last Updated ( Monday, 31 August 2009 22:29 )