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Boas perspectivas para 2017! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Saturday, 28 January 2017 11:48

Início de ano, geralmente o automobilismo vive em férias das pistas e negociações nos bastidores. Porém, há os que atravessem o oceano e continentes para enfrentar desafios, enquanto seus companheiros de profissão estão a curtir o verão, ou inverno no hemisfério norte. E lá na terra de Jack Brabham, conhecida também como Nova Zelândia, rola o Toyota Racing Series. Com monopostos iguais para todos os participantes, apesar de contarem com 4 equipes distintas, os 20 jovens oriundos de diversas partes do globo enfrentam 5 finais de semana seguidos com rodadas triplas em diferentes autódromos. Apesar do país não ser tradicional em corridas de formulas, tem sido chamariz para intercâmbio de pilotos que buscam desenvolver suas carreiras.

 

Na atual temporada, o Brasil é representado por Pedro Piquet e Chris Hahn. Pedro, aliás, conquistou 3 pódios em 6 provas realizadas até o fechamento desta matéria, sendo uma vitória. Chris Hahn chegou para desafiar todas as novidades, junto com seu coach Alan Hellmeister, algo o qual Pedro pode melhor assimilar neste ano, pois já disputara o certame em outras ocasiões. E o garoto Hahn parece ter embalado, após duas provas no final do pelotão, alcançou o top10 no fechamento da primeira etapa tripla e seguiu assim no fim de semana seguinte.

 


Largada em Teretonga, todo mundo embolado. Piquet e Hahn estão por ali. Foto: Facebook/TRS

 

“O campeonato é completamente de outro nível do que eu estava acostumado, então estamos tendo de correr atrás do prejuízo aqui, mas temos boas referências, que ajudam muito! Muitos dos pilotos contra quem estou correndo tem currículos muito fortes. Tem gente da Red Bull Junior Team (o holandês Richard Verschoor, líder da temporada), Ferrari Academy (o piloto da casa Marcus Armstrong), campeões mundiais de kart, etc...” Como bem disse este que vos digita a matéria, é um campeonato extremamente internacional e com nomes de peso, no futuro. Apesar de ser recente, iniciado em 2005, o TRS revelou nomes como Mitch Evans, Lando Norris e o menino rico Lance Stroll (o que pegou o carro do Massa, e Massa sentou no do Bottas, porque o Bottas foi pra Mercedes e bla bla bla).

 


Chris Hahn no parque fechado, P8 na terceira prova do TRS 2017. Foto: Facebook

 

“O carro é bem diferente e manhoso, então também estamos correndo pra se adaptar quanto a isso, mas já estamos quase lá. As pistas até agora lembram algumas do Brasil, como cascavel ou campo grande. São estreitas, pouca área de escape, etc. não lembram muito as pistas europeias. O bom é que também estou tendo de me adaptar rápido a elas, temos poucos treinos e jogos de pneus antes de correr, algo que eu não estou acostumado, mas pode ser útil no futuro”. Por falar em Europa, Chris será mais um do esquadrão brasileiro a atravessar o Atlântico e invadir a Euro Formula Open. “O campeonato em si é bem legal e bem organizado, muito bom pra quem quer quilometragem de corrida. Sinto que estou ganhando muita experiência toda vez que saímos para a pista, que é o principal motivo pelo qual viemos, e também estamos nos divertindo bastante e conseguindo ótimos resultados na pista.”

 

No sábado, em corria disputada no seco, o bicampeão da F3 Brasil partiu em quarto e sustentou a posição nas 15 voltas da prova. Depois da bandeirada, o competidor que cruzou a linha de chegada em primeiro foi punido com 10s por queima de largada, o que promoveu Piquet ao pódio – seu segundo consecutivo em 2017. No domingo o dia amanheceu com chuva. Mas, alheio aos desafios do clima, Pedro saltou de segundo para a liderança logo na largada. Sustentou a ponta a prova toda, marcada por algumas intervenções do safety-car e também por uma bandeira vermelha.

 

Depois da vitória, ele alinhou o carro #5 em sétimo no grid para a corrida final, de 20 voltas. Preciso nas relargadas, o competidor da FIA F3 Euro fez duas ultrapassagens e recebeu a bandeira quadriculada em quinto.

 


Pedro e Nelson Piquet na Nova Zelândia. Foto: Reprodução/TRS

 

Voltando a falar de Pedro Piquet, aliás, voltou a vencer em território neozelandês. O retorno de Pedro Piquet ao palco de sua primeira vitória internacional foi bastante produtivo. O brasiliense de 18 anos de idade enfileirou três top5 na segunda rodada tripla do calendário: abriu os trabalhos com um terceiro lugar no sábado e, no domingo sob chuva, venceu a corrida 2 e terminou a prova final em quinto. Curiosamente, a vitória na segunda prova repetiu o script do ano passado. Foi nesta mesma pista, também na segunda corrida de 2016, que Pedro Piquet conquistou sua primeira vitória internacional. Com os pontos acumulados no segundo dos cinco fins de semana da temporada, Piquet subiu para terceiro lugar no campeonato.

 


Thiago Vivacqua encara o desafio da Euroformula em 2017 junto com uma legião de brasileiros. Foto: Reprodução/TRS

 

Lá na Europa, a sucessora da Formula 3 Espanhola receberá a legião brasileira, encabeçada por Matheus Iorio, campeão da F3 Brasil em 2016, Pedro Cardoso e Thiago Vivacqua, além do já citado Chris Hahn. Para Thiago, será o retorno ao continente europeu, onde correu em 3 anos seguidos nas categorias da Renault, regressando em 2016 para F3 Brasil. Antes de sair do Velho Continente, conseguiu o terceiro lugar na Formula Renault 2.0 Alps, em 2015. Além deles, vale lembrar de Sergio Sette Camara estreando na GP2 na equipe MP Motorsport, mas agora sem fazer parte da academia da Red Bull. Outro a chegar nos degraus da Formula 1 é Matheus Leist, campeão da F3 Britânica ano passado, impressionou nos testes pós-temporada na GP3, realizados no final da temporada passada em Abu Dhabi. O gaúcho fora presença constante no top-10, pilotando os carros das 3 principais equipes da categoria, além de ser o melhor novato. Ainda não confirmou onde estará em 2017, mas vaga na GP3 parece garantida, falta decidir o time a defender.

 

Carlos Cunha Filho, anteriormente relacionado para correr também na EuroFormula open, mudou seus planos para 2017 e a sequência de sua carreira. Irá para os EUA, com foco centrado na Formula Indy. Seu primeiro passo deverá ser na Pro Mazda, os detalhes estão sendo acertados e em breve o piloto confirmará equipe e a categoria a disputar neste ano na Terra do Tio Sam. 

 

Saudações de São Paulo,

 

Fabiano Esteves


Last Updated ( Monday, 30 January 2017 14:27 )