Olá leitores! Até que enfim as equipes de Fórmula Um apresentaram seus carros para a disputa da temporada 2017. Pudemos perceber uma quase onipresença da barbatana na cobertura do motor, os bicos estão com um “apêndice” dianteiro meio estranho (coisas do intrincado regulamento da categoria, mas ainda menos feio que a traseira dos carros da Indy), e uma incômoda (para mim) semelhança muito grande entre o design básico dos carros. Exceto a Mercedes e a Ferrari, se os carros fossem pintados todos na mesma cor seria difícil diferenciá-los. O primeiro a ser apresentado foi o Sauber C36, que tem uma pintura que lembra muito as últimas Ligier antes da equipe falir. Que a pintura não traga maus fluidos... o mesmo pode ser dito a respeito da McLaren, que apresentou uma pintura laranja e preta no MCL32 (sim, a denominação da Era Ron Dennis, MP4, memória de quando a equipe de F-2 dele chamada Project 4 comprou a McLaren, foi aposentada) que lembrou a velha Arrows, também antes da falência. A Renault continua com a tradicional pintura amarela e preta, agora mais preta que amarela, e não gostei muito do resultado no R.S.17. Se andar bem, claro que a aparência será o de menor importância... a Force India fez uma singela homenagem ao presidente Trump e montou uma barbatana em forma de muro cinza na traseira, aproveitando para homenagear também o prefeito de São Paulo. Também é do VJM10 a “primazia” de ter o bico mais feio da temporada, ressuscitando aquele degrau esquisito que apareceu alguns anos atrás. Como foram os únicos a adotar esse bico, ou descobriram um “ovo de Colombo” ou será um clamoroso fracasso... Quem pode ter encontrado esse ovo foi a Mercedes, que apresentou seu carro W08 sem barbatana. Ou podem apenas estar escondendo o jogo, como a Williams fez no FW40, com uma pré apresentação do carro com uma barbatana discreta e posteriormente, na apresentação oficial, o carro tinha uma barbatana grande como os outros. No mundo dos energéticos, a matriz Red Bull continua com pintura tosca, digo, fosca, no seu RB13. Segundo os designers da marca isso ressalta o nome do patrocinador (no caso, eles mesmos). Enfim... preferi a pintura da filial Toro Rosso, que veio com pintura azul metálico com o touro e a marca em prateado. Mais bonito e mais visível, em minha opinião. A Ferrari apresentou um SF70H com uma pintura muito elegante na barbatana e com os sidepods mais exóticos da pré temporada. Se com aquele desenho estranho eles conseguirem melhor aderência, a tendência é que se copie... o que deve ser desastroso para os olhos dos espectadores, já que a eficiência aerodinâmica (ao menos teórica) é bastante feia. Do outro lado, o carro da Haas (batizado de VF-17) ficou muito bonito. Se andar o quanto é belo, pode virar figura constante no pódio. Eles conseguiram fazer um carro cinza ratazana (que é uma cor que abomino) e vermelho ficar chique. Estão de parabéns. E nesse final de semana começou o Mundial de Superbike, na belíssima pista de Phillip Island, com o atual campeão Jonathan Rea defendendo seu título vencendo as duas corridas da etapa inaugural, sendo seguido na 1ª prova por Chaz Davies em 2º e Tom Sykes em 3º, e na 2ª prova pelo mesmo Chaz Davies em segundo e Marco Melandri em 3º. Também começou oficialmente a temporada da NASCAR, e pelo que vi da corrida, apesar de o novo regulamento de pontuação ser complicado, na prática os pilotos tornaram a corrida muito, muito interessante. Aquela pontuação para os 10 primeiros ao final do primeiro e segundo terços da corrida tornou a prova muito emocionante, e a nova regra que não permite consertos que levem mais de 5 minutos tirou um bocado de gente boa da corrida (dos 40 que largaram, apenas 25 receberam a bandeirada). Uma das melhores edições que já vi. A vitória ficou com Kurt Busch, que finalmente venceu após ficar 3 vezes em segundo lugar, seguido por um Top 5 realmente inusitado: Ryan Blaney em 2º com o carro da Wood Brothers, A.J. Allmendinger em 3º pela pequena equipe JTG Daugherty, Aric Almirola com o carro #43 de Richard Petty em 4º e Paul Menard (Richard Childress) em 5º. Até a próxima! Alexandre Bianchini |