Olá leitores! Muito bom quando chega essa época do ano em que as atividades automobilísticas retornam... tivemos NASCAR com as três categorias esse final de semana, os testes de pré temporada da F-1, e o brasileiro Pipo Derani fez um belo teste com o carro da Schmidt Peterson na Indy. Vamos começar falando do brasileiro, que fez testes no circuito de Sebring com o carro de Indy e surpreendeu o corpo técnico da equipe pela rápida adaptação ao monoposto e pela integração obtida com os engenheiros. Tanto ele como os cabeças da equipe avaliaram como positiva a experiência, e acredito que haveria uma chance de ele correr bem na categoria... lembremos que, apesar da longevidade dos pilotos na Indy ser maior que na F-1, os dois brasileiros que lá correm já estão chegando a uma idade em que pode ser mais complicado enfrentar os pilotos mais jovens, e é necessário aparecer gente nova para que a presença brasileira na categoria não desapareça. Como Pipo tem apenas 23 anos, seria de grande valia para a categoria um piloto jovem e talentoso aparecendo por lá. Claro que aí vamos entrar no velho problema, a Schmidt é uma equipe de menos recursos, ele provavelmente precisaria entrar com patrocinadores, e nesse ponto é onde quase todo piloto brasileiro está se dando mal lá fora. Enfim, acho que valeu pela experiência. Quem sabe esse resultado não resulta em um convite onde ele não precisasse entrar com dinheiro... sonhar AINDA é de graça. Ainda nos EUA, sábado tivemos as corridas da Xfinity e da Camping World Truck Series. Nas picapes, vitória do ótimo Christopher Bell, que por sinal largou da pole, seguido por Matt Crafton (outro de pé direito pesadíssimo) em 2º, Johnny Sauter em 3º (esse estava em um bom dia...), Ben Rhodes em 4º e Chase Elliott em 5º (sim, aquele que está com o carro #24 que era do Jeff Gordon...). Na Xfinity, em uma prova não exatamente emocionante, que teve momentos mais agitados nas relargadas mas que no geral não fez o espectador grudar na TV, vitória do Kyle Busch, que segurou bem as investidas do Brad Keselowski nas voltas finais. Em 3º veio o garoto Kyle Larson, em 4º Kevin Harvick (que começou muito bem a prova, mas depois não teve o carro tão bom no final) e em 5º Elliot Sadler. No domingo, a prova principal da NASCAR (lembrando que agora não é mais Sprint Cup, é Monster Energy Cup) teve como vencedor o Brad Keselowski, que conseguiu superar até uma parada nos boxes mal feita (é, até a equipe Penske pisa na bola de vez em quando) para ser o vencedor da corrida. Aliás, uma senhora corrida, talvez ajudada pela abrasividade do asfalto de Atlanta e certamente muito melhorada em relação aos anos anteriores pela nova regra da categoria, com pontuação para os 10 primeiros ao fim do 1º e do 2º terços da corrida. O pessoal está dirigindo boa parte da prova com a faca entre os dentes, e para o público isso é muito bom. Não sei como será na prova mais longa da categoria, as 600 milhas de Charlotte, mas o prognóstico é bom. Em 2º chegou Kyle Larson, em 3º Matt Kenseth (alguém tinha que fazer as honras da equipe de Joe Gibbs), em 4º Kasey Kahne e completando o Top 5 veio Chase Elliott. Parece que o garoto gostou de ser o quinto colocado... Agora indo para a Europa, os testes de pneus na pista de Barcelona terminaram com a Ferrari na frente. Como torcedor da equipe italiana desde a segunda metade dos anos 70, não canso de lembrar que nos testes de pré temporada nos anos 80 e mesmo nos 90 a Ferrari volta e meia era a mais rápida, o pessoal ficava confiante, e depois durante a temporada acabava ficando para trás. Muita, mas muita calma nessa hora. O próprio Kimi pediu para as pessoas não se empolgarem muito... enfim, parece que o carro nasceu melhor que os últimos, já que o Vettel andou menos “azedo” nas entrevistas, o que já é um bom sinal. A Mercedes também está com um carro bem consistente, mas o que causou certa estranheza nesse vosso escriba é que a Red Bull andou abaixo do esperado. Ou estão “escondendo o jogo”, ou o carro tem algum problema que eles estão trabalhando para corrigir antes do começo da temporada. O motor andou atravancando a vida também da McLaren, que irritou – de novo – o Alonso, talvez arrependido de não aceitar o convite que dizem que ele recebeu da Mercedes... uma coisa que me agradou foram os pneus de chuva, parece que esse ano a Pirelli contratou engenheiros para desenhar os sulcos do pneu, ao invés do estilista de moda que usaram em 2015 e 2016 (aqueles sulcos curvos eram muito estéticos, mas não via aquele negócio funcionando para a função que deveriam ter, ou seja, retirar a água da pista), e pelo jeito o desempenho deles no molhado é melhor que os passados. Esse final de semana fez 40 anos de um dos acidentes mais estúpidos da história da F-1, aquele que matou Tom Pryce no GP da África do Sul. Hora de relembrarmos as tragédias do passado para evitar que novas aconteçam. Felizmente a cobertura de TV da época era bem menos completa que hoje, atualmente teríamos cenas de arrepiar os cabelos se aquilo se repetisse. Até a próxima! Alexandre Bianchini
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