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Quando se perde a história, perde-se o futuro PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 12 June 2017 01:11

Há poucos dias o Brasil, que é um País que pouco ou quase nada liga para sua história, especialmente a esportiva, deu mais uma demonstração desse descaso ao constatar que os restos mortais do ex-jogador de futebol Mané Garrincha tinham desaparecido do cemitério onde foi enterrado. Inaceitável para qualquer pessoa, especialmente para quem foi chamado de Alegria do Povo devido aos seus dribles sensacionais que deixavam loucos seus marcadores no Botafogo e na seleção brasileira.

 

Isso, guardadas as devidas proporções, me remeteu ao imbróglio entre a Fórmula Truck e a Copa Truck. Essa divisão entre os principais pilotos e a organizadora da categoria foi prejudicial a todos e aí ficaram para trás mais de duas décadas de história. Recordes de vitórias, de poles, títulos e tudo o mais voltaram à estaca zero. Tudo que era motivo de orgulho ficou no passado.

 

Agora, na Copa Truck, Roberval Andrade venceu a primeira corrida e Beto Monteiro a segunda. Para dizer que são bicampeões é preciso explicar que isso aconteceu em outra categoria, a mesma que transferiu sua quarta etapa do dia 4 para o próximo dia 18. Um amigo de Cascavel me ligou perguntando o que estava acontecendo, pois o tempo não era dos melhores, mas a corrida poderia acontecer sem problema. Depois, fiquei sabendo que a entrada do autódromo, por onde passam as carretas, estava impraticável. Total falta de informação principalmente para os fãs, a razão de ser das duas categorias.

 

Grid da Copa Truck na etapa de Campo Grande.

 

Voltando à perda da história, quando Felipe Giaffone e Wellington Cirino estrearem, como se espera em Campo Grande no próximo dia 11, eles serão somente dois pilotos. Perderam o status de tetracampeões da Fórmula Truck. Disse e repito: nessa briga de dois tivemos os dois saindo como perdedores. Ninguém, mas ninguém mesmo, ganhou nada.

 

Pódio da Etapa da Fórmula Truck em Londrina.

 

Um fato que marcou a terceira etapa da Fórmula Truck, em Londrina, foi o diálogo, ou seria monólogo, entre Paulo Salustiano, o vencedor que, claramente, teve de deixar de acelerar para não deixar a vantagem absurda, e o segundo colocado Alex Fabiano. GG, como gosta de ser chamado, estava no seu primeiro pódio beijando o troféu e teria dito que este seria o primeiro de muitos outros. Salu viu a cena e, com sua sinceridade peculiar, sapecou uma frase que deixou GG desacorsoado. Experiente, Salu colocou a mão na frente da boca para evitar a leitura labial. Só ele e GG sabem o que foi dito, mas com certeza não alegrou o Gordinho Gostoso.

 

A situação me leva a comentar sobre a situação da luta: Truck x Truck. No último dia 14 de junho (ontem), depois de ter transferido do dia 4 para o dia 18 a quarta etapa da triste e moribunda 22ª temporada a Fórmula Truck cancelou a prova. A corrida, que seria realizada em Cascavel, teve a data modificada sob a alegação de muitas chuvas na cidade do Oeste paranaense.

 

No final da tarde do dia 14 de junho a Assessoria de Imprensa da F. Truck divulgou este email acima.

 

Se a desculpa colou para algumas pessoas, para quem entende do assunto, não serviu. Descontados os problemas para as carretas entrarem no Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel, já se sabia que estava bem difícil para Neusa Navarro manter em pé a categoria criada por seu marido, o falecido Aurélio Batista Félix. O anúncio feito pela própria categoria foi triste e não se sabe se Neusa Navarro terá força financeira e de pessoal suficientes para realizar outras corridas nesta temporada.

 

Enquanto um braço da Truck sofre, o outro nada a largas braçadas. No final de semana do dia 11 de junho aconteceu em Campo Grande a segunda rodada das várias que a Copa Truck vai promover neste ano. O motivo de ter copas Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste é a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) ter dado o direito de usar o nome Campeonato Brasileiro a Neusa Navarro. Vale lembrar que este direito se encerra no final de 2017. Ou antes mesmo, caso se confirmem as previsões pessimistas sobre a continuidade da Fórmula Truck.

 

Na Copa Truck, que nesta segunda rodada contou com 21 pilotos alinhados no grid, Beto Monteiro se tornou o primeiro campeão da Copa Centro-Oeste. No entanto, Felipe Giaffone, que conquistou quatro títulos na F Truck, tem tudo para dar um banho, como fez em Campo Grande, no restante da temporada. Além de ser muito equilibrado como piloto, Felipe tem a vantagem de se encaixar perfeitamente com o caminhão Volkswagen.

 

Beto Monteiro conquistou a Copa Truck Centro-Oeste. Agora a disputa segue para o Nordeste do país.

 

Na briga Truck x Truck, reitero que todos perdem, principalmente Paulo Salustiano, o único piloto de alto nível a se manter fiel a Neusa Navarro. Salu recebeu convites para correr na Copa Truck, mas recusou por vários motivos. Seu sangue de piloto o instiga a enfrentar adversários do seu padrão e não contra alguns que estão bem longe da Primeira Divisão do automobilismo nacional.

 

Salu tem de se decidir se continua na F Truck ou se vai para a Copa Truck. No entanto, nesta terceira etapa, marcada para dia 8 de julho em Caruaru, Pernambuco, ele precisa ver se ainda terá um cockpit competitivo para sentar e acelerar.

 

 

Milton Alves


Last Updated ( Wednesday, 14 June 2017 23:56 )