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CHEVROLET ABSOLUTA 500: A terra da diversidade técnica PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 02 August 2017 02:12

Olá pessoal!

 

Aqui estamos, mais uma vez, invadindo o site dos Nobres do Grid, para outra cobertura das provas automobilísticas do país. E, assumo cobertura de endurance para mim, sempre toca muito o coração.

 

Após minhas andanças anteriores para o Sul, e após ver os melhores protótipos do país se digladiando mais de uma vez no Velocittá nas duas “500 km de São Paulo” que tive a honra de presenciar (ambas graças ao Nobres do Grid), confesso que um pensamento me passou pela cabeça em mais de uma oportunidade: O que seria ver tais carros, pilotos e equipes no mais importante circuito do país, e mais antigo do continente. Poder ver MR18, MCR, MRX e outros protótipos em suas mais diversas motorizações, junto dos vários GT e dos carros montados em cima dos chassis de Stock Car (como o Chevrolet Cobalt da Absoluta Racing e o Dodge Challenger de André Carrilo), descendo S do Senna, subindo Laranjinha, contornando o miolo, e rodando rápido na pista. Rápido MESMO. Abaixo de 1minuto e 35 segundos por volta.

 

Mais, resgatando em Interlagos uma vocação de provas de longa duração que, todos sabemos, sobra na pista, desde os tempos das primeiras provas desse tipo, realizadas nos anos 50. Com grid cheio, trecho noturno, e todos os ingredientes que trazem o automobilismo que mais aprecio. E sei que não é só a mim.

 


MCR GrandAm-Lamborghini e Lamborghini Gallardo GT3. No mesmo box, no mesmo grid

 

Então, foi como um sonho realizado poder ver tudo isso acontecendo no ultimo fim-de-semana de julho aqui em Interlagos, através da CHEVROLET ABSOLUTA 500, prova de 500 quilômetros, 3ª Etapa do Campeonato Brasileiro Dopamina de Endurance. Aliás, por si só, vermos um Campeonato Brasileiro de Endurance já é algo ótimo.

 

Falando na diversidade de equipamentos, podemos dizer sem muitas duvidas que dificilmente se vêem tantos conjuntos diferentes num mesmo grid. E isso acontece até mesmo em algo muito familiar a mim, dada a minha profissão: sistemas de alimentação/ gerenciamento de motor e transmissão. Sim, eletrônica na transmissão também! Podemos falar abertamente que, hoje, temos protótipos usando paddle-shift, também conhecida por “troca de marcha por borboleta” os quais, apesar de usarem eletrônica e hardware importado (Hewland, inglês), são montados em automóveis produzidos e desenvolvidos no Brasil.

 

Acertando a HIS de um protótipo Spyder vindo do Paraná.

 

E sobre o gerenciamento e alimentação dos motores? Aí, se vê de tudo um pouco. E, misturada com a eletrônica utilizada nos GT (Normalmente desenvolvida na própria fabrica do veiculo) e em alguns carros como os Linea (Magneti Marelli), muitas soluções 100% brasileiras. Já é um fato aceito em várias partes do mundo termos sistemas eletrônicos desenvolvidos e montados inteiramente no Brasil que demonstram alta capacidade de acertos e confiabilidade absoluta. Nesse campo, vemos protótipos usando soluções de empresas como HIS, Fueltech e PROTUNE. Aliás, a essa ultima empresa cabe certo destaque, primeiro por desenvolver produtos em parceria com algumas equipes do campeonato (como a MC Tubarão), e segundo por muitos produtos já serem utilizados em substituição à soluções vindas de fora do Brasil, como os produtos da MoTeC ,empresa australiana e referência mundial.

 

Na caixa prateada com adesivo MC Tubarão, podemos ver o modulo eletrônico do protótipo de Tiel Andrade/ Franco Pasquale.

 

Massssss... E o carburador? Sim, ainda tem seu espaço, basicamente utilizado nos grandes motores V8, de capacidade cubica acima dos 5 litros. E, mais interessante, utilizando o já mais que conhecido distribuidor para fornecer às velas dos 8 cilindros a faísca necessária para a queima da mistura ar/combustível desses motores.

 

Quadrijet e distribuidor. E debitam boa potencia, facilmente mais de 400 cv.

 

Bom, tantas diferenças e possibilidades... e as provas ainda são emocionantes, disputadas e boas tecnicamente. O automobilismo de longa duração, em caráter nacional, renasceu, e ao que parece, é um renascimento que tem raízes profundas e uma base muito boa. Especialmente se pensarmos que, com a atual fase que encontra-se o país, um grid tão cheio e qualificado, é algo digno de comemorar.

 

Até mais, e sempre de pé embaixo!

 

Milton Rubinho

 


Last Updated ( Wednesday, 02 August 2017 02:23 )