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Coluna 200... comemorações e decepções PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 15 October 2017 22:48

Olá leitores!

 

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer, em minha duocentésima coluna redigida nesse site, a todos que me agraciam com a leitura nessa oportunidade que tenho de me dirigir às vossas senhorias passando as minhas impressões a respeito do que acontece de interessante no esporte a motor, não exatamente com rigor técnico, mas com paixão por aquilo que escrevo. Desde que comecei a assinar a coluna, o número médio de leitores cresceu mais de 50%, o que me diz que devo estar no caminho correto. A todos vós, muito obrigado e um enorme abraço.

 

Este final de semana aconteceu a etapa final do DTM, com um resultado (para mim) surpreendente: enquanto há algumas etapas poder-se-ia dar como favorito ao título o experiente Mattias Ekström, as últimas etapas mostraram que “o campeonato só termina quando acaba”. Sem grande alarde, René Rast (em sua primeira temporada completa na categoria) foi subindo na pontuação, garantindo pontos em corridas onde os outros postulantes tinham problemas ou erravam, e chegou à rodada dupla de Hockenheim com boas chances de ser campeão. Na corrida do sábado, que estava em ritmo de treino livre, tamanha a falta de empolgação do pessoal ao volante, vitória do Jamie Green, que foi dos poucos que se dispuseram a fazer alguma coisa em prol do pessoal que pagou ingresso e estava assistindo a corrida nas arquibancadas e protagonizou uma disputa de posição mais intensa com o Timo Glock, levando a melhor e fazendo os diretores da marca de Ingolstad abrirem sorrisos. Para completar a alegria do pessoal das 4 argolas, o 2º colocado também foi Audi, no caso Mike Rockenfeller, que na parte final da corrida também passou Glock, deixando o piloto da BMW com um terceiro lugar de consolação e um sorriso meio amarelo no pódio. Na luta pelo título, Rast terminou em 6º e Ekström não pontuou. O sueco ainda estava na liderança, e dependia apenas de si mesmo, mas... chegou a etapa do domingo, e por conta do regulamento desportivo “politicamente correto” os outros dois postulantes ao título largariam lá atrás, por conta de punições recebidas por “atitude antidesportiva”: foi a 5ª advertência do ano para Jamie Green (menos 10 posições em relação à posição de classificação) e a 3ª do Ekström (menos 5 posições no grid). Parece que teve dedo brasileiro nesse regulamento... enfim, domingo o campeão de 2016 Marco Wittmann (BMW) se despediu da temporada com uma vitória, por sinal sua primeira essa temporada. E em segundo lugar chegou... René Rast (Audi), que com esse resultado ultrapassou em 3 pontos o Mattias Ekström, que não passou de um magro 8º lugar, pouco menos de 1 segundo atrás do brasileiro Augusto Farfus, que igualou seu segundo melhor resultado nesse ano de vacas magérrimas e péssimos resultados. Que 2018 venha com mais sorte, pois 2017 foi um dos piores anos dele desde que me lembro. Em 3º lugar chegou Mike Rockenfeller, que com a soma de resultados do final de semana conseguiu garantir seu 4º lugar na classificação do campeonato. Após a prova o Ekström postou uma foto no Instagram na qual ele foi flagrado olhando com inveja para o troféu de campeão e, pelo texto, não estava exatamente feliz com o vice campeonato... mas é a vida. Ano que vem tem mais.

 

Na madrugada do domingo aconteceu o GP do Japão de MotoGP, e que corrida! Com uma daquelas chuvas que fariam o pessoal da F-1 se esconder nos boxes ou atrás do safety-car, os pilotos que se dão bem na chuva fizeram a festa, com destaque para Andrea Dovizioso, que protagonizou uma das grandes corridas de sua vida, largando em 9º lugar e passando os adversários um a um até alcançar Márquez (que teve como pior posição na corrida toda o 3º lugar de onde largou) e o ultrapassar na última volta, com o espanhol tentando uma manobra mais ousada na última curva (como tentou na Áustria) e levando o X do italiano (como também aconteceu na Áustria), que com isso alcançou sua 5ª vitória no ano. Simplesmente estupendo o que o Dovi fez nessa corrida. Em 2º ficou Marc Márquez, com um sorriso meio amarelo mas sem baixar a crista jamais – afinal, ele procura passar a imagem de inabalável na busca pelo título... em 3º, bem longe dos dois primeiros (pouco mais de 10 segundos de desvantagem), chegou Danilo Petrucci, que no começo da corrida até disputou mais intensamente a liderança, mas depois foi perdendo terreno debaixo daquele aguaceiro todo. Mais uma corrida difícil para a Yamaha, que teve como melhor resultado a pole do Johann Zarco (da satélite Tech3) e no final o próprio Zarco cruzou a bandeirada em 8º lugar, atrás das duas Ducatis do pódio, 2 Suzukis (4º e 5º, Iannone e Rins), a Ducati do Lorenzo em 6º e da Aprilia do Aleix Espargaró em 7º. Viñales foi apenas o 9º e Rossi caiu, aparentemente sem prejudicar mais ainda a perna ainda fraturada, já que saiu andando do local da queda.

 

Também tivemos Copa Truck em Tarumã, único circuito de alta velocidade do Brasil, o País da Pista Travada (ops, “traçado seletivo”, como preferem os acionistas das fábricas de pastilhas de freio). Na primeira corrida, vitória de Danilo Dirani (Scania), seguido pelos VW-MAN de Felipe Giaffone e Paulo Salustiano em 2º e 3º lugares, com os Iveco de Roberval Andrade e Beto Monteiro em 4º e 5º lugares. Aliás, grande resultado para Beto Monteiro, que teve um belo acidente nos treinos e a equipe trabalhou duro para colocar o caminhão em condições de correr novamente. Na segunda corrida, largando com grid invertido para os 8 primeiros colocados, vitória do garoto Witold Ramasauskas (como apanho para escrever esse sobrenome...) em sua estreia com o caminhão MAN, a convite do Renato Martins, chefe da equipe. Na relargada após a longa bandeira amarela que durou praticamente meia corrida, ele perdeu a liderança para Paulo Salustiano, mas esse recebeu uma punição de drive-through da direção de prova por queima de largada e não a cumpriu, sendo desclassificado da prova. Claro que depois da prova ele reclamou muito, mas regras são regras... se você toma uma punição e não cumpre, não tem o que ficar reclamando da desclassificação depois. Em 2º lugar terminou Roberval Andrade, em 3º Felipe Giaffone, em 4º Adalberto Jardim (VW) e em 5º Débora Rodrigues, também de VW. Com essa combinação de resultados, Giaffone sai como líder da Copa Sul/Sudeste, que teve uma corrida no Sul (Tarumã) e terá outra no Sudeste (17/12, em Interlagos, se o Dória não fizer nenhuma caca com o autódromo até lá).

 

Por fim, tivemos a tradicional etapa de Talladega da NASCAR, que mais uma vez o fã brasileiro não assistiu, pois a “maravilhosa” Fox Sports Brasil achou que o brasileiro se importa com futebol argentino e não transmitiu a corrida. Tem pessoas e emissoras que não se pode elogiar: semana passada elogiei merecidamente o canal pela transmissão da prova final da Weathertech Series, e essa semana eles aprontam uma dessas... não sei se é incompetência, falta de noção, tudo isso junto, o que sei é que acho pouco provável que o pessoal da matriz da Fox nos EUA faça alguma ideia do que os subordinados aqui no Brasil estão fazendo. Duvido publicamente que a matriz saiba o que acontece aqui. Enfim... ainda bem que existe internet. E a vitória ficou com Brad Keselowski, que foi o grande beneficiado entre os pilotos que lutam pelo título, até por não ter se envolvido no “Big One” a 18 voltas do final que tirou 6 dos 12 pilotos que disputam nessa fase dos Playoffs e que causou a primeira bandeira vermelha da prova. Posteriormente mais outras duas aconteceram, com o total de 10 pilotos nos Playoffs fora da prova. Quase um “Carmageddon”... Keselowski venceu o primeiro segmento, enquanto Ryan Blaney venceu o segundo. Atrás de Brad na bandeirada final chegaram Ryan Newman em 2º, Trevor Bayne em 3º (com o carro bem remendado, diga-se de passagem), Joey Logano em 4º e Aric Almirola fechando o Top-5 com o carro #43 da equipe do Richard Petty. O ídolo local Dale Jr. terminou em 7º, após ganhar de presente um carro que foi do seu pai.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini