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Um penta, um tetra, um quase PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 29 October 2017 23:49

Olá leitores!

 

E o campeonato de 2017 acabou! O mais novo membro do rol de tetracampeões da categoria é o inglês Lewis Hamilton, título conquistado com antecedência e que transformou as últimas duas provas em etapas para cumprir tabela e definir o resto da pontuação.

 

Vitória mais ou menos previsível de Max Verstappen, afinal a Red Bull demitiu (de novo...) o Daniil Kvyat, assim como já tinha feito antes das 2 vitórias anteriores do Max. Recapitulando: quando Kvyat foi demitido da Red Bull e foi rebaixado para a Toro Rosso, Max teve sua primeira vitória; quando ele foi demitido da Toro Rosso, Max venceu pela 2ª vez. E agora que o russo foi demitido do programa de pilotos da Red Bull, terceira do Verstappinho. Largada muito boa, muito vigoroso na disputa contra Vettel, e depois uma liderança tranquila. Venceu e convenceu. Seu companheiro Daniel Ricciardo (20º) nem teve tempo de fazer muita coisa, o motor Renault (olha só o que te aguarda, Alonso...) quebrou de novo cedo.

 

Em 2º chegou Valtteri Bottas, que não conseguiu acompanhar o jovem holandês e nem foi ameaçado pelo velho compatriota que vinha atrás dele, tendo alguma emoção apenas quando dava volta sobre retardatários. Em compensação, seu companheiro Lewis Hamilton (9º) atingiu seu grande momento de glória conquistando mais um título após uma corrida das mais difíceis: após ter o pneu furado em disputa de posição com Vettel, voltou em último e por lá ficou até o tanque do carro começar a esvaziar e o comportamento na pista melhorar – além de ter protagonizado uma bela disputa com Alonso nas voltas finais. Soube aproveitar com majestade os erros do rival Vettel e conquistou com méritos o quarto título.

 

Em 3º chegou Kimi Räikkönen, que fez uma das suas corridas mais apagadas, largando mal e depois ficando isolado em 3º, chegando mais de meio minuto atrás do Bottas. Seu companheiro Sebastian Vettel terminou em 4º após se enroscar todo no começo da corrida, cair para o fundo e vir escalando o pelotão. Avançou, mas não o suficiente... justiça seja feita, ele não perdeu o campeonato aqui, ele começou a perder em Spa.

 

Em 5º chegou Esteban Ocon, que fez uma grande corrida e deixou um gostinho amargo na boca da torcida mexicana chegando à frente do companheiro de equipe e herói local Sérgio Pérez (7º). Ocon foi hostilizado a ponto de ter que andar com seguranças para os torcedores não o agredirem... ridículo, e foi bem merecido que ele chegou na frente do Pérez.

 

Em 6º terminou Lance Stroll, que fez uma corrida bastante consistente com seu Williams, e agora passou na pontuação do campeonato seu experiente companheiro Miojinho, digo, Massa, que em mais uma atuação LAMENtável (não perderia por nada o trocadilho...) cruzou a bandeirada em 11º lugar...

 

8º foi Kevin Magnussen, apresentando um desempenho bem razoável para a Haas, participando de algumas disputas de posição interessantes, inclusive conseguiu resistir à pressão do Alonso e do Hamilton – e esse é um belo cartão de visitas, convenhamos. Seu companheiro Grosjean (15º) não conseguiu obter um bom desempenho, e foi o último a receber a quadriculada.

 

Em 10º lugar acabou Fernando Alonso, que definitivamente se divertiu muito nessa corrida, disputando posições do começo ao final da prova. Ótimo piloto, com péssimo comportamento em equipe e um carro muito fraco. Seu companheiro Vandoorne não passou de 12º lugar.

 

Agora teremos o GP do Brasil, 12/11, mais comemoração do Hamilton que qualquer outra coisa. Que tenhamos uma grande corrida, ao menos.

 

Tivemos a etapa de Martinsville da NASCAR, onde o Odiadinho da América (Kyle Busch, o piloto preferido desse vosso escriba entre os “normais”, já que Jimmie Johnson é um ET) fez um belo trabalho e carimbou sua passagem para a decisão em Homestead dia 19/11, fazendo praticamente uma “prova de arrancada” da última curva até a linha de chegada com Martin Truex Jr., ainda líder da pontuação nos Playoffs e que continua sem vencer em ovais curtos. Aliás, por falar nesse final de corrida, os ânimos esquentaram entre Chase Elliott e Denny Hamlin, já que a 4 voltas da bandeirada esse último se apoiou na traseira do primeiro na freada da curva 3 e o mandou para o muro. O garoto (compreensivelmente) ficou muito p... da vida dentro do macacão e reclamou muito após a bandeirada. Hamlin depois se desculpou pelo Twitter, dizendo que “desde os 7 anos já largou em cerca de 10 mil corridas e foi a primeira vez que bateu no líder”, e que espera que “os jovens que estão começando a correr não achem que aquilo é uma manobra normal”, mas não tenho certeza que Chase digeriu bem a desculpa... ou pelo menos até terça-feira acho que não engole. O fato é que o castigo veio rápido: Hamlin relargou na pole, mas espalhou na primeira curva permitindo que Kyle Busch viesse por dentro na curva seguinte, e foi o causador do “strike” da bandeirada atrás dos líderes, caindo para 7ª posição. Em 3º chegou Clint Bowyer, em 4º Brad Keselowski (que venceu o primeiro e o segundo segmentos, mas não foi tão bem assim nas voltas finais) e fechando o Top-5 apareceu Kevin Harvick. Próximo final de semana será no Texas, pista de 1,5 milha onde (pela lógica...) deve dar Truex Jr., depois dia 12 (um dia após meu aniversário) a decisão de quem vai disputar o título em Phoenix, corrida essa onde geralmente os ânimos ficam tão quentes quanto o Sol do deserto que cerca a pista... esperemos, a temporada promete. E espero que o Fox Futebol não fique passando VT de Campeonato de Futebol ao invés de corrida de NASCAR, já que a muleta do “veja pelo aplicativo Fox” me fez perder meia hora esse domingo e não consegui configurar direito essa porcaria na Smart TV, desisti e fui em busca dos links de streaming. Lamentável, sofrível, e repito: duvido que a matriz da Fox saiba o LIXO que vocês fazem aqui no Brasil.

 

Tivemos a prova da Malásia de MotoGP, com a vitória do Andrea Dovizioso adiando a decisão do título para a última corrida em Valencia... mas vai ser difícil: além da torcida, Márquez tem a seu favor 21 pontos, quando uma vitória rende 25... as chances matemáticas existem, mas seria necessário uma hecatombe para o pequeno espanhol perder o título. Jorge Lorenzo esteve muito próximo de sua primeira vitória pela Ducati, mas entrou muito rápido na curva 15 do circuito, teve de alargar a trajetória e Dovi assumiu a ponta. De qualquer maneira, uma dobradinha no pódio deve ter feito muita gente comemorar sem fim lá na fábrica italiana. Em 3º terminou Johan Zarco, que fez uma corrida estupenda, chegando 9 segundos atrás de Lorenzo mas 8 à frente de Márquez... sim, o garoto acelerou muito na pista molhada com a Yamaha da Tech3. Já as máquinas oficiais ficaram em 7º com “il Dottore” e 9º com o Maverick.

 

E outra categoria que também tem campeão antecipado é o WRC, onde após muitos anos um Ford voltou a ser o carro campeão: foi com o Fiesta da M-Sport (do competentíssimo Malcolm Wilson) que o francês Sébastien Ogier conquistou seu 5º título na categoria no Rali do País de Gales. Um 3º lugar foi o suficiente para ele deixar no vácuo as pretensões de Thierry Neuville (2º colocado) disputar o título desse ano, e a M-Sport ainda comemorou a vitória de Elfyn Evans e o título do campeonato das equipes. Simplesmente tudo deu certo para eles esse final de semana, como aliás puderam apreciar na coluna Pé no Porão, dos nossos especialistas em rali.

 

O WTCC teve de enfrentar a Natureza para correr no Japão: um tufão atrasou a chegada dos carros ao porto, e as equipes tiveram que fazer o trabalho de 3 dias em apenas um para aprontar os carros para a prova. Correram, mas foi no sufoco... a prova de abertura, sob chuva, teve a vitória de Tom Chilton (Citroën), com o jovem Yann Erlacher (Lada) em 2º e Esteban Guerrieri (substituindo o contundido Tiago Monteiro na Honda) em 3º. A corrida principal teve a vitória de Norbert Michelisz (Honda), seguido pela dupla da Volvo composta por Nicky Catsburg e Néstor Girolami, corrida essa encerrada antes do previsto por conta da chuva ter passado para temporal e a pista de Motegi não apresentar condições mínimas de segurança para os pilotos. Esse campeonato ainda está em aberto, e deve propiciar emoção até a última corrida.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini