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Títulos na hora certa, despedida na hora errada PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 05 November 2017 23:19

Olá leitores!

 

Enquanto aguardamos chegar o final de semana do GP do Brasil de F-1, tivemos um bocado de competição interessante acontecendo... e duas aposentadorias anunciadas.

 

Vamos à pista primeiro: terminou no Qatar a temporada 2017 da Superbike, e de maneira previsível: duas vitórias de Jonathan Rea, que no ano de seu tricampeonato foi absolutamente dominante na categoria. Na primeira corrida foi pole e vencedor, com o vice campeão Chaz Davies em segundo lugar e com Marco Melandri fechando o pódio. Praticamente um reflexo do que foi a temporada. Já a segunda corrida teve como vencedor... Jonathan Rea. É, ele chegou à marca de 16 vitórias no ano. Definitivamente impressionante. Em segundo lugar, mais uma vez, Chaz Davies, e dessa vez o degrau mais baixo do pódio ficou com Alex Lowes. Superbike agora só ano que vem, com a temporada se iniciando mais uma vez no belíssimo autódromo de Phillip Island (e não, não me digam que uma pista com visão panorâmica para o Oceano Pacífico não é belíssima).

 

Já na China aconteceu a penúltima etapa do Mundial de Endurance, as 6 Horas de Xangai, onde foi sacramentado o título da categoria principal (LMP1), com o troféu indo para o trio Earl Bamber, Timo Bernhardt e Brendon Hartley, do Porsche #2, com uma corrida de antecipação. Bastou chegarem em 2º lugar para isso, já que o vencedor estava longe na classificação, o trio Anthony Davidson, Kazuki Nakajima e Sébastien Buemi, do Toyota #8. Fechando o pódio estava outro Porsche, com o trio Andre Lotterer, Neel Jani e Nick Tandy. Tivemos brasileiros em todos os degraus do pódio na LMP2, com o trio Bruno Senna, Nicolas Prost e Julien Canal levando o carro da Vaillante Rebellion ao degrau mais alto do pódio, seguidos pelo Signatech Alpine de André Negrão, Gustavo Menezes e Nicolas Lapierre em 2º e pelo outro Vaillante Rebellion de David Heinemeier-Hansson, Mathias Beche e Nelsinho Piquet em 3º lugar.

 

E na NASCAR (mais uma vez com transmissão pelo supositório, digo, aplicativo, para o Brasil) a autoconfiança de Martin Truex Jr. deve ter sofrido um sério revés, já que a 10 voltas da bandeirada ele foi ultrapassado por fora por Kevin Harvick e não conseguiu revidar a perda de posição. OK, a bandeirada em 2º lugar significa que ele continua muito bem na pontuação dos Playoffs, mas ser derrotado no final da temporada no tipo de pista que é a sua especialidade deve balançar as estruturas do piloto... em 3º lugar chegou Denny Hamlin, em 4º Matt Kenseth e fechando o Top-5 estava Brad Keselowski. Matt Kenseth, por sinal, e muito provavelmente magoado com Joe Gibbs por esse ter decidido substituí-lo ao volante do carro #20 pelo jovem (21 anos) Erik Jones, anunciou que não participará da temporada 2018 da NASCAR. Respeito o posicionamento, embora ache que, aos 45 anos, Kenseth ainda teria serviço a mostrar na categoria. Entretanto, se pensarmos que as vagas em equipes de ponta não estão fáceis de conseguir, ele pode estar fazendo o melhor negócio. Parar com dignidade, coisa que muitos pilotos não conseguem (o final de carreira de diversos pilotos costuma ser deprimente, Graham Hill se arrastando na pista com o carro próprio é um dos melhores exemplos). E não, não acho que ele volte em 2019. Vai se descobrir fazendo outra coisa, correndo de IMSA, por exemplo, e não acho que volte. Vá ser feliz, Kenseth, você conquistou esse direito, e aproveite para curtir o nascimento do seu quinto filho, que está por chegar...

 

Quem também anunciou aposentadoria foi Felipe Massa, após cumprir o ano de contrato que lhe foi oferecido ano passado pela Williams após a ida do Bottas para a Mercedes. Está certo: a partir do momento em que você não está mais competitivo, e ele tem andado atrás do Stroll, o melhor é parar. Que venha para o Brasil, correr na Stock Car, reencontrar os amigos, e fazer aquilo para que o ser humano foi feito: ser feliz. Por mais competitiva que seja a Stock, a pressão sobre os ombros do piloto é infinitamente menor que na F-1... ele não tem mais nada a provar na categoria, e os últimos anos não tem feito bem para a biografia dele. Lamento pela falta de piloto brasileiro na categoria em 2018, mas é a vida. Os alemães e franceses, povos com muito mais tradição automobilística que nós, passaram por períodos sem piloto na categoria máxima e nem por isso o automobilismo desapareceu.

 

Recuso-me a comentar os chiliques da Ferrari ameaçando “sair da Fórmula 1”, isso acontece desde que eu era criança, e nunca saem de verdade, só pressão.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini