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Dakar, Daytona e esporas PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 07 January 2018 20:59

Olá leitores!

 

Espero que todos tenham começado 2018 com o pé direito lá embaixo, 100% de aceleração, e segurando a rabeada com um belo contra esterço, para mostrar quem é que manda na máquina...

 

Como de costume, o ano automobilístico começa com o Rali Dakar, que apesar de não passar mais nem perto da cidade onde era dada a bandeirada de chegada e da qual recebeu o nome, continua sendo um dos grandes desafios de um mundo repleto de facilidades e empesteado pela endemia do “politicamente correto”, que eu chamo de “hipocrisia institucionalizada”, mas enfim... é a involução da humanidade. Em 2018 a grande novidade foi a largada em território peruano, mais especificamente na capital Lima, e a notícia negativa é que, pela primeira vez em 30 anos, não teremos participante brasileiro na categoria Motos. Sim, a crise econômica na segunda metade dos anos 80 e começo dos 90 era pior que a atual, mas o empresariado brasileiro da época era um pouco mais inteligente que o atual e ainda investia um pouco em esporte que não seja o futebol... enfim, a participação brasileira se resume aos SxS (antigos UTVs) das duplas Reinaldo Varela/ Gustavo Gugelmin e José Jorge de Barros Sawaya/ Marcelo Duarte Haseyama e ao quadriciclo de Marcelo Medeiros. Muito, muito pouco para um país como o Brasil, que já teve representação nas motos, carros e caminhões... o que nos resta torcer é para que cruzem a linha de chegada no dia 20/01.

 

Nos carros, após um início não muito feliz, a favorita equipe Peugeot já assumiu a liderança no segundo dia de prova, com Cyril Despres na liderança, com Stéphane Peterhansel em 2º, depois em 3º vem o Toyota de Giniel de Villiers, seguido em 4º pelo outro Peugeot de Sébastien Loeb e pelo Toyota do vencedor do primeiro dia, Nasser Al-Attiyah fechando o Top 5. Nas motos, liderança de Joan Barreda (Honda), seguido por Van Beveren (Yamaha) em 2º, a dupla da KTM Walkner e Sunderland (vencedor do ano passado) em 3º e 4º e o chileno Pablo Quintanilla (Husqvarna) em 5º. Nos quadriciclos, liderança de Casale, seguido por Kariakin em 2º, Copetti em 3º, Koolen em 4º e Cavigliasso em 5º. No segundo dia, o brasileiro Medeiros terminou em 29º. Nos SxS a liderança geral está com a dupla Uribe Ramos/Uribe Godoy, seguidos de perto por Varela/Gugelmin em 2º, Aliaga/Cilloniz em 3º, os espanhóis Campo/Cordoba em 4º e Garrouste/Griener em 5º. Na categoria peso pesado (caminhões), liderança de Nikolayev/Yakovlev/Rybakov, seguidos pelos argentinos Villagra/Torlaschi/Yacopini em 2º, Loprais/Janda/Alcayna em 3º, Kolomy/Stross/Plny em 4º e Genugten/der Kinderen/Willemsen em 5º. Aliás, seguindo a tradição, tem um checo com nome impronunciável para um latino (como raios se pronuncia Plny???), básico.

 

E já que nos carros não temos participação brasileira, ao menos nos treinos para as 24 Horas de Daytona a nossa participação está garantida... teremos Felipe Nasr fazendo parte do quarteto que pilotará o carro Cadillac DPi #31 da Whelen, Christian Fittipaldi compondo o trio com Filipe Albuquerque e João Barbosa no Cadillac DPi #5 da Mustang Sampling, Helio Castroneves correndo com Ricky Taylor e Graham Rahal no Acura DPi #7 da Penske, Pipo Derani dividindo com Johannes van Overbeek e Nicolas Lapierre o Nissan DPi #22 da Tequila Patrón, Bruno Senna compondo a equipe do Ligier LMP2 #32 da United Autosports com Paul di Resta, Will Owen e Hugo de Sadeleer, Augusto Farfus compondo o quinteto do BMW M8 GTLM #24 da equipe oficial BMW Team RLL com Colton Herta, Jesse Krohn, John Edwards e Nicky Catsburg, Daniel Serra com a Ferrari 488 GT3 # 51 da equipe Spirit of Race com Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda, e Bruno Junqueira dividindo o Lexus RCF GT3 #14 da 3GT Racing com Kyle Marcelli e Dominik Baumann. Grande expectativa pelo resultado de Fernando Alonso, que correrá no Ligier LMP2 #23 da equipe United Autosports com Lando Norris e Phil Hanson.

 

E enquanto as grandes competições chanceladas pela FIA não começam, a “bullshit season” vai de vento em popa, com o Toddynho, desculpem, Jean Todt, voltando à ideia insana e estapafúrdia de “sinergia entre as categorias principais” e esquecendo que a) não necessariamente o que é “bom” para a Fórmula 1 (e não creio que os atuais motores o sejam) será “bom” para outras categorias e b) já foi tentado no passado isso, com resultados desastrosos. A época em que a FIA impôs o motor de 3,5 litros no Endurance, a categoria quase foi para o vinagre, o mesmo acontecendo mais recentemente com WRC e WTCC com o mesmo motor 1,6 litro turbo. Cada formato de competição tem as suas particularidades técnicas, e o mais importante é ter um regulamento que mantenha os custos comedidos e propicie bom espetáculo para o público. E isso a caixinha de 1,50 por 1,50 não consegue entender, até pelo fato de que na época em que ele foi cartola na Peugeot e na Ferrari ele apenas trabalhou contra o espetáculo. Como esquecer a vitória do Paris-Dakar decidida na moeda na fase Peugeot? Enfim, como dizem alguns eleitores aqui no Brasil, “ele foi eleito” presidente da FIA... como se ser eleito fosse a chancela para toda decisão errada. Pela intelectualidade da declaração dele, até parece que foi eleito pela população de São Paulo-SP...

 

E os tempos estão realmente mudando: qual não foi minha surpresa ao descobrir que Kimi Räikkönen abriu uma conta no Instagram? Sim, talvez seja a Primeira Trombeta do Apocalipse, mas a verdade é que não foi aberto por nenhum fã, é uma conta oficial mesmo (@kimimatiasraikkonen), onde já pudemos ver imagens do finlandês em família e treinando com moto de cross... e no primeiro vídeo ele disse que “this time I don’t know what I’m doing”, o que não deixou de ser uma demonstração de humor finlandês.

 

Aproveito para dizer que nas próximas 2 semanas vocês terão a minha coluna feita pela competentíssima equipe do Nobres do Grid, já que estarei viajando de férias com minha filha e aqui no Brasil, a não ser que se tenha acesso a planos de telefonia móvel caríssimos (o que está fora do meu alcance financeiro), é muito difícil fazer a pesquisa e enviar textos estando fora de casa. Voltarei com as baterias recarregadas e as cornetas afinadas para (assim espero) mais um ano informando e entretendo vossas senhorias...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini