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Abram alas para os Unidos da Velocidade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 11 February 2018 23:15

Olá leitores!

 

Enquanto boa parte da população brasileira está acompanhando os desfiles carnavalescos pela TV ou dançando atrás dos blocos de carnaval de rua, esta coluna reitera que desfile apenas o GP de Mônaco e blocos... bom, quanto a esses, sem preconceitos... podem ser de 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10 ou 12 cilindros, em linha, em V, boxer, e até Wankel. O que importa é não desbielar...

 

As atividades para a abertura da temporada 2018 da NASCAR já começaram, com aquela corrida preliminar envolvendo os vencedores de corridas ano passado (The Clash) e com a definição da primeira fila de largada para a Daytona 500 na semana que vem. Na prova festiva (Clash), massacre da Ford e da Penske, com 4 Fords nos 4 primeiros lugares e a Penske fazendo 1-2-4 com Keselowski, Logano e Blaney (Kurt Busch se intrometeu em 3º lugar). Para manter a tradição, pela 7ª vez seguida Jimmie Johnson se envolveu em acidente no Clash... dessa vez perdeu o controle ao levar um “totó” do Larson na última volta. Vamos ver até o meio da temporada, mas agora no começo do ano prevejo que nos ovais mais velozes a nova configuração aerodinâmica, com menos apoio, apenas serviu para transformar a corrida em uma única gigantesca fila de vácuo, onde quem tentava sair para ultrapassar perdia diversas posições. Espero que na semana que vem, valendo pontuação para o campeonato e com os 40 carros habituais ao invés dos 17 que largaram nesse domingo, a coisa fique mais interessante. Hoje foi chatinho.

 

Já a pole position ficou com o garoto Alex Bowman, substituto do Dale Jr. no carro #88, com uma bela volta em 46s002, média de 195,644 milhas por hora, superando a volta do seu rival na primeira fila, Denny Hamlin, que fez 46s132, a 195,092 milhas por hora. Excelentes voltas. Agora do 3º para trás a definição será na terça-feira, nos Duels, duas corridas de 60 voltas que definirão os pilotos que largarão nas posições ímpares (primeira corrida) e os que largarão nas posições pares (segunda corrida). Complicado? Sim. Americano gosta? Sim, então permanece dessa maneira...

 

Acontecem testes coletivos da Indy no autódromo de Phoenix, e foram feitos testes no entardecer e à noite com o sistema de proteção da cabeça do piloto escolhido pela categoria, o Windscreen, muito mais bonito e protetivo que o medonho Halo, da F-1... ao contrário do Vettel, que com equipamento semelhante disse “sentir vertigem” ao dirigir, Scott Dixon afirmou que o Windscreen não afeta a visibilidade do piloto, ao menos em circuito oval, mas que definitivamente precisa ser pensada alguma alternativa para refrigerar a cabine, que fica muito quente sem o ar batendo no capacete do piloto. Aliás, ele foi para a pista com aquela micro câmera dentro do capacete, e realmente a impressão que as imagens trazem é de que a visibilidade não foi prejudicada. Ponto positivo para a Indy, e mais um negativo para a F-1...

 

Por falar em testes da Indy, os dois novatos brasileiros (Matheus Leist e Pietro Fittipaldi, sendo que esse último participará apenas de algumas provas) andaram forte no dia exclusivamente dedicado aos estreantes e fizeram os dois melhores tempos. Justiça seja feita, ambos têm ótimos “professores”, o Matheus tem o Tony Kanaan e o Pietro tem o Sébastien Bourdais. Se forem espertos e aproveitarem o conhecimento retransmitido...

 

Entre os pilotos “experientes”, surpreende o bom desempenho dos carros da Rahal-Letterman-Lanigan, mas vamos esperar a temporada começar de verdade... afinal, não canso de relembrar as inúmeras vezes que a Ferrari era a mais rápida nos testes pré temporada e na temporada mesmo andava para trás...

 

Outra boa notícia vinda dos Estados Unidos foi a assinatura de contrato da piloto catarinense Bruna Tomaselli com a forte equipe Pelfrey, de grande tradição na USF2000, categoria que faz parte do Road to Indy e corre na preliminar de diversas etapas, para a disputa de sua segunda temporada na categoria. Essa coluna deseja todo o sucesso possível para a Bruna, na torcida para que em alguns anos ela possa chegar à uma 500 Milhas de Indianapolis... o outro representante brasileiro na categoria, Lucas Kohl, renovou seu contrato com a equipe Pabst (pela qual terminou a temporada passada em 7º) para mais um ano. Será demais sonhar com uma dobradinha brasileira na USF2000? Por enquanto, não inventaram uma maneira de cobrar impostos sobre os sonhos, o negócio é aproveitar...

 

E como o mundo está um lugar muito chato, cheio de mimimi, e as redes sociais deram voz à grande massa reclamona do planeta, alguns pilotos não exatamente de primeiro escalão ficaram reclamando com a direção do WEC por alterar a data das 6H de Fuji de 21/10 para 14/10, a fim de permitir uma possível participação de Fernando Alonso com a equipe Toyota na corrida, evitando sobreposição de datas com a F-1. Sinceramente? Alonso no mínimo irá atrair mais atenção (e espectadores) para a corrida, favorecendo indiretamente até mesmo os patrocinadores dos pilotos que andaram reclamando... falta de ter o que fazer, esse mundo moderno tem muitas facilidades que poupam tempo das pessoas, aí acontece isso. Eles teriam empregado melhor seu tempo treinando para serem pilotos melhores...

 

Na Stock Car, a agradável notícia da volta da equipe Mico’s ao grid, ainda que (por enquanto) apenas para a Corrida de Duplas; sinceramente torço para que consigam suporte financeiro para fazer a temporada toda, o chefe da equipe (Juan Carlos) é uma das pessoas mais agradáveis do meio automobilístico. Na prova de duplas, os pilotos titulares serão os experientes Tarso Marques (que espero que volte a se dedicar apenas às corridas, já que sua carreira de “Chip Foose wannabe” não produziu ainda nada vagamente aos pés do inspirador norte americano) e o ótimo Vitor Meira.

 

Mas o que quero ver mesmo em 2018 na Stock serão as disputas entre Nelsinho Piquet e Lucas di Grassi. Parece que esse segundo não se conforma que o primeiro pilota melhor que ele e os dois tem uma certa rixa... agora em uma categoria com mais possibilidades de contato entre os carros, o clima pode esquentar... e pegar fogo nunca foi atração de circo, mas não deixa de ser um caloroso espetáculo, como já dizia a grande Rita Lee.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini