Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Uma semana no positivo e um ótimo final de semana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 18 February 2018 23:41

Olá leitores!

 

Felizmente foi uma semana com mais pontos positivos do que negativos no mundo do esporte a motor. Ainda tentando digerir as explicações furadas dos dirigentes da Liberty Media para diminuir o número de mulheres trabalhando na Fórmula 1 (podem agradecer ao neo feminismo, aquele que preconiza que o lugar da mulher é onde ela quiser, desde que não contrarie nossa ideologia), ouvi que a intenção dos “jênios” é colocar crianças no grid. Isso me leva à pergunta: que crianças? Crianças que já estão encaminhadas no automobilismo, como novatos no kart? Crianças de comunidades de baixa renda que possam vir a ser novos fãs da categoria? Sem contar que existe o risco de deixarem de agradar aos “homens héteros babões” para agradar aos pedófilos de plantão, dependendo da idade e das roupas das crianças que forem para o grid... enfim, a “agenda politicamente correta” do grupo ianque não está muito bem explicada. Tem muita coisa que não encaixa nessa história.

 

Outra patacoada sem tamanho veio do Automobil Club d’Ouest (ACO), organizador do WEC, que inventou uma “Tecnologia de Equivalência” que não prevê a possibilidade de um carro não híbrido andar mais rápido que um híbrido. Como apenas a Toyota correrá com carros híbridos na LMP1, na prática é proibido ganhar da Toyota se esta não apresentar problemas mecânicos. Não, não é notícia de site de humor. E seria cômico se não fosse trágico.

 

Os testes de pré temporada da MotoGP continuam, e ao que tudo indica a disputa deve ficar mesmo entre Honda e Ducati, com vantagem para a marca japonesa. A Yamaha, ao menos por enquanto, deve ficar mais próxima das Suzuki que das Honda e Ducati, ou então eles estão escondendo muito, mas muito mesmo, o jogo. No último dia de testes na nova pista da Tailândia, a Yamaha mais rápida foi a de Johan Zarco, da Tech3, o que faz levantar algumas lebres nesse desempenho das máquinas da equipe oficial de fábrica... se estiverem escondendo o leite, espero que o encontrem quando a temporada começar de verdade (sabe como é, de tanto esconder desempenho de vez em quando o pessoal demora para reencontrar depois...). E para minha surpresa, no mundo de Borgo Panigale o Dovizioso continua sendo mais rápido que o Lorenzo, achei que o espanhol já estivesse adaptado às peculiaridades da moto italiana. Mas vamos ver quando a temporada começar, espero queimar minha língua.

 

E no meio da neve de uma gelada Suécia aconteceu a segunda etapa do WRC, com uma vitória maiúscula do belga Thierry Neuville, da Hyundai, que contou com a sequência de azares de Sébastien Ogier para assumir a liderança do campeonato após um desempenho dominante naquele que foi um dos ralis com maior quantidade de neve nos últimos anos (aparentemente o aquecimento global passou bem, mas bem longe da Suécia esse ano), exigindo dos pilotos e navegadores um trabalho e atenção extra em relação às anotações de percurso do ano passado, haja vista que alguns trechos que dava para fazer “flat” nos anos anteriores exigiam maior atenção esse ano. Pode ter sido ruim para os pilotos, claro, mas para o público certamente foi ótimo, já que tiveram a chance de ver os pilotos demonstrando mais claramente seu talento. Atrás de Neuville chegou o jovem irlandês Craig Breen (Citroën), e o pódio terminou com outro piloto da Hyundai, Andreas Mikkelsen em 3º. Confesso que o que mais me espantou nas imagens que vi do rali não foi a quantidade de neve em torno da pista, mas o quanto que o Toyota Yaris WRC é pavoroso. A frente lembra um Prius anabolizado, e a asa traseira é rigorosamente desproporcional ao carro. Vejam os Fiesta, C3 e i20 da categoria, asas traseiras grandes, mas proporcionais... o Yaris parece que pegaram um aerofólio traseiro planejado para um, digamos, Camry de rali e colocaram nele. Mais um pouco, adaptam uma daquelas asas que usam em Pikes Peak, a diferença de tamanho é pequena, acreditem.

 

E não poderia encerrar essa coluna sem citar o grande evento do final de semana, o início do campeonato da NASCAR, que se continuar pelo restante da temporada com o patamar de emoção da prova de abertura, será uma temporada inesquecível. Basta dizer que no sábado a prova da Xfinity Series foi decidida a favor de Tyler Reddick sobre Elliot Sadler por 3 centímetros. Isso mesmo, 3 centímetros. Pouco mais que uma polegada. Evidentemente os cronômetros, calibrados para milésimos de segundo, não captaram a diferença, pelo que a categoria decidiu adotar (como a Indy já faz) o décimo de milésimo na geração de caracteres. Com esse patamar de precisão, foi constatado que Reddick venceu pela margem de 0,0004 segundo, praticamente nada. E o domingo foi espetacular, com direito a pace car dirigido por astro da NFL, Dale Jr. dando o comando para que os pilotos ligassem os motores e a bandeirada de largada nas mãos da ótima atriz sul africana Charlize Theron. Tudo indicava uma corrida memorável... e foi. O atual vice campeão, Kyle Busch, saiu da briga por uma vitória já na volta 50, por conta de um pneu furado que danificou seu carro e o fez perder 3 voltas nos boxes. Na última volta do primeiro segmento (vencido por Kurt Busch), o heptacampeão Jimmie Johnson se viu envolvido em um acidente com outros 8 carros e teve de abandonar. Já no segundo segmento (vencido por Ryan Blaney) foi a vez de Danica Patrick abandonar sua corrida de despedida da categoria, ao se envolver no acidente que também tirou Chase Elliott, Kevin Harvick e Brad Keselowski da corrida. Com todos esses ingredientes, o final da prova não poderia ser insosso... e não foi. Já na prorrogação, causada por outro grande acidente na volta 199 (que deveria ser a penúltima...), Aric Almirola (com sua falta de experiência de andar no pelotão da frente) tentou bloquear mais agressivamente o avanço do Austin Dillon e acabou no muro, fazendo com que o carro #3 de Richard Childress tivesse condições de vencer a corrida novamente, 20 anos após a primeira (e única) vitória de Dale Earnhardt Sr. com o mesmo número na Daytona 500. Em 2º terminou outro carro que carrega muita história na numeração, o #43 de “Bubba” Wallace, com certeza arrancando um gigantesco sorriso do chefe da equipe Richard Petty, que tanta história protagonizou correndo com esse mesmo número. Em 3º ficou Denny Hamlin (que, por sinal, fez uma bela corrida), em 4º Joey Logano e fechando o Top 5 tivemos o garoto Chris Buescher. Almirola ainda ficou com a 11ª posição, logo atrás de um surpreendente AJ Allmendinger em 10º (não, super speedways definitivamente não parecem ser a especialidade do AJ, daí minha surpresa). E Kyle Busch? Pois é, terminou a prova em 25º lugar, o último entre os que cruzaram a linha de chegada, com 7 voltas de atraso.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini