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Written by Administrator   
Monday, 16 April 2018 00:29

Olá leitores!

 

Devo confessar que não gostei da primeira parte do GP da China de F-1. De verdade. Corrida chata, modorrenta, parecia uma daquelas corridas soporíferas da época em que os dois Mercedes sumiam na frente, não tinham disputa interna, e o resto do grid não se animava para disputar nada. Aí a Ferrari começou a homenagear a tradição militar italiana e fez mais uma daquelas burradas estratégicas que eles adoram fazer (lembrando que acho que o último grande estrategista saído da Bota foi na época do Júlio César, Marco Antônio, uns 2 mil anos atrás), copiando a escolha de pneus da equipe Mercedes. Mercedes essa que já demonstrou que pode tranquilamente fazer apenas uma parada, pois o carro deles funciona melhor com os pneus médios. Aí vem o jênio (com J mesmo) do estrategista da Ferrari e... copia a fórmula que funciona com eles, sabendo que o carro da Ferrari se entende melhor com pneus mais macios. Ou foi excesso de soberba ou burrice mesmo, ainda estou na dúvida sobre qual alternativa seria a correta. E como a Ferrari foi covarde na estratégia, os Deuses da Velocidade resolveram premiar a ousadia – e quem se deu bem foi a Red Bull, que ousou tanto na escolha de pneus para uma das pistas mais fáceis de se ultrapassar da temporada como na chamada para troca de pneus.

 

Vitória mais do que merecida para Daniel Ricciardo, que conseguiu dosar arrojo com precisão para fazer a mais bela ultrapassagem dos últimos tempos sobre o Bottas, que até fez o correto e veio para o meio da pista para fechar a porta do australiano. O que não se imaginava era que o australiano iria buscar a borda interna da pista para frear para lá de Deus-me-livre e não dar chance do finlandês reagir. Magnífica pilotagem, que culminou com a lamentável cena de beber champanhe em uma bota suada após mais de uma hora de corrida... seu companheiro Max Verstappen (5º) provou mais uma vez ser um piloto de muita, mas muita sorte. Primeiro por ter acertado o Vettel, que costuma ser mais cerebral que o Hamilton (queria ver o furdunço se ele acertasse o inglês), segundo que no geral as punições por bater no Hamilton são mais duras do que bater no alemão... aqueles 10 segundos ficaram muito, mas muito baratos mesmo. Ele é praticamente um símbolo da equipe Touro Vermelho: quando vê um carro vermelho na frente, abaixa a cabeça, fecha os olhos e parte para a chifrada, digo, para a batida. Simplesmente ridículo o que ele fez, menos mal que admitiu depois que errou. Tem piloto no grid que não admite... e confesso que gostaria de poder presenciar a “conversa” que ele teve nos boxes com o consultor da Red Bull, o Helmut Marko, que tem fama de ser uma das pessoas mais grossas do meio.

 

Em 2º terminou Valtteri Bottas, que mais uma vez fez uma grande corrida, mas não conseguiu subir ao degrau mais alto do pódio. Nem tenho muito o que comentar, ele é bom piloto, apenas tem um pé tão frio quanto o inverno no norte da Finlândia. Seu companheiro Lewis Hamilton (4º) reclamou muito, mas muito mesmo do carro, com o qual ele não se entendeu nem na classificação muito menos na corrida.

 

Em 3º terminou o eterno Kimi Räikkönen, que mesmo tendo sacrificado sua corrida para auxiliar o Vettel depois que a Ferrari não soube copiar direito a estratégia da Mercedes (deveria ter chamado para trocar pneus logo após os alemães, não esperado 3 voltas para chamar o Seb) ainda conseguiu se recuperar na prova e subir ao pódio. Já perdeu posições logo na largada, com o companheiro largando em diagonal para cima dele (a mesma receita que deu m... federal em Singapura ano passado, só para lembrar) e sendo ultrapassado por Verstappen e Bottas, mas cumpriu galhardamente seu papel na corrida e foi premiado com mais um troféu. No tocante ao seu companheiro Sebastian Vettel (8º), eu adoraria saber onde cazzo ele aprendeu que largar em diagonal é mais eficiente que em linha reta. Acho que andou conversando com o Mansell, que fez uma largada estapafúrdia dessas para cima do Prost na época em que os dois dividiam a equipe Ferrari e achou que se o Mansell fazia devia ser uma boa tática. Não deu certo em Singapura ano passado e quase não deu certo na China, pois a corrida poderia ser bem diferente se ele não tivesse atrapalhado o Kimi e este saísse da primeira sequência de curvas em segundo lugar, servindo de escudeiro para ele. Enfim, errou na largada, depois quando soube que o Bottas tinha parado deveria ter ido para a troca de pneus logo em seguida, e por fim ainda foi acertado pelo boizinho bravo holandês. Um dia para esquecer.

 

Em 6º chegou Nico Hülkemberg, que fez uma senhora corrida e uma grande classificação com o carro da Renault, equipe que não foi covarde como a Ferrari e adotou estratégia com pneus mais macios, que se mostrou acertada e trouxe bom resultado para os carros. Seu companheiro Carlos Sainz Jr (9º) largou bem, mas foi espremido naquela confusão básica de primeira volta e perdeu algumas posições, mas ainda assim obteve um bom resultado,

 

Em 7º terminou Fernando Alonso, que já obteve esse ano mais pontos que a temporada passada inteira, mas continua reclamando e insatisfeito com tudo. Haja vista o desempenho das Toro Rosso com o mesmo motor Honda que ele cansou de xingar nos últimos anos, talvez a culpa do mau desempenho não fosse apenas dos japoneses, mas também do chassi não exatamente eficiente da McLaren... seu companheiro Stoffel Vandoorne não passou de um magro 13º lugar, apostando também nos infames pneus médios...

 

Fechando a zona de pontuação chegou Kevin Magnussen, trazendo mais um pontinho para os americanos, e indicando que em tese o chassi é menos ruim que o do ano passado... seu companheiro Romain Grosjean terminou em 17º, após a equipe o atrapalhar razoavelmente com a estratégia.

Próxima corrida será em Baku, no final do mês. Vamos ver se a Mercedes se recupera lá.

 

Mas não tivemos apenas F-1 essa semana. No sábado foi realizada a primeira corrida da Fórmula E em Roma. Pista bonita, mas... algumas chicanes são absolutamente desnecessárias. Enfim, é como eles gostam, então não há o que fazer. Vitória de Sam Bird, que fez uma bela corrida e foi presenteado com a liderança quando o líder Felix Rosenqvist não respeitou as altas zebras da pista e quebrou sua suspensão traseira. Mas não pensem que foi fácil, nas voltas finais ele teve que suportar a forte pressão dos pilotos que vinham atrás, notadamente Lucas Di Grassi e Mitch Evans, que o pressionaram com muita intensidade. Tanta que Evans teve que levantar o pé para terminar a corrida, já que sua bateria estava mais no final que os outros. Di Grassi acabou fincando com o 2º lugar e em 3º chegou André Lotterer, outro que fez uma belíssima apresentação esse sábado. Nelsinho Piquet ficou no meio do caminho quando seu carro quebrou a suspensão após um toque mais “intenso” no muro...

 

Em um encharcado (a pista secou, mas quem colocou uma roda na grama...) autódromo de Guaporé tivemos mais uma etapa na Copa Truck. Na primeira corrida, vitória de Wellington Cirino (Mercedes), seguido por Beto Monteiro (Iveco) em 2º e Adalberto Jardim (VW-MAN) em 3º. Já a segunda corrida ficou nas mãos de Felipe Giaffone (VW-MAN) em 1º, seguido por Giuliano Losacco (Iveco) em 2º, Renato Martins (VW-MAN) em 3º, André Marques (Mercedes) em 4º e Beto Monteiro em 5º. Com esses resultados, Wellington Cirino foi consagrado campeão da Copa Sul da categoria.

 

Na Indy, vitória do garoto Alexander Rossi nas ruas de Long Beach, em uma performance dominante e na qual poucas vezes foi ameaçado. Realmente excelente. O piloto da Andretti estava definitivamente em um dia inspirado. O 2º colocado, Will Power, até tentou ameaçar em alguns momentos, mas por maior que fosse o esforço não foi bem sucedido. Fechando o pódio tivemos o garoto inglês Ed Jones, que se aproveitou da excelente tática adotada pela Ganassi para conquistar importantes pontos. Quanto aos brasileiros, Tony Kanaan chegou em um honesto 9º lugar e seu companheiro, o estreante Matheus Leist. Ficou apenas em 14º lugar mas ao menos o fez na mesma volta do líder. Realmente, esses carros da Indy são complicados para um novato em uma pista de rua.

 

A prova da NASCAR em Bristol estava se encaminhando para a metade quando começou a chover, então o complemento das voltas foi transferido para esta segunda feira. Pior que não faltavam muitas voltas para a metade, que permitiria a corrida ser encerrada com pontuação válida...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini