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Written by Administrator   
Monday, 04 June 2018 00:25

Olá leitores!

 

Gostaria de começar essa coluna complementando um acontecimento do final de semana passado que acabei esquecendo de comentar: ainda bem que o Will Power é australiano mas não é nojento que nem o Daniel Ricciardo. Já pensaram aquela sapatilha com todo o suor de pilotar o carro de corrida por cerca de 3 horas recebendo LEITE para ser bebido? De embrulhar o estômago...

 

Vamos começar falando do DTM, que foi visitar o kartó... ops, autódromo de Hungaroring, com mais uma rodada dupla mostrando que essa configuração dos carros cada vez mais distantes dos modelos “de rua” pode ser boa no seco, mas na chuva simplesmente não funciona. A corrida do sábado, com tempo “seco” (grande umidade do ar e alguns pingos esparsos no final da prova, mas sem necessidade de pneus de chuva), mostrou a velha escrita de Hungaroring: largou na frente, tem grandes chances de vencer. Foi o que aconteceu com Paul di Resta (Mercedes): fez a pole na classificação, largou bem, e só perdeu a liderança por conta de estratégias diferenciadas de pit stop. O 2º colocado, Lucas Auer (Mercedes), até conseguiu liderar algumas voltas, mas não foi capaz de segurar o melhor desempenho do di Resta. Completando o pódio chegou Nico Müller (Audi) em 3º. O brasileiro Augusto Farfus, que vem apresentando bons resultados no Endurance, largou em 8º, mas não se encontrou com o carro e tampouco com a pista mega travada, terminando a etapa em um fraco 15º lugar. Já no domingo a largada foi com tempo seco e antes da 10ª volta a chuva chegou. Chegou e trouxe um bocado de confusão, pois houve 3 pilotos (Auer, Spengler e Mortara) que bateram no momento do pit stop, atropelando fiscais de prova e forçando a aplicação de bandeira vermelha para o atendimento dos feridos – felizmente nenhum corre risco de óbito, mas... não me lembro desse tipo de coisa acontecer na época dos “monstros” do ITC, com aqueles Audis e Alfas de tração integral e tudo o mais. Enfim, ao final da confusa etapa do domingo quem subiu ao degrau mais alto do pódio foi Marco Wittmann, seguido por Timo Glock e por Phillip Eng, todos de BMW. Corrida desastrosa para o até então líder do campeonato Gary Paffett, que terminou fora da zona de pontos e agora está 11 pontos atrás do Glock. Dessa vez Farfus conseguiu pontuar, terminando em 8º lugar. Próxima corrida será em Norisring, circuito de rua com mais pontos de ultrapassagem que Hungaroring. Ainda bem...

 

E como já é tradição de alguns anos para cá, após a grande festa da velocidade de Indianapolis temos a corrida no apertado circuito de Belle Isle em Detroit. Em rodada dupla, que é para o pessoal esquecer de vez aquele mês de altas velocidades no IMS... na corrida de sábado, mais um show de estratégia de Scott Dixon, que foi o melhor dentre o esquadrão de Honda que dominou as 6 primeiras posições e conquistou sua 42ª vitória na categoria, empatando em 3º lugar na lista dos maiores vencedores da categoria com Michael Andretti. Para Michael ficou o consolo de ver seus 3 carros chegando logo atrás do neozelandês, como Ryan Hunter-Reay em 2º, Alexander Rossi em 3º e Marco Andretti em 4º. Não foi um dia brilhante para os brasileiros, com Tony Kanaan terminando em 14º lugar e Matheus Leist em 15º. Já no domingo, uma corrida espetacular de Ryan Hunter-Reay, que não se classificou bem mas com uma ousada estratégia de 3 paradas veio acelerando forte a prova toda e no final da corrida estava com pneus mais novos e com mais combustível que o então líder da corrida e companheiro de equipe Alexander Rossi, que errou uma vez fritando o pneu dianteiro direito mas conseguiu se manter na pista, aí errou a segunda vez, travou tudo que tinha direito, inclusive levando a um furo de pneu. Aí até chegar ao pit-lane para troca de pneus e voltar, acabou apenas em 12º lugar. Atrás de Hunter-Reay chegaram Will Power em 2º lugar, e o jovem Ed Jones (da Ganassi) em 3º. Tony Kanaan conseguiu um bom 7º lugar, e Matheus Leist foi o 14º colocado. Agora, o grande, gigantesco destaque da corrida do domingo foi o “glorioso” Mark Reuss, vice presidente da General Motors, que achou que tinha talento para ser o piloto do pace-car em uma pista de rua e... estampou a frente do Corvette de mais de 700 cavalos no muro após perder o controle na saída de uma curva cega do circuito (crianças, aprendam, se vocês NÃO forem pilotos profissionais e estiverem em um carro de grande potência, NÃO DESABILITEM O CONTROLE DE TRAÇÃO. Se tiver controle de estabilidade, TAMBÉM NÃO O DESABILITEM. Entenderam a lição do titio Alexandre?). Evidentemente tiveram que chamar o pace-car por conta da batida do pace-car, e após grande atraso na programação o segundo foi conduzido pelo seu piloto oficial, Oriol Servia, que ao menos entende do que se faz entre o banco e o volante...

 

O final de semana de velocidade sobre 2 rodas em Mugello, que hospedou o GP da Itália da MotoGP, começou com o grande susto protagonizado por Michele Pirro, que levou um SENHOR tombo na freada da curva San Donato, a 1ª curva do circuito italiano nos treinos de sexta-feira. Por que senhor tombo? Vamos lá: ele perdeu o controle da moto ao acionar o freio em um ponto em que a motocicleta estava a “módicos” 350 km/h. Pouco mais de 97 metros por segundo. E foi ejetado para cima. Analisando a dinâmica do acidente, podemos concluir que a concussão craniana e as lesões na espinha, tórax e abdômen acabaram ficando “no lucro” para o piloto... tinha potencial para uma caca muito maior. Enfim, em uma pista onde Valentino Rossi foi ovacionado por todas as outras equipes no sábado após fazer a pole position, quem (enfim) venceu foi Jorge Lorenzo, que aproveitou bem a sua 2ª posição na classificação, largou bem e logo no começo assumiu a liderança, que defendeu com unhas e dentes das investidas do companheiro de equipe Andrea Dovizioso, que além do troféu de 2º colocado ficou com o novo recorde de velocidade da categoria: no final da reta antes da San Donato ele foi marcado a 356,6 km/h. Sim, isso sobre 2 rodas, não é velocidade de carro não... aliás, das 4 motos que superaram os 350 km/h em Mugello durante a corrida, 3 eram Ducati. E se a briga entre as duas Ducati oficiais era feroz pela liderança, a briga pelo 3º lugar (que acabou ficando com “il Dottore” Valentino Rossi) também era acirrada, com Petrucci, Iannone e Rossi se alternando na posição na segunda metade da prova. O líder do campeonato Marc Márquez terminou apenas em 16º lugar, não pontuando devido a um tombo na 5ª volta, quando ocupava a 2ª posição na pista... bom para o campeonato. Curioso que Lorenzo finalmente conseguiu sua tão sonhada vitória pela Ducati na corrida em que anunciou que ano que vem trocará de equipe... claro que ele aproveitou o momento para fazer o que ele sabe fazer de melhor, ou seja, reclamar...

 

E a NASCAR foi para uma de minhas pistas favoritas, Pocono, “the tricky triangle”, onde MartinTruex Jr. venceu não apenas o primeiro segmento como a corrida, se colocando diretamente na briga por manter seu título de campeão. Uma pilotagem tão boa quanto a apresentada ano passado e uma estratégia correta o levaram à posição de honra na corrida, seguido por Kyle Larson (que também fez uma grande corrida) em 2º, Kyle Busch em 3º, o vencedor do 2º segmento Kevin Harvick em 4º e Brad Keselowski fechando o Top 5.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini