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Nem só de silêncio vivem as pistas PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 09 July 2018 22:03

A torcida dos brasileiros na Copa do Mundo da Rússia me levou a lembrar os mesmos fãs acompanhando corridas de Fórmula 1 depois da morte do Ayrton Senna. Para os ditos fanáticos por futebol não interessa se França, Bélgica, Croácia e Inglaterra continuam a brigar pelo título mais importante do esporte. Se o Brasil não está lá, acabou. Findaram-se as tardes de churrasco durante a semana e os enforcamentos de metade do dia.

 

Esses torcedores bissextos desistiram de ver quem imaginam joga menos que os brasileiros, assim como deixaram de acompanhar a F1 depois de 1994. Para eles, sem brasileiro não tem graça nenhuma. Triste e indecoroso engano. As corridas de Fórmula 1 continuaram e o Mundial da Rússia também terá seu campeão conhecido domingo dia 15 de julho. Gostem ou não. É a vida, que prossegue normalmente.

 

Mas as pistas do mundo não se renderam, totalmente, ao esporte em que a bola rola de pé em pé, pelo menos de algumas seleções. Tivemos várias corridas nesse tempo de Copa do Mundo e apesar de não ser do meu pedaço, vou me arriscar a dizer que a prova de F1 na Inglaterra, um dos países que mais ama automobilismo, foi sensacional e só comprovou o que todos já estão carecas (alguns mais, como eu, por exemplo) de saber: Mercedes, Ferrari e Red Bull fazem um campeonato à parte. Os outros brigam pelas posições secundárias. Raríssimas exceções acontecem quando alguém da frente quebra ou bate.

 

As ultrapassagens de Kimi Raikkonen pelos adversários, se é que podemos chamar assim, pois pareciam de outra categoria nitidamente abaixo, atestam com muita clareza. Outra demonstração dessas duas categorias embutidas em uma também aconteceu na ascensão de Lewis Hamilton do rabo da cobra, depois de toque com Raikkonen, até o segundo lugar na bandeirada. Simplesmente desigual e os dirigentes das equipes, especialmente da Ferrari, parecem não querer aceitar mudanças para equilibrar as disputas.

 

 

Como se pode comparar uma equipe pequena que gasta míseros milhões de euros contra outras que estão na casa dos bilhões? Impossível, mas os dirigentes não querem que os norte-americanos, donos da categoria, façam isso e levem a uma situação que deveria nortear o automobilismo mundial, aquela em que a pecinha entre o volante e o banco defina as corridas. Eles confiam mais na tecnologia do que no ser humano. Pena.

 

Voltando para o lado de baixo do Equador, teremos a abertura da Copa Centro-Oeste da Copa Truck está marcada para acontecer dia 19 de julho em Campo Grande, a bela capital do Mato Grosso do Sul. Esta nova copa começa sem que a anterior, a Sudeste, tenha terminado. Para quem não lembra foi devido à greve dos caminhoneiros, que inviabilizou a corrida marcada para a cidade mineira de Curvelo. Essa etapa foi transferida para dia 28 de outubro no mesmo local.

 

Enquanto isso, a Stock Car se prepara para a décima edição da Corrida do Milhão, marcada para o dia 5 de agosto em Goiânia. Daniel Serra, atual campeão, se mantiver as boas e seguras performances das cinco primeiras rodadas, tem tudo para ficar entre os primeiros, vencer e caminhar para conquistar o bicampeonato, algo que não acontece desde o pentacampeão Cacá Bueno em 2011/2012. 

Tomara a torcida brasileira se empolgue e retorne às arquibancadas para acompanhar os belos pegas entre pilotos de caminhões e de carros e não se deixe envolver pelo clima do já perdeu da seleção brasileira na Copa da Rússia. Seria muito bom voltar a ver autódromos cheios e não observar os editores escolhendo pontos específicos, com gente, para os câmeras filmarem.

 

Que 2018 comece!!! Ops, mas já estamos quase em agosto... Que assim seja!

 

Milton Alves