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Written by Administrator   
Wednesday, 01 August 2018 23:57

Caros Amigos, por mais apaixonado que o fã de automobilismo possa ser, o esporte a motor é um negócio que envolve consideráveis volumes de capital, um quadro de profissionais e voluntários que trabalham de forma direta ou indiretamente para que um evento seja realizado, requer planejamento e execução precisa e cronometrada e mesmo depois do encerramento da atividade fim (a corrida), o trabalho não termina, uma vê que é preciso fazer todo o trabalho de desmobilização.

 

Um evento de esporte a motor para dar certo e funcionar bem, gerando retorno financeiro a quem o promove precisa ser muito bem planejado e executado. Mesmo assim, não há garantia de êxito. Não creio que alguém duvide da expertise e da competência do Sr. Tamas Rohonyi no planejamento e execução do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, mesmo assim, o promotor tem afirmado sofrer prejuízos anuais. Eu um dos anos ele disse que o montante foi da ordem de 100 milhões.

 

Mas como atrair público, patrocinadores, mídia? Certamente a equipe que planeja e executa o Grande Prêmio Brasil sabe como fazer isso. A VICAR sabe como fazer isso, mas o que eu vi no último final de semana foi uma quebra de paradigma extremamente positiva e, quem sabe uma possibilidade de termos mais oportunidades sobre as perspectivas de retorno que o automobilismo pode dar aos seus promotores.

 

Eu sempre me referi a categoria Porsche GT3 Cup Challenge como o evento de elite do automobilismo brasileiro. Primorosamente promovido pelo competentíssimo Dener Pires, que sempre recebeu os enviados do site dos Nobres do Grid com muita cordialidade e atenção. Mas algo que não fazia parte deste evento, que é transmitido por um canal de esportes por assinatura, sempre foi a presença de público nas arquibancadas.

 

A prova de endurance de 300 Km disputada no último sábado teve a venda de ingressos para o público e o que se viu foi uma arquibancada cheia, um público que teve a oportunidade de visitar os boxes e ver estes belos carros e os pilotos que disputaria a prova e isso sem grandes divulgações na mídia como fez a Stock Car em março, quando fez a abertura do campeonato em uma corrida na tarde de sábado. Uma corrida de duas horas (no caso os 300 Km teve um pouco mais), uma hora e meia atrai público... até onde uma corrida de 40 minutos atrai?

 

Não é o caso de compararmos o evento de qualidade inquestionável que é a Stock Car com a categoria dos carros de Gran Turismo alemães. A Stock Car teve uma ampla divulgação em todos os programas da empresa detentora dos direitos de transmissão, tanto nos canais por assinatura como no canal de sinal aberto, mesmo sendo a corrida transmitida por um dos canais por assinatura. É lógico e evidente que o público da Stock Car seria maior. Mas e se a categoria com os Porsche tivesse a mesma divulgação que a Stock Car?

 

Com todo o respeito que tenho pela família Giaffone, que tem meio século de automobilismo em todos os seguimentos e que é um sinônimo de competência e qualidade em tudo que fez e faz, como fã de automobilismo, eu vou preferir ver uma corrida com Porsches na pista, sendo pilotados pelos melhores pilotos brasileiros do que ver estes mesmos pilotos pilotando um carro que lembra vagamente um carro “normal” que circula pelas ruas, avenidas e estradas do pais.

 

Responda-me, estimado leitor: você que é fã de automobilismo como eu, quando passa um Cruze na rua você vira a cabeça olhando o carro passar? E quando passa um Porsche GT3 ou um 997, um 991 ou um Carrera? Um carro que tenha um apelo, que seja um fetiche para o fã do automobilismo vai ser sempre admirado, vai ser sempre cobiçado e ver um grid de carros como estes vai atrair público. Nas mãos dos grandes pilotos do país eles vão atrair público. Com um trabalho de promoção semelhante ao que a Stock Car tem, com os pilotos que a Stock Car tem, como seria uma categoria como essa?

 

Há tempos que em nossas reuniões de redação – feitas normalmente às terças-feiras – semanais, uma das coisas que já foi dita inúmeras vezes é que o automobilismo brasileiro carece de uma categoria de grandes carros de turismo de nível internacional, algo que já tivemos e que estava crescendo ano a ano até o lamentável episódio que esvaziou a categoria quando um conflito de interesses interferiu no resultado final do campeonato.

 

Hoje o Campeonato Brasileiro de Endurance está recebendo carros como Lamborghini, Mercedes, Audi, Porsche e Ferrari. Na Europa existe o Blancpain Series que tem corridas de Endurance e Sprint. O que vimos no último sábado foi uma possibilidade de se pensar em termos uma categoria de grandes carros, capazes de atrair grandes públicos se tiver ao volante grandes pilotos com um tempo de prova com capacidade de atrair e fidelizar o público.

 

Senhores promotores, alguém se habilita?

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva