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Galinha velha ainda dá um bom caldo PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 22 October 2018 01:28

Olá leitores!

 

Lembram-se de um capacete que o Valentino Rossi usou certa vez com a frase “galinha velha ainda dá um bom caldo”? Pois é, foi o que presenciamos esse final de semana em Austin, com Kimi Mattias Räikkönen, 39 anos, voltando a vencer na Fórmula 1 e se tornando o piloto finlandês com maior número de vitórias na categoria (21). Aliás, em conversa com alguns amigos também torcedores da Ferrari, chegamos à conclusão que, neste exato momento, seria melhor mandar o Vettel (ainda muito rápido, mas profundamente instável emocionalmente e sujeito a erros de principiante) para a Sauber e manter o Kimi para fazer dupla com o Leclerc ano que vem... podem escrever, ou o Vettel reencontra o seu “centro” emocional, ou o Charles vai dar um BANHO no alemão ano que vem. Digo mais: se Jules Bianchi não tivesse sofrido o acidente que o vitimou, provavelmente ele já estaria na Ferrari e o Vettel já teria saído da equipe.

 

Vitória de Kimi Räikkönen, sua primeira desde o GP da Austrália de 2013, comemorada com sua “efusividade” habitual e primeiro dando um gole no champanhe, depois espirrando o líquido nos companheiros... afinal, bebida boa não deve ser desperdiçada. O experiente finlandês fez uma excelente largada, assumiu a ponta ultrapassando Hamilton, a perdeu quando o inglês aproveitou o safety-car virtual para trocar seus pneus, e a retomou mais tarde quando Lewis teve que parar por conta dos pneus muito desgastados para terminar a prova. Excelente corrida do finlandês. Seu companheiro Sebastian Vettel (4º) até que conseguiu se recuperar bem da rodada no começo da prova, quando disputava posição com Ricciardo, e sua determinação para ultrapassar Bottas no final da prova adiou para o México a decisão do título – não que eu ache que passe do México, diga-se de passagem...

 

Em 2º terminou Max Verstappen, que foi brilhante nas últimas voltas no seu duelo para segurar as investidas de Lewis e vendeu a 2ª posição caro o suficiente para o inglês sair pra área de escape e não conseguir finalizar a manobra. Max estava em um dia inspirado em Austin. Seu companheiro Daniel Ricciardo continua comendo o pão que o Helmut Marko amassou, e abandonou antes da 10ª volta com quebra no carro. Esse está torcendo para o ano acabar o quanto antes....

 

Em 3º chegou Lewis Hamilton, cuja ótima pilotagem foi prejudicada pelo desgaste excessivo de pneus do seu Mercedes, mas que continua como franco favorito ao título, a festa apenas foi adiada por uma corrida... seu vassalo Valtteri Bottas (5º), menos hábil ao volante, sofreu mais ainda com o desgaste dos pneus, e deve ficar feliz pela quebra do Ricciardo, senão teria sido sexto colocado.

 

Em 6º lugar terminou Nico Hülkemberg, em um belo resultado para a Renault, que se adaptou bastante bem ao autódromo texano e permitiu que ele mostrasse sua habilidade ao volante. Seu companheiro Carlos Sainz Jr. (7º), mesmo tendo recebido uma punição meio “Mandrake” dos comissários também fez uma grande corrida, e a equipe Renault mostrou que foi, de longe, a “melhor do resto” esse final de semana.

 

Em 8º chegou Sérgio Pérez, que tinha um bom carro, mas foi atrapalhado pela estratégia da equipe, que o chamou muito tarde para a troca de pneus, fazendo com que ele perdesse precioso tempo que não foi possível recuperar depois. Seu companheiro Esteban Ocon correu bem, inclusive fisicamente na pista terminou à frente do Pérez, mas foi desclassificado ao final da prova por irregularidades encontradas no limitador de fluxo de combustível do carro... alguém na “Force Daddy” vai ter que se explicar com o novo dono da equipe...

 

Beneficiado pelas desclassificações de Ocon e Magnussen (esse último foi constatado que levava mais combustível que os 105kg permitidos pelo regulamento), o 9º lugar acabou ficando com Brendon Hartley, que fez uma boa prova para um piloto que já está com o bilhete azul pronto no departamento de RH da Toro Rosso. Seu companheiro Pierre Gasly (12º) foi prejudicado por uma posição de largada muito ruim (19º), então dá pra dizer que fez uma prova positiva.

 

Também beneficiado pelas desclassificações, o último piloto a pontuar foi Marcus Ericsson, mais um que vai ter que procurar outro lugar para investir o grande dinheiro que seus patrocinadores colocam na equipe, já que não permanecerá na Sauber. Seu companheiro Charles Leclerc (15º) acabou abandonando por conta dos danos sofridos no enrosco após a largada.

 

Próxima semana teremos o GP do México, onde em CNTP deverá ser sacramentado o 5º título de Lewis Hamilton, com muita tequila na comemoração. Esperemos...

 

Mas o final de semana não teve apenas F-1, foi cheio de boas opções para nós, apaixonados pelo esporte a motor. Começando pela etapa do Japão da MotoGP, que sagrou o 5º título do Marc Márquez na categoria principal, e dessa vez sem precisar recorrer ao escudeiro Lorenzo, que sentindo fortes dores no pulso esquerdo fraturado nos treinos livres na Tailândia voltou para a Espanha para se tratar e não participou da corrida, assim como não participará da próxima etapa na Austrália. Faz sentido, depois que a moto se rebelou contra ele e o ejetou por duas vezes nessa segunda metade da temporada, melhor não dar chance para (mais) azar... será substituído na Austrália pelo Álvaro Bautista, da equipe satélite da Ducati Ángel Nieto.

 

Marc Márquez venceu, mas não foi uma conquista fácil: até a 2 voltas do final a disputa entre ele e o Andrea Dovizioso foi intensa, com direito a passarem levemente pela terra na saída do hairpin e tudo mais. Entretanto, Dovi deu uma de Vettel e cometeu um erro, no caso levou um tombo... conseguiu voltar, mas terminou fora da zona de pontuação e sacramentou a conquista antecipada do pequeno grande piloto espanhol. Em 2º lugar chegou Cal Crutchlow, que fez uma excelente corrida e sem dúvida alguma mereceu terminar em ótima posição, e fechando o pódio tivemos Alex Rins, em mais uma bela exibição da equipe Suzuki. Quem fez uma excelente corrida também foi o 4º colocado, Valentino Rossi, arrancando de sua Yamaha um desempenho que, definitivamente, ela não tem.

 

Londrina recebeu a Stock Car e o espetáculo foi de alto nível, com duas corridas muito disputadas e atrativas para o público. Verdade que ambas foram decididas na estratégia de boxe, mas o espetáculo foi bom para o público. A primeira corrida teve a vitória de Rubens Barrichello, que ultrapassou a dupla de pilotos da Cimed (Felipe Fraga e Marcos Gomes) na parada para troca de pneus, ajudado pelo excelente trabalho da equipe Full Time. Um dia de pilotagem inspirada para Rubinho. Em 2º chegou Jorge Campos, que correu muito bem e aproveitou um erro de pilotagem do Ricardo Zonta para assumir o segundo posto no finalzinho da corrida. É aquela velha história, a sorte ajuda quem está no lugar certo na hora certa... Zonta teve que se contentar com o 3º lugar, de bom tamanho pela pilotagem apresentada. A segunda corrida também foi repleta de emoções, curiosamente com Felipe Fraga largando novamente na pole... sim, ele fez o melhor tempo na classificação, mas perdeu muito tempo na parada dos boxes na corrida 1, pelo que com a regra do grid invertido largou novamente na pole na corrida 2. E mais uma vez, foi prejudicado por um pit stop mais lento que os adversários: utilizando da mesma estratégia do Rubinho na primeira corrida (parar uma volta após Fraga), Átila Abreu assumiu a ponta e venceu a corrida com o auxílio de todos aqueles “push-to-pass” que ele não conseguiu usar na corrida 1 por falha no sistema de acionamento. Em 2º lugar terminou Daniel Serra, que nas duas corridas do final de semana ampliou consideravelmente sua vantagem para Felipe Fraga e segue firme no caminho do título da temporada 2018. Eles foram acompanhados no pódio pelo Ricardo Maurício, que realizou uma ultrapassagem maravilhosa e muito arrojada sobre Fraga para chegar ao pódio. Esse final de temporada da Stock Car está realmente muito interessante...

 

A NASCAR teve mais uma etapa eliminatória esse final de semana, no oval de 1,5 milha em formato de D do Kansas, e a disputa para decidir quais seriam os 8 pilotos a prosseguir na disputa do título foi bastante acirrada, já que os últimos 4 colocados na disputa de 12 ainda tinham – em maior ou menor grau – chance de passar para a próxima fase. Mesmo que na base da vitória, caso do Kyle Larson, mas tinham. E Larson passou perto... destaque total para a equipe Stewart-Haas, que tem 4 carros... e os 4 passaram para a etapa de 8. Chega a lembrar os tempos de domínio da Hendrick. Quem precisa ficar esperto é Kyle Busch: na parte final do campeonato seu desempenho tem sido consideravelmente inferior ao que teve na “temporada regular”, mas não tenho certeza se essa folga de pontos que ele angariou na primeira fase do campeonato será suficiente para o levar até os 4 que decidirão o título em Homestead no encerramento da temporada. Por enquanto ele teve gordura para queimar, mas passou para a próxima fase como líder da pontuação, apenas um ponto à frente de Kevin Harvick. Hora de acordar. Continuam na busca pelo troféu Kyle Busch, Kevin Harvick, Martin Truex Jr., Chase Elliott, Clint Bowyer, Joey Logano, Kurt Busch e Aric Almirola.

 

A corrida foi muito disputada pelos que lutavam para prosseguir na luta pelo título, e o 1º segmento foi vencido por Joey Logano e o 2º pelo Kevin Harvick, ambos já classificados para a próxima fase e ambos com Ford, mas a vitória ficou com o único Chevrolet a continuar na disputa pelo título, e o garoto (22 anos) Chase Elliott fez por merecer a vitória, liderando as últimas 43 voltas (de um total de 267) com a competência e seriedade de um veterano da categoria. Suportou com competência nas últimas voltas a pressão de Kyle Busch, que tentou bravamente mas não conseguiu se aproximar a menos de 3 décimos de segundo de Elliott para tentar uma manobra de ultrapassagem, e contentou-se com o segundo lugar que lhe deu a liderança na pontuação do Playoff. Em 3º lugar chegou Kyle Larson, que contava com essa vitória para passar para a próxima fase... e quase conseguiu. Promete dar muito trabalho nas próximas temporadas, sua pilotagem vem melhorando progressivamente. Em 4º lugar terminou Erik Jones, que se classificou muito bem, à frente de seu tutor Buschinho (largou em 6º e Buschinho em 7º) e é outro jovem que vem crescendo de produção, devendo ser a aposta para o futuro da Joe Gibbs Racing. Fechando o Top-5 chegou Martin Truex Jr., que quer defender seu título e fazer sua equipe (Furniture Row) abandonar a categoria no final do ano por cima, com mais um título. Não está fácil, mas ele já provou ter competência para alcançar isso.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini