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A expansão elétrica PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 17 December 2018 01:19

Olá leitores!

 

Esse final de semana começou a temporada 2018/2019 da Fórmula E, com um calendário meio estranho (apenas uma prova em 2018, as outras todas em 2019) mas que até entendi como necessário devido à adoção dos carros de segunda geração. Confesso que os desenhos apresentados e aqueles modelos de teste em fibra de carbono sem pintura não me chamaram a atenção, mas as versões definitivas, com as cores dos patrocinadores, me pareceram bastante interessantes. Gostei do bico sem aquele apêndice que tinha no modelo anterior que parecia os palpos de uma aranha, a asa traseira em V aberto também me agradou, propiciando um visual bastante futurista (e uma categoria que se pretende o futuro do automobilismo tem que procurar isso mesmo).

 

Ao menos na primeira corrida da temporada, achei o novo formato de prova, sem limite definido de voltas e sem troca de carro, mas com 45 minutos de corrida mais uma volta, razoavelmente conservador: os carros terminaram a prova com um bocado de bateria ainda, poderia ter mais uns 10 minutos de corrida que acho que as baterias aguentariam sem grandes problemas. E, em minha modesta opinião, ao menos na pista de Ad Diriyah (nome que gerou um sem número de trocadilhos ruins em português, dos quais os pouparei…), a zona de ativação do “Attack Mode” (a versão Fórmula E do Push to Pass da Stock Car brasileira, liberando 25 Kw a mais de potência no motor elétrico para facilitar a ultrapassagem) poderia ser um pouco melhor localizada, achei que o piloto tinha que sair muito fechado (isto é, perdendo tempo e velocidade) da curva para passar naquele ponto. Nada muito difícil de corrigir para a próxima etapa naquela pista.

 

Na corrida vimos um desempenho espetacular do português António Félix da Costa, que largou na pole e mostrou total entrosamento com o carro da BMW iAndretti, além de ótima adaptação à pista. Excelente! Em 2º lugar chegou Vergne (DS Techeetah), em uma grande prova partindo do 5º lugar, e completando o pódio o D’Ambrosio com seu Mahindra. Será que dessa vez os indianos vão ter um carro confiável o ano todo ou foi apenas aquela sorte de iniciante? Aguardemos as próximas corridas… não foi uma corrida das mais auspiciosas para os brasileiros: partindo de 18º lugar, a melhor posição final foi de Lucas di Grassi, em 9º lugar, seguido de perto por Nelsinho Piquet em 10º lugar, enquanto o estreante (na categoria, vamos deixar claro) Felipe Massa sofreu um pouco para se adaptar a um carro diferente ao que está acostumado, e também sofreu punição por deslize da equipe, então nada de cobrar exageradamente ele, OK? Lá no final da temporada, quando ele tiver se acostumado ao carro, cobremos pódios… por enquanto, é um grande aprendizado.

 

Além da estreia do carro de segunda geração da Fórmula E, tivemos a corrida inaugural da Jaguar i-Pace eTrophy, categoria monomarca com o SUV elétrico da Jaguar… sim, é estranho corrida com SUV, mas nos dias de hoje é o que temos. Prova bastante disputada, por sinal, já que todos os carros são idênticos e você precisa arrumar espaço para ultrapassar com SUV no circuito de rua meio que “na marra”… a primeira corrida da categoria foi vencida pelo neozelandês Simon Evans (irmão do piloto da Fórmula E Mitch Evans), aproveitando-se da pole position, seguido pelo brasileiro Sérgio Jimenez, que fez uma bela ultrapassagem sobre Bryan Sellers para conquistar o 2º lugar, relegando o piloto da equipe Rahal ao degrau mais baixo do pódio. O outro piloto da Jaguar Brazil Racing, Cacá Bueno, terminou em um bom 4º lugar.

 

Para não dizer que não comentei de Fórmula 1, durante a semana anterior o senhor Toto Wollf resolveu mostrar que também pode se candidatar a astro de stand up comedy, e soltou que “Bottas é um piloto Alfa como Hamilton”… quase engasguei de rir com a piada, claro, a possibilidade de levar tal declaração à sério é tão reduzida quanto acertar sozinho na Mega Sena, pelo que apenas pude interpretar como uma gigantesca demonstração de humor…

 

E semana passada fez 72 anos o homem que em 1972 foi campeão com o Lotus 72… sim, ele mesmo, Emerson Fittipaldi, primeiro e único, o grande desbravador que primeiro abriu as portas da Europa para os pilotos brasileiros e depois as portas da América do Norte. Um homem cuja importância evidentemente o brasileiro mediano subestima, afinal “respeito histórico” é uma coisa que não faz parte do dia a dia do Boobus brasilianus, exceto quando se trata de futebol… por isso a missão do Nobres do Grid é tão importante, não podemos deixar a memória dos grandes pilotos do passado das pistas brasileiras se apagar.

 

Próxima semana, além de uma pincelada sobre os 500 Km de Interlagos, virá a primeira parte da Retrospectiva 2018… enquanto continuo tentando um horário para aquela consulta anual ao grande guru Pai Alex para as previsões de 2019, mas a agenda dele está muito cheia… vamos ver o que consigo. Sei que não pretendo deixar vocês na mão, caros leitores.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini