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Uma luz no planalto central PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 23 January 2019 20:47

Caros Amigos, em toda virada de ano é um hábito, quase uma tradição, entre nós, brasileiros (e talvez isso seja uma coisa de alcance mundial) que façamos aquelas famosas “promessas de ano novo”. De que vamos emagrecer, que vamos parar de fumar, que vamos parar de beber, que vamos ser mais caridosos... isso sem falar nos pedidos, que se eu for listar aqui dará uma lista imensa.

 

Para aqueles que vão passar a virada de ano nas praias, temos ainda a “tradição de se saltar sete ondas”, que no meu caso torna-se uma tarefa muito complicada, mas que quando eu passava o Reveillon em Guarapari, no Espírito Santo, era fielmente cumprida ano após ano.

 

O final do último ano fez com que uma imagem passada de quatro anos atrás viesse a minha mente. Infelizmente não era algo agradável. Acredito que a maioria dos meus estimados leitores lembram da “grande obra” pela qual passaria o Autódromo Internacional Nelson Piquet em Brasília para receber a Fórmula Indy. Obra esta que foi interrompida por graves denúncias de super faturamento e que, com as intervenções na pista já tendo sido iniciadas deixaram o traçado inunilizável por quatro anos.

 

Ao ver o governo anterior repetir os passos do seu antecessor quatro anos antes, temi que, mais uma vez, o autódromo da capital federal viesse a sofrer mais um revés e, neste caso, talvez definitivo. O fim de um autódromo como o de Brasília seria inaceitável. Felizmente, os sinais que tenho apontam para uma real mudança dos temores mais pessimistas e, no caso, o porquê de a licitação ter saído apenas no fim do governo, gerente de Formatação de Negócios da Terracap (Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal), João Veloso, informou que a finalização do processo dependia de lei complementar, que foi aprovada recentemente. Quatro anos para definirem isso?

 

Em todo caso, finalmente foram estabelecidas regras para o lançamento de um edital de licitação para a parceria público-privada (PPP) do Autódromo Internacional de Brasília Nelson Piquet, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal. Segundo o edital, os interessados deverão reformar e manter o local por 35 anos. O valor estimado do contrato é de R$ 73.176.202,26. A empresa ou consórcio que ganhar a licitação, além da conclusão das obras do autódromo para que ele possa voltar a receber competições terá que promover atividades esportivas, sociais, culturais, artísticas, comerciais, recreativas e de lazer. Entre os investimentos obrigatórios, está a reconstrução da pista do autódromo.

 

Inicialmente haveriam três consórcios interessados em participar da licitação e em cada um deles a participação de um importante personagem do automobilismo brasileiro. Affonso Giaffone, um dos pioneiros do clã que está há mais de meio século no automobilismo; Amir Nasr, que está baseado em Brasília e que tem na área do autódromo as instalações da equipe da família, que diversos títulos e vitórias conquistou; e Emerson Fittipaldi, que dispensa apresentações.

O processo se dá pela entrega de envelopes com as respectivas propostas. O primeiro envelope contém informações de habilitação jurídica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e trabalhista e qualificação técnica e o segundo traz a proposta técnica, com metodologia de operação, plano de requalificação do autódromo e plano de negócio. Por fim, o terceiro documento é a proposta econômica. Caso as propostas técnicas agradem a Terracap, vencerá o grupo que propor o menor valor de aporte da agência no negócio. Os parâmetros para a concessão foram apresentados pela Terracap em junho do ano passado.

 

Ná última semana o governo do Distrito Federal recebeu duas propostas para administrar o Autódromo Internacional Nelson Piquet. As propostas foram feitas pela empresa Comercial Calbox Serviços Comércio Importação e Exportação, que conta com o apoio e consultoria de Amir Nasr. Esta empresa tem como um dos sócios, segundo o ConJur, o atual presidente da FADF, Luiz Henrique Lima Caland. O outro envelope foi entregue pelo Consórcio Autódromo BSB, formado por RNGD Consultoria de Negócios e a Rígido Engenharia, que tem em sua equipe de trabalho Affonso Giaffone. O vencedor deverá ser divulgado em meados de fevereiro, segundo a Terracap, estatal que cuida do patrimônio imobiliário do Governo do Distrito Federal. Não houve entrega de algum outro envelope.

 

É uma luz – não no fim do túnel, mas no alto do planalto central – para a falta de autódromos em condições de receber todas as categorias nacionais. Muito trabalho há que ser feito, mas ao menos aparentemente, deram partida no motor. Falta agora engrenar a primeira marcha e sair da inércia!

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva

 

p.s. Esta coluna contou com a colaboração do Sr. Jovino Coelho.