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Nobres do Grid - Hyperlink (Janeiro/2010) PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 30 December 2009 19:32

 

 

Pois é, pessoal... e entramos na reta, já vendo a quadriculada do ano de 2009. 

 

Um ano complicado... com eleições na FIA, muita manobra de bastidores, alguns “expurgos” e outros danos que podem ser até irreparáveis. 

 

Os nossos pilotos passaram por maus bocados no ano que termina. Helinho Castro Neves (eu não vou escrever o nome dele com tudo emendado porque não temos paranóia com o Fidel aqui no Brasil), as voltas com sérias acusações de desvios fiscais num país que costuma punir severamente este tipo de delito. Julgado inocente, ele retomou a carreira e em seu melhor estilo, num script típico de uma produção Hollywoodiana, venceu as 500 milhas de Indianápolis, subiu na grade, fez a festa! 

 

Helio Castro Neves passou por maus bocados em 2009, mas deu a volta por cima e ganhou pela 3ª vez a Indy 500. 

 

Já o outro piloto envolto nas páginas policiais, apesar de receber uma imunidade em todo o processo que abalou a credibilidade do mais importante esporte a motor do planeta, a Fórmula 1, e tragar para o buraco o sobrenome de um dos maiores ícones do país, recebeu uma pena – velada – tão ou mais dura do que aqueles que foram punidos. O ano termina e: ou os Piquet – pai e filho – estão trabalhando na surdina, que não bem o estilo, ou o Nelsinho Piquet não vai ter carro para pilotar na categoria no ano que vem. Justo ou não, a favor ou não, ao longo destes quase 40 anos de Fórmula 1 transmitida para o Brasil pela TV vimos coisas tão pavorosas quanto a atitude do filho do tricampeão... quando não pior! Se todos os que cometeram atitudes antidesportivas puderam voltar e tentar se redimir, ou mesmo continuar a fazer o que faziam, ele também pode, e isso seria muito mais do que um caso de jurisprudência. 

 

Dos muitos que disputaram campeonatos pelos quatro cantos do mundo, o único que pode sair de peito estufado e gritando a plenos pulmões “sou campeão” foi o Felipe Nasr. Conquistamos muitas vitórias no exterior mas o título de grande relevância e que pode vir a catapultar alguém, sem dúvidas, foi o da F. BMW.  

 

Em 2010 não será o título brasileiro que estará em disputa: a Fórmula Truck agora é um torneio continental.

 

Agora o Felipe vai correr na F3, vai dar mais um passo e vai num esquema em que a equipe está investindo nele... contradições do destino, enquanto este membro da família viveu grandes alegrias, seu tio, Amir e o pai – Samir – passaram pela vexatória situação de ficar de fora de algumas etapas do brasileiro de Stock Cars por falta de verba de patrocínio. Uma das diversas ingratidões deste mundo louco sobre rodas que tanto nos empolga. 

 

Mas vamos parar de chorar sobre o leite, gasolina, diesel ou etanol derramado e falemos sobre o que vem por aí... que venha 2010, com suas novidades, ou não. 

 

No campo das novidades, teremos a categoria mais espetacular, na opinião do público – a Fórmula Truck – recebendo o status de campeonato sulamericano. Uma vitória – mais uma – desta batalhadora chamada Neusa Felix.  

 

 

O pequenino Mini será uma nova estrela na constelação da VICAR, organizadora da Stock Car em 2010. 

 

Teremos uma nova categoria no evento mais movimentado do nosso automobilismo, uma vez que a Stock Cars não é apenas uma corrida, não é apenas uma categoria, é um festival de velocidade e emoção, mais ainda para o próximo ano, com a entrada dos Mini Coopers, com a categoria de acesso sendo concentrada nas Pickups e a busca do fortalecimento da categoria principal. Mais importante que isso, foi o despreendimento da JL, empresa dos Giaffone, em oferecer o suporte técnico para aqueles que decidiram fazer da antiga Stock Light uma categoria regional, com provas acontecendo – de acordo com as promessas – também em Piracicaba. 

 

 

As novatas da F1 começam a se movimentar, apresentar pilotos, projetos... mas algumas interrogações ainda pairam no ar. 

 

Enquanto uns batalham para sobreviver, recebemos com pesar a decisão da Renault do Brasil de encerrar a Copa Clio. Dor maior é ver a mesma Renault participar – na Argentina – com a Fórmula Renault, com a categoria monomarca Fórmula Megane, com carros de turismo e ainda ter uma equipe oficial de fábrica na TC2000, a Stock Car dos hermanos. 

 

E é no lado de lá da fronteira que, dia 1º de janeiro, será dada a largada para mais um Rally “De Cá” (De cá, sim... Dakar fica do outro lado do atlântico), com um carro de uma equipe brasileira sendo movido a álcool (que de uns tempos pra cá estão tentando fazer moda em chamar de etanol... que na verdade é, mas mudar isso do nome está mais é para “besteirol”). Boa sorte e que ninguém morra este ano. 

 

Velhas novidades ou "novas velhidades"? 

 

Apesar de estar mais morna do que em outros anos, mesmo com novas equipes, uma nova – e esdrúxula – tabela de pontuação, o período da “silly season” tem como sua maior novidade, uma “velhidade”: Ele, o Schumacão, está voltando! Depois de 3 anos fora da categoria e fazendo estripulias em cima de uma moto (a ponto de sair desacordado e em uma maca numa delas) o maior vencedor da história está de volta à categoria máxima.  

 

Michael Schumacher dá uma de "fílho pródigo" e retorna à casa depois de uma relação de 14 anos com a Ferrari. 

 

Aqui entre nós, se a Mercedes, que comprou a Brawn, conseguir um carro minimamente competitivo... ah, a molecada vai sofrer para tentar andar na frente do alemão. 

 

A categoria está cheia de novidades, quatro equipes novas e uma que quer entrar na festa – a Servia Stefan Grand Prix – que até “crash test” já fez com seu carro. Na contramão, a USF1 continua um mistério. 

 

A felicidade foi saber da permanência da Sauber, apesar do financiador ter se mostrado uma furada, deve alinhar na primeira etapa seus dois carros e o Sushi Boy, Kamui Kobaiashi. 

 

Algumas vagas ainda estão em aberto, e os “leilões” por vagas parece que está sendo mais discreto do que costuma ser... será que é pelo excesso de vagas? A numeração inicial que saiu algumas semanas atrás pode vir a sofrer alterações com a permanência da Sauber. Se for considerada a pontuação da BMW-Sauber, ela será a 5ª equipe do grid e isso pode levar o número 11 às mãos de Rubens Barrichello... e tirar o conveniente 21 – do patrocinador – do carro de Bruno Senna. 

 

Votos e esperanças. 

 

Como todo ano, pessoas de todas as cores, de todas as raças, de todas as crenças fazem juras de compromissos, pedem por mudanças, acreditam em dias melhores, vejamos o que se tem por aí... 

 

Queremos muito ver a Bia Figueiredo correndo na Fórmula Indy. Não apenas por seu talento, por seu carisma, mas por ser uma recompensa a quem há tanto tempo batalha para chegar ao topo e pelos problemas que enfrentou no ano que termina. 

 

Oremos para que não chova nos dias da corrida da Fórmula Indy em São Paulo, caso contrário, correremos o risco de expor a cidade em mais um mico colossal. 

 

Roguemos para que não joguem nas costas do Bruno Senna a cruz de carregar o sobrenome que tem... acho que estamos pedindo o impossível, mas não custa pedir. 

 

 

Os pilotos do Rio fizeram um manifesto durante a última etapa do regional de automobilismo em Jacarepaguá. 

 

Que os pilotos cariocas não fiquem sem um autódromo por conta do projeto do “Parque Manada de Elefantes Brancos” que pretendem construir onde hoje ainda vê-se o que restou do Autódromo que um dia recebeu a Moto GP e a Fórmula 1. 

 

Que o nosso “quarteto fantástico” receba um “quinto elemento” e Nelsinho Piquet consiga o “retorno do inferno” para estrelar nossa constelação. 

 

Um feliz 2010, com muita velocidade, com muita honestidade e com muita emoção para todos. 

 

CBM  

 

Last Updated ( Wednesday, 30 December 2009 21:03 )