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Um final de semana como merecemos... ou quase PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 11 March 2019 01:50

Olá leitores!

 

Enfim um final de semana cheio de opções para o fã do esporte a motor, teve asfalto, terra, duas rodas, quatro rodas, rodas cobertas, descobertas, motor a explosão ou elétrico… uma verdadeira festa da velocidade.

 

Comecemos com a Fórmula E, que foi correr em um circuito nas ruas de Hong Kong que não deve ser mais largo que as ruas do bairro em que moro – que já não são largas… enfim, quando os critérios para escolher um lugar pra correr são o dinheiro e o fato de ser pista de rua, pode ser que aconteça esse tipo de coisa. Na pista, muita disputa e um número relativamente alto de acidentes, previsíveis tendo em conta a (falta de) largura da pista, e o vencedor na pista não foi o vencedor na realidade: Sam Bird, que fez uma tremenda corrida, já estava na mira dos comissários por um toquinho na traseira de Oliver Rowland, aí na última volta ele partiu para cima de Andre Lotterer e, no toque dos dois, o pneu de Lotterer furou. Bird passou pela bandeirada em primeiro lugar, e os comissários, após modestas 4 horas do final da corrida (sarcasm mode ON) deliberaram por uma punição de 5 segundos ao inglês, que o fez cair de 1º para 6º lugar. Até acho que se fosse só o toque na volta final teria ficado elas por elas, mas… já tinha feito algo semelhante antes, aí fica difícil não punir. Dessa maneira, a vitória caiu no colo de Edoardo Mortara, sua primeira na categoria, com Lucas di Grassi em 2º lugar, Robert Frijns em 3º, Daniel Abt em 4º e Felipe Massa em 5º. Massa fez uma prova decente, mesmo mostrando ainda não estar devidamente adaptado à categoria. Nelsinho Piquet abandonou logo no começo com problemas técnicos, e Felipe Nasr foi o causador da bandeira vermelha da corrida, com o carro atravessado na saída de uma curva bloqueando a passagem dos demais. Já na corrida preliminar, a Jaguar I-Pace e-Trophy, vitória do americano Bryan Sellers, com a inglesa Katherine Legge em 2º lugar e o brasileiro Sérgio Gimenes fechando o pódio em 3º lugar, posição conquistada no estilo WTCR na última curva. O pole position Cacá Bueno errou no começo da corrida, caiu para 6º lugar e teve que se contentar com um 5º lugar na bandeirada final.

 

Tivemos também o Rali do México, folclórica etapa onde acontecem coisas do tipo polícia parando o carro no deslocamento entre uma especial e outra e a dupla encontrar uma porteira fechada no meio da especial. A bem da verdade, se tivéssemos etapa no Brasil, muito provavelmente aconteceria o mesmo, se não pior ainda… enfim, na terra da tequila o francês Sébastien Ogier foi dominante nos 3 dias de competição e terminou meio minuto à frente do segundo colocado, o (ainda) líder do campeonato Ott Tänak. Foram acompanhados no pódio por Elfyn Evans, outro que pilotou demais esse final de semana e mereceu terminar a corrida à frente de outros pilotos muito mais experientes que ele. Maiores informações na coluna de nossos especialistas em rali…

 

Começou a temporada 2019 da Motovelocidade, com 3 corridas muito interessantes no Qatar. A tradicional briga de foice no escuro da Moto3, com a primeira vitória de um japonês no mundial de Motovelocidade em alguns anos graças ao arrojo e velocidade de Kaito Toba, que cruzou a bandeirada menos de um décimo de segundo à frente de Lorenzo Dalla Porta… pois é, viu Dalla Porta aberta e passou… (acharam que eu iria desperdiçar  a piada? JAMAIS!) o momento bizarro ficou por conta de Romano Fenatti (aquele mesmo que ano passado foi suspenso por acionar o freio do adversário no meio da reta em uma disputa de posição), que antes mesmo de confirmarem a punição por ele ter excedido os limites da pista percorreu o trecho da “volta longa” que foi instalado na curva 6 do circuito… consciência pesada? Pode ser. E se acharam a disputa acirrada na Moto3, ma Moto2 foi ainda mais apertada: Lorenzo Baldassari venceu a prova com a “enorme” vantagem de 26 milésimos de segundo sobre Tom Lüthi. Sim, isso mesmo, 26 MILÉSIMOS… muito obrigado ao avanço tecnológico dos equipamentos de cronometragem que permitiram registrar essa diferença, que na prática deu… meia roda, se tanto. E o 3º lugar no pódio foi definido por uma diferença ainda menor: Marcel Schrötter conquistou o degrau mais baixo do pódio com a “gigantesca” vantagem de 2 milésimos de segundo sobre Remy Gardner. Insano.

 

Após essas emoções todas, a MotoGP teria que se esforçar para chamar a atenção do público, e não deixaram por menos: desde a largada até a bandeirada, um show de ultrapassagens, disputas, com direito a um “xis” na última curva do circuito. Mais do que merecidamente, Andrea Dovizioso terminou a corrida no lugar mais alto do pódio, após uma excelente largada e um jogo de xadrez contra o 2º colocado, Marc Márquez, que tentou bravamente mas não conseguiu impedir o italiano de cruzar a linha de chegada à sua frente. Em 3º, após longa disputa com a Suzuki de Rins e a Ducati de Petrucci, chegou Cal Crutchlow, ainda em recuperação de lesão no tornozelo. Excelente corrida de Valentino Rossi, que largou em um fraco 14º lugar para terminar a corrida em 5º lugar, a apenas 6 décimos de desvantagem para o vencedor e grudado em Rins. Momento bizarro: Andrea Iannone (14º lugar), da Aprilia, conseguiu a proeza de levar um tombo… APÓS a bandeirada. Sim, é sério. Sei que ele tem uma certa atração pelo solo, mas isso já é surreal… e a doença das reclamações atingiu as duas rodas: Honda e Yamaha protestaram contra um apêndice aerodinâmico da Ducati à frente da roda traseira… dessa vez não deu em nada, mas atrasou a divulgação oficial do resultado.

 

Também começou a temporada da Indycar com a etapa de São Petersburgo. Corrida chata, não vou negar. Foi difícil ficar acordado assistindo. Descontando os momentos brilhantes do estreante Felix Rosenqvist, que fez um ótimo começo de corrida, a prova foi modorrenta. E apesar dos chassis serem os mesmos para todas as equipes, claro que a prova novamente foi dominada pelas equipes grandes: vitória de Josef Newgarden (Penske), seguido em 2º por Scott Dixon (Ganassi) e em 3º por Will Power (Penske), com a sensação Rosenqvist (Ganassi) em 4º. Tony Kanaan não passou de um 15º lugar, enquanto Matheus Leist abandonou após bater pneu traseiro contra pneu traseiro com Eric Jones, que estava parado na saída de uma curva com a suspensão quebrada. Pena para Matheus, estava fazendo uma corrida honesta para a fraqueza do seu equipamento.

 

Para completar, ocorreu a corrida da NASCAR em Phoenix, uma pista que já foi interessante mas que hoje em dia ficou estranha com a área de relargada no meio de uma curva e um enorme espaço interno para “cortar caminho”… enfim, coisas de um pessoal que vive no meio do deserto com muito sol batendo na cabeça. Única explicação que acho para aquilo… a prova foi bem disputada, com os pilotos fazendo por alguns momentos filas de 4 carros lado a lado, e os dois primeiros segmentos foram vencidos pelo ótimo Ryan Blaney (1º) e pelo Buschinho (2º). O segmento final viu uma séria disputa por economia de combustível nas voltas finais, em que os pilotos foram ajudados por uma sequência de bandeiras amarelas que, se tirou um pouco da emoção, permitiu um verdadeiro jogo de xadrez dos estrategistas em busca do desejado número de voltas sem reabastecer. A vitória ficou com Kyle Busch, que agora está a 1 vitória do seu objetivo de conquistar 200 vitórias somando as 3 categorias nacionais (Truck Series, Xfinity e Monster), e foi a sua 52ª na categoria principal. Foi seguido por um Martin Truex Jr. que cresceu muito nas voltas finais em 2º, por Ryan Blaney em 3º lugar, por Aric Almirola (que fez uma ótima corrida, por sinal) em 4º lugar e com Denny Hamlin fechando o Top-5. A se destacar a corrida do heptacampeão Jimmie Johnson, que não apenas voltou ao Top-10 (chegou em 8º) como liderou 4 voltas na corrida. Sim, não se desaprende a dirigir se não tiver algum acidente com dano neurológico… o equipamento da Chevrolet ainda está sensivelmente inferior aos Ford e Toyota, mas se levarmos em conta que apenas 2 carros da marca da gravata borboleta lideraram voltas na corrida (o outro foi Daniel Hemric, 18º ao final) já foi um grande avanço.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini