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Resquiat in pace, Fórmula 1 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 10 June 2019 03:10

Olá leitores!

 

Final de semana com bastante atividade nas pistas, apesar de tudo… a grande perda do final de semana se deu por conta da chuva em Michigan, que fez com que a Firecracker 400 fosse adiada para a segunda-feira por pura falta de condições de colocar os carros na pista. Espero que a corrida tenha mais equilíbrio que a classificação, onde dos 10 primeiros colocados na largada 8 são da Ford… em todo caso, vejamos.

 

Sábado teve a terceira etapa da W Series em Misano… e o previsível aconteceu: uma procissão. Misano é uma excelente pista para motocicletas, mas para carros… deixa a desejar. Simplesmente não existem pontos de ultrapassagem, e assim ficou facilitado o trabalho de Jamie Chadwick, que fez a primeira curva na frente e depois passou o resto da corrida defendendo a posição, pois mesmo tendo a segunda colocada Beitske Visser um carro mais veloz, ela simplesmente não conseguia um espaço para colocar o bico do carro ao lado e passar. Visser tentou com todo o empenho, mas não foi possível concretizar a manobra. O pódio foi completo por Fabienne Wohlwend, que fez a pole position mas largou mal e teve de se contentar como degrau mais baixo do pódio após ser ultrapassada na largada pelas duas primeiras colocadas.

 

Quem também foi correr em Misano foi o DTM, e no sábado o show foi todo de Marco Wittmann (BMW), que teve uma única chance de assumir a liderança… e a aproveitou. Após largar em último por conta de problema no motor encontrado durante a classificação, a única opção possível de galgar posições era adiantar o máximo possível a parada para troca de pneus e torcer por um safety-car… e assim ele trocou os pneus o quanto antes foi possível e começou a torcer por um safety-car salvador enquanto economizava os pneus. Por mais incrível que possa parecer, a estratégia deu certo, ele permaneceu na pista enquanto os outros iam para os boxes trocar os pneus, assumiu a liderança e conseguiu uma vitória improvável, com cerca de 8 segundos de vantagem para o segundo colocado, o pole position René Rast (Audi), que por sua vez enfiou quase 10 segundos sobre o terceiro colocado Loic Duval (Audi). Pietro Fittipaldi (Audi) terminou na mesma posição em que largou, 11º, seguido pelo convidado especial do final de semana, Andrea Dovizioso, em um Audi com a mesma pintura da sua Ducati de MotoGP. Já no domingo o degrau mais alto do pódio foi ocupado por Nico Mueller (Audi), graças à sua brilhante largada, acompanhado no pódio por Phillipp Eng (BMW) em 2º lugar e René Rast em 3º. Pietro mais uma vez não perdeu posições em relação à posição de largada, e chegou em um ótimo 5º lugar.

 

A Stock Car foi até Londrina para mais uma rodada dupla, e Thiago Camilo lavou a alma da punição recebida na corrida anterior (Goiânia), dominando amplamente a primeira corrida e fazendo um (merecido) desabafo no pódio. Foi acompanhado pela dupla da Prati Donaduzzi, Valdeno Brito em 2º e Julio Campos em 3º lugar. Campos, por sinal, cruzou a linha de chegada seguido por um pelotão de respeito: Daniel Serra em 4º, Felipe Fraga em 5º, Nelsinho Piquet em 6º e Ricardo Maurício em 7º, com pequenos intervalos entre si. A grande ausência foi de Rubens Barrichello, que abandonou logo no começo com problema mecânico no seu carro. A segunda corrida foi mais movimentada que a primeira, com direito a pilotos que abandonaram a primeira corrida para se dedicar à segunda dando show na pista. Vitória ficou com Ricardo Maurício, que no final teve de suportar forte pressão de Bruno Baptista, justamente um dos que abandonou a primeira etapa para vir com tudo na segunda… quase deu certo, ficou em um ótimo 2º lugar. Em 3º chegou Átila Abreu, em seu primeiro pódio após a recuperação do acidente do começo do ano, e a grande surpresa ficou em 4º lugar: Bia Figueiredo, que também abandonou a primeira corrida logo no começo, veio engolindo os outros concorrentes e por muito pouco não conseguiu subir ao pódio na segunda etapa. Dessa vez quem abandonou foi Daniel Serra, o que serviu para dar uma embolada no campeonato…

 

Sábado à noite tivemos etapa da Indy no Texas, uma pista que propicia ótimas corridas de NASCAR mas que não costuma render boas etapas de Indy ao menos até as voltas finais… pena que se trata de uma corrida de 248 voltas, muito longa para o atrativo que ela trás. Enfim, serviu para vermos mais um espetáculo de estratégia da equipe Penske, que sem ter como competir em velocidade com as equipes com motor Honda fez uma estratégia diferenciada para Josef Newgarden e torceu para as bandeiras amarelas de final de prova tradicionais nessa pista… deu certo: Newgarden conseguiu no final resistir bravamente aos ataques de Alexander Rossi, que nitidamente tinha carro mais veloz, para conquistar uma vitória das mais difíceis da carreira dele. Em 3º terminou Graham Rahal, à frente da grande sensação da corrida, o novato Santino Ferrucci da pequena Dale Coyne que terminou em excelente 4º lugar à frente de “macaco velho” como Ryan Hunter-Reay, que teve que se contentar com o 5º lugar com seu carro da Andretti. Outra sensação da prova foi Colton Herta, que pressionou o atual campeão Scott Dixon até fazer ele cometer um erro primário de julgamento – que levou ambos para fora da prova, mas enfim, incidente de corrida. A lamentar a péssima fase da equipe Foyt, que tem histórico de andar bem em ovais e estava mais perdida que cachorro que caiu do caminhão de mudança no meio da estrada. Triste ver Tony Kanaan encerrar sua carreira nesse fundo de poço, e triste ver uma equipe tão sem recursos correr o risco de “queimar” a carreira de Matheus Leist por simplesmente não ter um equipamento minimamente decente para oferecer.

 

Sentindo falta de algo? Pois é. Desculpem, mas me recuso a comentar sobre uma categoria em que o piloto ganha na pista e acaba sendo segundo colocado pois o regulamento não permite que ele defenda sua posição… ou que os comissários de pista ACHAM que são mais importantes que os pilotos. Nada que eu escrevesse sobre aquele circo de horrores que aconteceu no Canadá seria proveitoso, então abstenho-me de emitir opinião a respeito. Se a Liberty Media quer conquistar novos fãs pra categoria, conseguiram a proeza de fazer TUDO errado. Resquiat in pace, Fórmula 1.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini